tag:blogger.com,1999:blog-182052612024-02-19T01:34:08.440+00:00A PsicólogaPsicóloga e Terapeuta Familiar em Lisboa. Terapia de casal em Lisboa. Terapia Familiar em Lisboa. Terapia conjugal. Psicologia Clínica.Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comBlogger1065125tag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-73121098382610456642023-06-21T11:40:00.006+01:002023-06-21T12:00:05.291+01:00PARENTALIDADE CONSCIENTE<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJQyDLeCbwMu9gTXCuWkgSiUHgjSD7nMFBSrXdj5jlaPCX8fkKnJUJMoQQ8nxT3NCkFFclg62ff4YsxhmHt0tO4FKlAzBS4kmMlohOq5P7py-wW7BxotQtcINP3aSbarTU6nuuo586XSQuHFWjCmLutowfRRowPH4VhKGog7x-KQma2c1QU5Tumg/s2250/apsicologa.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1500" data-original-width="2250" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJQyDLeCbwMu9gTXCuWkgSiUHgjSD7nMFBSrXdj5jlaPCX8fkKnJUJMoQQ8nxT3NCkFFclg62ff4YsxhmHt0tO4FKlAzBS4kmMlohOq5P7py-wW7BxotQtcINP3aSbarTU6nuuo586XSQuHFWjCmLutowfRRowPH4VhKGog7x-KQma2c1QU5Tumg/w640-h426/apsicologa.webp" width="640" /></a></div><br /><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Já se questionou como é que é possível construir uma conexão profunda com os seus filhos sem descurar os limites saudáveis? já imaginou <b>disciplinar os seus filhos sem recorrer a punições ou ameaças</b>? É isso que a parentalidade consciente nos oferece.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Nos últimos anos ouvimos frequentemente falar sobre estilos de parentalidade, educação parental, parentalidade positiva e parentalidade consciente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>Mais do que uma moda</b>, é importante reconhecer que o debate a propósito da parentalidade advém, sobretudo, do resultado da investigação científica sobre o neurodesenvolvimento das crianças. Sim, hoje sabemos muito mais sobre como se desenvolve e como funciona o cérebro das crianças e isso ajuda-nos a compreender (e a aceitar) aquilo de que elas são capazes e aquilo que simplesmente não conseguem (ainda que desejássemos muito que conseguissem).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Por exemplo, (quase) toda a gente sabe que um recém-nascido comunica as suas necessidades através do choro. Se tem fome, chora, se tem sono, chora, se quer colo, chora, se tem cólicas, chora. Para quê? Para que os cuidadores respondam às suas necessidades físicas e afetivas. <b>Há poucas décadas, os pais e mães saíam da maternidade com a indicação de que não deveriam dar "demasiado" colo aos seus bebés para ele não ficarem "viciados".</b> Também lhes era dito que os bebés deveriam ser deixados a chorar "para aprenderem a acalmar-se". Hoje sabemos que estas recomendações são exercícios de violência sobre os bebés! Porquê? Porque <b>NENHUM recém-nascido tem a capacidade de se acalmar sozinho.</b> Aquilo que acontece se deixarmos um bebé a chorar é que ele vai entrar num sofrimento tal que, a páginas tantas, o cérebro "desliga". É um mecanismo de defesa que pode cristalizar-se e trazer inúmeras consequências desagradáveis para as relações que aquele bebé vai desenvolver no futuro, incluindo na vida adulta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Vamos então descobrir algumas ferramentas práticas que resultam da investigação das neurociências e que se enquandram naquilo a que hoje chamamos de parentalidade consciente. Estas ferramentas podem transformar a sua relação com seus filhos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Uma ferramenta poderosa é a <b>escuta ativa</b>. Quando você se concentra em ouvir genuinamente os seus filhos, eles sentem-se valorizados e compreendidos. Isso fortalece o vosso vínculo e permite que eles se expressem livremente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A <b>resolução de conflitos colaborativa</b> é outra ferramenta importante. Ao ajudar os seus filhos a encontrar soluções, colocando-lhes perguntas em vez de lhes dar as respostas, está a permitir que eles desenvolvam a capacidade de resolver problemas. Isso ajuda-os a sentirem-se ouvidos e envolvidos na busca de soluções justas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A <b>validação emocional</b> é essencial. Quando você reconhece e valida as emoções e os sentimentos dos seus filhos, eles sentem-se seguros para partilhar os seus sentimentos e para se desenvolverem emocionalmente. Isso cria um ambiente de confiança onde eles se sentem à vontade para serem autênticos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><b>Promover a autonomia</b> é uma ferramenta valiosa. Ao permitir que os seus filhos tomem decisões apropriadas à idade deles, permite que eles desenvolvam a autoconfiança e a capacidade de tomar decisões. Isso ajuda-os a tornarem-se adultos independentes e confiantes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Cultivar a <b>empatia</b> é fundamental. Ao ensinar os seus filhos a colocarem-se no lugar do outro, eles aprendem a valorizar os sentimentos e perspectivas dos outros. Isso ajuda-os a construir relações saudáveis e respeitadoras.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">A <b>paciência</b> é uma ferramenta valiosa na parentalidade consciente. Ao demonstrar calma e paciência perante os desafios, você ensina os seus filhos a controlarem as suas emoções e a lidarem com situações de forma mais tranquila.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;">Se quiser saber mais sobre este assunto, tenho um ótimo livro para lhe recomendar: "Disciplina sem dramas", de Daniel Siegel. Espreite e delicie-se!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="328" src="https://www.youtube.com/embed/C6FyekJlRF4" width="483" youtube-src-id="C6FyekJlRF4"></iframe></div><br /><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><br /></span></div>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-67172980392177428232022-05-23T17:03:00.004+01:002022-05-23T17:03:44.323+01:008 SEGREDOS PARA UMA SEXUALIDADE FELIZ<p style="text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"></span></strong></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia4gELPxUtspifDGiLHQpWHNm1kaF5DL1viZh2wFKl1MsHOCGy107415Fm5bQemV6aZCPJHqduT1KkkjkGu8NCjtHFOF-UacQgHNXV2WS_kpUR7NvWKKBFJK9t8LP3Tfv--6rFzkVryem2gZPw3SPpPy_y_cd9IMbkTjeaTF29A6jLIH1cykA/s725/Apsicologa.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="379" data-original-width="725" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia4gELPxUtspifDGiLHQpWHNm1kaF5DL1viZh2wFKl1MsHOCGy107415Fm5bQemV6aZCPJHqduT1KkkjkGu8NCjtHFOF-UacQgHNXV2WS_kpUR7NvWKKBFJK9t8LP3Tfv--6rFzkVryem2gZPw3SPpPy_y_cd9IMbkTjeaTF29A6jLIH1cykA/s16000/Apsicologa.png" /></a></span></strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></strong></div><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br />O sexo é aquilo que diferencia uma relação romântica das outras relações afetivas, pelo que, para que nos sintamos felizes e entusiasmados na nossa relação conjugal, também precisamos de sentir satisfação sexual. Quais são os segredos para uma sexualidade feliz?</span></strong><p></p><p style="text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></strong></p><h2 style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">1. Escolher a pessoa certa</span></strong></h2><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Claro que quando iniciamos uma relação é porque nos sentimos suficientemente atraídos por um conjunto de atributos daquela pessoa que nos levam a acreditar que ela é – ou pode ser – a pessoa certa. Mas a maior parte das pessoas que eu conheço – dentro e fora do consultório – já passaram por desgostos amorosos e muitas dessas pessoas reconhecem que tendem a sentir-se atraídas pelo mesmo “tipo” de pessoas. Como refiro no livro “<a href="https://www.simplyflow.pt/manual-do-amor/" rel="noreferrer noopener" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; outline: 0px; transition: color 0.2s ease-out 0s;" target="_blank">Manual do Amor</a>”, <strong style="box-sizing: border-box;">cada um de nós tem um estilo de vinculação amorosa – seguro, ansioso, evitante ou desorganizado</strong>. Num mundo ideal seríamos todos seguros e as relações teriam maior probabilidade de dar certo, mas esse mundo também seria provavelmente mais monótono e entediante. Na prática, <strong style="box-sizing: border-box;">há algumas combinações mais desafiantes do que outras e escolher a pessoa certa pode implicar conhecermo-nos suficientemente bem, conhecermos as características e necessidades do nosso estilo de vinculação amorosa e, já agora, aprendermos a reconhecer se a pessoa que nos atrai é ou não aquela que vai ser capaz de vir ao encontro das nossas necessidades</strong>.</span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><h2 style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">2. Falar abertamente sobre sentimentos e necessidades, também no que toca à sexualidade.</span></strong></h2><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><strong style="box-sizing: border-box;">Um casal que não discute é, por norma, um casal que não se conhece mutuamente, que não tem uma relação que possa ser considerada íntima do ponto de vista emocional </strong>e um casal que, mais cedo ou mais tarde, também vai sentir-se insatisfeito em relação à sexualidade. Ora, se no início de uma relação é sobretudo o desejo por “aquilo” que não é nosso que nos move, numa relação de compromisso o desejo anda de mãos dadas com a segurança e com o preenchimento das nossas necessidades. Se nos esquivarmos a falar sobre o que sentimos – dentro e fora da cama – o mais provável é que comecemos a olhar para a pessoa por quem nos apaixonámos como alguém que até pode continuar a parecer-nos fisicamente atraente, mas por quem não sentimos desejo. Todas as pessoas têm problemas, inquietações e dificuldades. <strong style="box-sizing: border-box;">Aquilo que costuma diferenciar os casais satisfeitos com a sua sexualidade dos outros não é a inexistência de problemas ou de sentimentos desagradáveis. É, sobretudo, a capacidade de responder com atenção, afeto e compaixão a cada dificuldade.</strong></span></p><p style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><strong style="box-sizing: border-box;"><br /></strong></span></p><h2 style="background-color: white; box-sizing: border-box; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">3. Fazer “conchinha” depois do sexo</span></strong></h2><div class="yrm-content yrm-content-1" data-show-status="true" id="yrm-kKXtI" style="background-color: white; box-sizing: border-box;"><div class="yrm-inner-content-wrapper yrm-cntent-1" id="yrm-cntent-1" style="box-sizing: border-box;"><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word;"></p><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ao contrário do que uma boa parte do cinema e da imprensa nos tenta “vender”, não é o número de vezes que fazemos sexo ou o número de posições do kamasutra que experimentamos que faz com que nos sintamos mais felizes com a nossa sexualidade. Um dos indicadores de satisfação sexual que a ciência nos tem demonstrado é a “conchinha”. <strong style="box-sizing: border-box;">Os casais que se sentem mais felizes com a sua sexualidade tendem a aninhar-se um no outro depois do sexo.</strong> Na verdade, isso <strong style="box-sizing: border-box;">é mais uma demonstração da ligação que sentem</strong>.</span></p><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><h2 style="box-sizing: border-box; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">4. Cultivar a confiança</span></strong></h2><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Pode não ser a frase mais sexy do mundo, mas a amizade é a base de qualquer relação conjugal feliz e é também, segundo a investigadora Emily Nagoski, educadora sexual com décadas de experiência, um dos dois grandes pilares da satisfação sexual (o outro está identificado no ponto 7). Nós podemos ter sexo louco e intenso com um desconhecido, podemos ter sexo diariamente com pessoas diferentes, mas as investigações mostram que as pessoas casadas tendem a assumir que fazem mais e melhor sexo do que quando estavam solteiras. Isso tem tudo a ver com a amizade e com a confiança. <strong style="box-sizing: border-box;">Diariamente podemos escolher entre assumirmos uma postura honesta, confiável e transparente ou não. Quando mostramos o que realmente sentimos, mesmo que seja o nosso desagrado, estamos a cultivar a confiança. Quando mostramos que nos importamos com o que a pessoa que amamos sente e que queremos estar “lá” para ela, estamos a cultivar a confiança. Quando honramos os nossos compromissos e fazemos aquilo que prometemos, também.</strong></span></p><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><strong style="box-sizing: border-box;"><br /></strong></span></p><h2 style="box-sizing: border-box; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">5. Alimentar a própria individualidade</span></strong></h2><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">A sexóloga Esther Perel popularizou o termo “inteligência erótica”. Segundo a investigadora, é dificílimo desejarmos aquilo que já temos, pelo que, se nos descuidarmos, é possível que ao fim de alguns anos passemos a olhar para a pessoa que está ao nosso lado mais como um/uma irmão/irmã do que como um(a) amante. Na prática, <strong style="box-sizing: border-box;">a nossa individualidade, aquilo que continuamos a fazer por nós, para além dos planos a dois, é uma das formas de mantermos uma “distância de segurança”, que nos permite olhar um para o outro com a certeza de que há sempre algo para descobrir</strong>. É como se aquilo que fazemos por nós, individualmente, nos permitisse <strong style="box-sizing: border-box;">aliar uma dose de mistério, de adrenalina e de incerteza à segurança e à previsibilidade que existem nas relações duradouras</strong>.</span></p><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><h2 style="box-sizing: border-box; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">6. Manter a mente aberta em relação à novidade</span></strong></h2><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><strong style="box-sizing: border-box;">Uma relação precisa tanto de segurança e previsibilidade quanto de mistério e novidade.</strong> Mas não é apenas a novidade na individualidade. À medida que os anos passam, a vida muda-nos. Nenhum de nós é a mesma pessoa depois de vinte ou trinta anos e muitas vezes não é fácil acompanhar as mudanças da pessoa que está ao nosso lado, manter o ritmo. Algumas pessoas deixam de comer carne e passam a ser vegetarianas. Outras descobrem o prazer de viajar depois de os filhos saírem de casa. Ou o prazer do exercício físico. <strong style="box-sizing: border-box;">Se cada um estiver disponível para continuar a descobrir o outro e para alinhar em programas novos, experiências novas, aventuras novas, é mais provável que o casal continue a sentir-se unido e entusiasmado.</strong></span></p><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><strong style="box-sizing: border-box;"><br /></strong></span></p><h2 style="box-sizing: border-box; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">7. Ir à festa… mesmo quando não apetece</span></strong></h2><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Certamente já passou pela experiência de não ter a mínima vontade de ir a uma festa ou a outro evento, mas acabar por ser arrastado(a) por outras pessoas ou sentir-se na obrigação de marcar presença por consideração a um familiar ou a um(a) amigo(a) e, depois, assumir que foi a melhor coisa que fez porque acabou por se divertir. Nem sempre nos apetece fazer sexo. Às vezes já temos o pijama vestido ou está a começar a nossa série de televisão favorita e é fácil dizer “não”. Mas <strong style="box-sizing: border-box;">quando cedemos e nos deixamos levar pelas carícias da pessoa que amamos, acabamos por divertir-nos e sentir prazer. Aquilo que os casais mais felizes com a sua sexualidade têm em comum é a amizade e o facto de darem prioridade ao sexo.</strong> Eles aparecem na festa, ainda que, no início, nem sempre lhes apeteça. Isso não significa que estejam sempre disponíveis ou que não haja negas. Claro que há!<strong style="box-sizing: border-box;"> Outra coisa que estes casais têm em comum é o facto de saberem lidar com as negas: não há culpabilização nem amuos. Há carinho e compaixão.</strong></span></p><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><strong style="box-sizing: border-box;"><br /></strong></span></p><h2 style="box-sizing: border-box; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 10px; overflow-wrap: break-word; padding: 0px; text-align: justify;"><strong style="box-sizing: border-box;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">8. Gerir as expectativas</span></strong></h2><p style="box-sizing: border-box; margin: 0px 0px 20px; overflow-wrap: break-word; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Os casais felizes NÃO são <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Nmy2SyZbYS0" rel="noreferrer noopener" style="background-color: transparent; box-sizing: border-box; outline: 0px; text-decoration-line: none; transition: color 0.2s ease-out 0s;" target="_blank">almas gémeas</a>, não leem pensamentos, não são atores pornográficos, nem chegam diariamente montados num cavalo branco com um ramo de flores na mão. <strong style="box-sizing: border-box;">A satisfação sexual tem pouco a ver com performance ou com a frequência das relações sexuais. A maior parte das pessoas faz menos sexo do que gostaria ou do que idealizara. Porquê? Porque a vida acontece. </strong>Porque há rotinas que nos atropelam, há problemas que nem sempre conseguimos afastar do nosso pensamento, porque há birras e outras solicitações para gerir, porque há sono, muito sono. De vez em quando podemos ter de colocar na agenda um ou outro lembrete para que não nos esqueçamos de namorar, ou simplesmente reservar tempo e escolher, intencionalmente, manter o resto da vida (preocupações) em stand by. <strong style="box-sizing: border-box;">Gerir as expectativas não é baixar a fasquia. É sermos justos e bondosos connosco e com a pessoa que está ao nosso lado.</strong></span></p></div></div>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-71398975874881402832021-09-22T14:00:00.005+01:002021-09-22T14:02:12.253+01:00SERÁ QUE ELE(A) MUDA?<h4 style="text-align: left;"><b style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFgZEXXqEdTDosu3w6NkVOB834YQ6-iSMI6LzejLN2KpF6mUyjbAlN0YjrOe65X6TuYUhNP9vlqf-YLzirGOVbNAZsmfRa5uBpW5v2f_bN2AEDrgxOGpIoD1Og8bSXSUnYH-WK4w/s800/Ser%25C3%25A1+que+ele+muda.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Será que ele/a muda?" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFgZEXXqEdTDosu3w6NkVOB834YQ6-iSMI6LzejLN2KpF6mUyjbAlN0YjrOe65X6TuYUhNP9vlqf-YLzirGOVbNAZsmfRa5uBpW5v2f_bN2AEDrgxOGpIoD1Og8bSXSUnYH-WK4w/s16000/Ser%25C3%25A1+que+ele+muda.png" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b></h4><h4 style="text-align: left;"><b style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando gostamos de uma pessoa,
mas não nos sentimos felizes na relação, agarramo-nos à esperança de que ele(a)
mude e possamos voltar a ser felizes. Às vezes damos por nós a repetir os
mesmos erros e a ter dúvidas. Será que ele(a) é capaz de mudar?</span></b></h4>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando nos sentimos infelizes numa
relação, é provável que, mais cedo ou mais tarde, façamos um ultimato: «Ou tu
mudas, ou a relação acaba». De uma maneira geral, estas palavras são fruto do
cansaço, do desespero, da solidão e da mágoa, mas podem facilmente ser
encaradas como uma manifestação de falta de amor. Afinal, já todos ouvimos
dizer que «Amar é aceitar o outro como ele é» e que «Quem ama não tenta mudar o
outro». Estes são clichês que são válidos para a maioria das relações,
sobretudo quando falamos de alguns defeitos irritantes, mas inofensivos ou de
hábitos de que não gostamos, mas que contribuem para a felicidade da pessoa que
amamos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Quando os comportamentos da
pessoa que amamos nos magoam e/ou comprometem o nosso bem-estar e a nossa
felicidade, é bom que nos queixemos, </b>que demos voz ao nosso mal-estar e que
ofereçamos à outra pessoa a oportunidade de fazer escolhas que nos ajudem a ser
felizes. Isso é especialmente importante se se tratar de comportamentos
abusivos, como a chantagem emocional, as humilhações, as ameaças ou as explosões.
Nesse caso, é mesmo imperativo exigir um compromisso sólido com a mudança, sob
pena de a nossa saúde emocional e a nossa autoestima ficarem comprometidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando a outra pessoa se sente
aflita com o risco de a relação terminar e promete mudar, enchemo-nos de
esperança num futuro melhor, mas <b>a autenticidade demonstrada num momento de
aflição pode dar lugar a uma mão cheia de nada </b>e, então, voltamos a sentir-nos sem
chão.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><h3 style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Será que as pessoas mudam (mesmo)?</span></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">A boa notícia é que as pessoas
mudam. A má notícia é que isso dá trabalho.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Todos nos lembramos de colegas de
escola que, no final do ano letivo, se mostravam genuinamente aflitos com a
perspetiva de reprovar e que suplicavam aos professores para que lhes dessem
nota positiva. Em muitos desses casos, a aflição era acompanhada de um conjunto
de promessas que se desvaneciam no ano seguinte.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: large;"><br /></span></div><span style="font-size: large;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0NaWZMREwJ5CK2JsthL54iPoXQdPcj0ky6SMPPUPPJfEljYErC87iE_X_uef9W9E7E0fHAAqsHcQvPL_vME_iPIh01-TzyNAR6a_fo5wKNuTETdjRkunjGZcBuLFgzD5WymK0dA/s500/Ser%25C3%25A1+que+ele+muda+2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: large;"><img alt="É fácil comprometermo-nos com a mudança, sobretudo quando há algo que valorizamos e que estejamos em risco de perder, mas algumas mudanças simplesmente vão requerer tempo e um grande investimento." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0NaWZMREwJ5CK2JsthL54iPoXQdPcj0ky6SMPPUPPJfEljYErC87iE_X_uef9W9E7E0fHAAqsHcQvPL_vME_iPIh01-TzyNAR6a_fo5wKNuTETdjRkunjGZcBuLFgzD5WymK0dA/s16000/Ser%25C3%25A1+que+ele+muda+2.png" /></span></a></div><span style="font-size: large;"><br /></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que podemos saber que
ele(a) está mesmo disposto(a) a mudar?</span></b></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Só o tempo nos poderá dar
certezas absolutas sobre o grau de compromisso de uma pessoa, mas há alguns
sinais a que podemos estar atentos e que podem alimentar a esperança de que
ele(a) mude:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><h3 style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Arrependimento genuíno.</b></span></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Este é o primeiro passo para a mudança. Está longe de ser condição suficiente,
mas é uma condição necessária. Se a pessoa de quem gosta estiver genuinamente
arrependida, você vai perceber. O rosto dele(a) vai inundar-se de sofrimento e
sentimentos de culpa. Esses sentimentos desconfortáveis são a alavanca para a
mudança. Se, pelo contrário, a pessoa de quem gosta oscilar entre palavras de
arrependimento e outras que, de forma explícita ou implícita, coloquem a
responsabilidade do seu lado, é pouco provável que haja compromisso com a
mudança. Por exemplo, se a pessoa que ama o(a) traiu e, depois de numa primeira
fase se ter mostrado arrependido(a), passar a dizer que você tem de esquecer o
assunto e seguir em frente, dificilmente estará genuinamente capaz de empatizar
com o seu sofrimento ou de se comprometer com mudanças. Se ele(a) tiver
comportamentos abusivos e, perante as suas queixas, for exclamando «Tu és
demasiado sensível», é pouco provável que haja mudanças sólidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><h3 style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Há espaço para conversar sobre
o que o(a) incomoda.</b></span></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando a pessoa está genuinamente empenhada em mudar e
fazê-lo(a) feliz, há disponibilidade para conversar sobre os assuntos geradores
de mal-estar. Isso não significa que dê pulos de contentamento ou que mostre
uma paciência de santo(a). Significa que mostra que quer mesmo saber do que é
que você precisa e que está empenhado(a) em investir em ações concretas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Investe gradualmente de forma
diferente.</b></span></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não há mudanças sem ação. Se voltarmos à metáfora da escola,
você sabe que um aluno não está verdadeiramente comprometido com a mudança se
continuar a dizer que estuda «amanhã». Quando queremos mudar, aproveitamos o
hoje para fazer o que estiver ao nosso alcance. Se a pessoa que ama tem estado
muito ausente, mais centrada no trabalho ou noutras prioridades, mas estiver
comprometida com a mudança, é expectável que você observe um esforço genuíno
para reservar tempo para a relação e que ele(a) tenha o cuidado de o(a)
informar ou de o(a) consultar quando tiver de voltar a ficar a trabalhar até
mais tarde. Se não estiver genuinamente comprometido(a), vai provavelmente
escudar-se num conjunto de desculpas para repetir as escolhas de sempre.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><h3 style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Há transparência.</b></span></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Há
poucas coisas que nos ofereçam tanta segurança como o facto de alguém fazer
aquilo que diz que vai fazer, sem mentiras nem desculpas esfarrapadas. Quando a
pessoa que amamos se mostra empenhada em restaurar a nossa confiança e assume
uma postura clara e honesta, isso é sempre um bom sinal. Dizer a verdade não é
sempre fácil, sobretudo se a confiança tiver sido quebrada – pode dar origem a
alguma insegurança ou até a mal-entendidos. Mas, como é fácil de adivinhar, as
mentiras provocam danos ainda maiores e são, invariavelmente, um sinal de que o
compromisso com a mudança é muito débil.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Há planos a dois e a sua
vontade é considerada.</b></span></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Uma das características de uma relação infeliz é o
sentimento de desconsideração. Quando a pessoa que está ao nosso lado está
excessivamente centrada em si mesma, acaba invariavelmente por fazer escolhas
que nos magoam e que desconsideram a nossa vontade. Não há um verdadeiro
compromisso. Pelo contrário, quando a relação é devidamente valorizada e há
compromisso com a mudança, observamos que os nossos sentimentos e as nossas
necessidades são tidos em conta e passa a ser possível sonhar a dois.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></p><h3 style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Ele(a) é capaz de pedir ajuda.</b></span></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não há dúvida de que um compromisso é muito mais sólido quando é assumido
publicamente. Quando uma pessoa decide fazer dieta ou deixar de fumar, sabe que
se falar sobre isso com terceiros há uma probabilidade maior de essa mudança
lhe ser “cobrada”. Essa pressão é uma alavanca para a mudança. Quando há
comportamentos abusivos, uma traição ou outros acontecimentos que abalem a
solidez de uma relação, é importante falar abertamente sobre o assunto com
alguém que possa ajudar. Se a pessoa que ama está disponível para pedir ajuda
profissional, esse é um bom sinal. Claro que, depois, é essencial que se
comprometa com essa ajuda. Também é um sinal positivo se ele(a) assumir os
próprios erros junto de familiares e amigos. Pelo contrário, querer esconder os
problemas pode indicar alguma desvalorização e menor compromisso com a mudança.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Qualquer um de nós é capaz de
mudar, mas, de uma maneira geral, precisamos de sentir-nos suficientemente
desconfortáveis para implementarmos mudanças significativas. É natural que
queiramos manter-nos na nossa zona de conforto indefinidamente. Se estivermos
confortáveis e houver a mínima hipótese de a pessoa de quem gostamos nos
aceitar exatamente como somos, não vamos fazer nada para mudar. Se ficar claro
que ele(a) só vai manter-se na relação se houver mudanças sólidas, temos duas
hipóteses: ou valorizamos mesmo a relação e arregaçamos as mangas com medo de a
perder, ou mantemo-nos na nossa zona de conforto à espera que ele(a) ceda. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Qualquer um de nós pode manter-se
numa relação que não nos satisfaça. Fazemo-lo quase sempre com a esperança de
que, mais cedo ou mais tarde, a outra pessoa se dê conta de que precisa mesmo
de mudar. Na prática, somos nós que temos de dar voz àquilo de que precisamos
para sermos felizes e isso pode passar por fazer escolhas difíceis, como
afastarmo-nos de alguém que amamos, mas que não é capaz de mudar.</span><o:p></o:p></p>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-39845106422314791732021-02-11T15:54:00.004+00:002021-02-11T15:54:53.968+00:00COMO AUMENTAR A RESILIÊNCIA<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_7H-PxrGJtwOWGLYxEcucnicTlS-FJHKENVP3YEvN06GXepubZwE5oKcR3dvFylx4TWjzXA7U8jB0o0LEN5MfWyoMd0m7Uf3jR0dwXgZcTVIaq4zSCiqOMTkBo8XrQy6KKldiFg/s800/Resili%25C3%25AAncia.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Como aumentar a Resiliência" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_7H-PxrGJtwOWGLYxEcucnicTlS-FJHKENVP3YEvN06GXepubZwE5oKcR3dvFylx4TWjzXA7U8jB0o0LEN5MfWyoMd0m7Uf3jR0dwXgZcTVIaq4zSCiqOMTkBo8XrQy6KKldiFg/s16000/Resili%25C3%25AAncia.png" /></a></div><br /><p></p><h2 style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Todas as pessoas passam por
situações difíceis ou até traumáticas, mas, na maioria das vezes, têm a
capacidade de seguir em frente. O que é que nos permite levantar e arregaçar as
mangas de cada vez que caímos? Porque é que há pessoas mais resilientes do que
outras? Como é que podemos desenvolver a resiliência?</span></b></h2>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></p><h3 style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">O que é a resiliência?</span></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">A resiliência é a capacidade de
nos adaptarmos às situações mais stressantes e desafiadoras da vida. Ao
contrário do que possamos imaginar, a maioria das pessoas são resilientes.
Claro que um simples olhar à nossa volta nos mostra que há pessoas mais
resilientes do que outras. Todos conhecemos pessoas que fazem um drama à menor
contrariedade e outras que mostram uma capacidade incrível de se reerguer mesmo
nas maiores adversidades. Quando olhamos para desafios intensos como o
diagnóstico de um cancro, a perda de emprego ou um divórcio, é evidente que se
trata de marcos muito significativos capazes de abalar a felicidade e a
estabilidade da maioria das pessoas. Mas também é claro que a maior parte das
pessoas que conhecemos acabam por ultrapassar estes desafios, adaptando-se e
reerguendo-se.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<h3 style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Podemos desenvolver a
resiliência?</span></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Os estudos sobre a Psicologia
positiva evoluíram muito nas últimas décadas e contribuíram para o conhecimento
que hoje temos sobre este tema. A resiliência está diretamente relacionada com
níveis mais elevados de autoconfiança, bom humor, e uma imagem positiva de nós
mesmos e a boa notícia é que <b>podemos desenvolvê-la em qualquer momento da
nossa vida</b>.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<h3 style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Dicas para desenvolver a
resiliência</span></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Conte
com o apoio dos outros.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Perante um problema difícil, pode
ser tentador fechar-se na sua concha e contar apenas consigo mesmo. As pessoas
que cresceram por sua conta, sem sentirem que pudessem confiar ou contar com os
adultos à sua volta, podem sentir maior dificuldade em vulnerabilizar-se,
confiar nos outros ou pedir apoio. É importante que tenhamos compaixão pelas
nossas vulnerabilidades, pelas nossas feridas emocionais, mas que não
permitamos que elas se cristalizem e nos impeçam de explorar novos caminhos. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6eAU25kSgQUpWRP9kHr-bI8rLQbtQKtUR8i0SeQhXqj0YlvI4S6XnkFh12pmbad7E1TieXmVTTC8U-MFXYslKY9eRHFuU1jcywwyoHBXZWwn7TvgrQS5utmGrdexBIt6-jeEk7w/s500/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6eAU25kSgQUpWRP9kHr-bI8rLQbtQKtUR8i0SeQhXqj0YlvI4S6XnkFh12pmbad7E1TieXmVTTC8U-MFXYslKY9eRHFuU1jcywwyoHBXZWwn7TvgrQS5utmGrdexBIt6-jeEk7w/s16000/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Se tem dificuldade em
pedir apoio ou em confiar</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">nos outros, é porque em algum momento da sua</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">vida
houve a necessidade de esse mecanismo de</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">defesa surgir, mas isso não significa
que hoje não</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">haja ninguém que seja merecedor da sua confiança.<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAx1lcorjK-R9v4vFEXB22YbKQCPtIIh3h6-YQZC1mNOSLu9ZY7K5qpRSLQJWncqNej-01hUEh-g1VttMJaNDWkRhGbqppM6nIAZHwpeIQH4MRok4U6my68ZcfAMbUKoUt1HttxA/s500/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAx1lcorjK-R9v4vFEXB22YbKQCPtIIh3h6-YQZC1mNOSLu9ZY7K5qpRSLQJWncqNej-01hUEh-g1VttMJaNDWkRhGbqppM6nIAZHwpeIQH4MRok4U6my68ZcfAMbUKoUt1HttxA/s16000/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div><br /><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Desabafar e contar com o apoio
dos outros é um meio importante para nos sentirmos amparados e conseguirmos
enfrentar com resiliência as adversidades.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Olhe
para os problemas com flexibilidade.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não podemos mudar aquilo que nos
aconteceu no passado nem podemos mudar alguns acontecimentos do presente, mas
podemos mudar a forma como olhamos e reagimos a todos estes eventos. <b>Quando
olhamos para trás e identificamos os acontecimentos mais difíceis da nossa
vida, temos, pelo menos, duas alternativas.</b> Uma é vitimizarmo-nos, olhar
para nós mesmos como coitadinhos, olhar para os acontecimentos como catástrofes
em relação às quais nada podemos fazer, olhar para os traumas como
inultrapassáveis e para as pessoas que causaram esses traumas como monstros. A
outra é olhar para os acontecimentos com abertura e curiosidade e olhar para as
pessoas à nossa volta com compaixão, reconhecer as suas próprias vulnerabilidades
e o sentido de humanidade comum que está associado à certeza de que cada pessoa
faz, num dado momento, o melhor que sabe. De uma maneira geral, esta abordagem
ajuda-nos a reconhecer também o lado mais positivo de cada evento negativo. Por
exemplo, as pessoas que cresceram com um progenitor alcoólico serão mais
resilientes na medida em que sejam capazes de perceber que a forma como esse
progenitor cresceu e a forma como recebeu (ou não recebeu) o amor dos seus
cuidadores condicionou a estruturação da sua personalidade. Esta compaixão abre
espaço para que consigam reparar nos gestos daquele progenitor que mostram
afeto, apesar de todas as feridas emocionais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirBGuv6Y3kyNnIDhkDzbzGjwUKgms_VAvbMQu3t1HCxNWkiIAQ7OwyHBfRE3OyWIYEofQF6gDckoJPz9JeyWH0rfl59u1OP85mqiocZXsZFArbX30hVEO3WbZpqjeFkyfE_6-s2Q/s500/Resili%25C3%25AAncia+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Quando enfrentamos uma adversidade, podemos olhar para ela como um castigo, interrogando-nos sobre o mal que fizemos para merecer tal catástrofe ou podemos olhar para esse acontecimento com abertura e curiosidade, questionando-nos sobre o que está ao nosso alcance e/ou que lições podemos aprender." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirBGuv6Y3kyNnIDhkDzbzGjwUKgms_VAvbMQu3t1HCxNWkiIAQ7OwyHBfRE3OyWIYEofQF6gDckoJPz9JeyWH0rfl59u1OP85mqiocZXsZFArbX30hVEO3WbZpqjeFkyfE_6-s2Q/s16000/Resili%25C3%25AAncia+2.png" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">3.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Aceite
que o sofrimento faz parte da vida.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">«Shit happens», já ouviu dizer?
Quando nos confrontamos com uma adversidade, é fácil questionar «Porquê eu?
Porque é que isto me aconteceu?», mas a verdade é que a pergunta mais razoável
é «E porque não eu?». <b>Olhe à sua volta: conhece alguém que nunca tenha
passado por dificuldades sérias? </b>Talvez lhe ocorra responder que sim.
Afinal, todos conhecemos pessoas a quem a vida parece estar sempre a sorrir. Ou
será que são sobretudo pessoas que assumem uma postura otimista em relação à
vida?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não há um único ser humano adulto
que nunca tenha enfrentado uma dificuldade séria – um divórcio, um problema de
infertilidade, uma traição, a perda de emprego, o alcoolismo de um familiar,
uma doença séria, a perda de um ente querido. Uma das coisas que diferencia as
pessoas resilientes é a aceitação de que o sofrimento faz parte da vida. É
também por isso que elas arregaçam as mangas mais rapidamente, em vez de
perderem tempo a vitimizar-se. Elas não precisam de ver o vizinho a sofrer para
reconhecerem a humanidade comum que as liga às outras pessoas. Elas não olham
para um momento de dor como uma tragédia que as exclui do direito à vida
perfeita que as outras pessoas mostram no Instagram. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Aceitar o seu sofrimento não
significa alimentar quaisquer sentimentos de pena de si próprio(a). Significa,
isso sim, reconhecer que as tragédias acontecem e que a forma como você
responde a essas tragédias vai influenciar (muito) o seu bem-estar. Aceitar que
o sofrimento faz parte da existência humana ajuda-nos a reconhecer que, nos
momentos difíceis, as escolhas que fazemos podem ajudar-nos a afundar ou a
nadar até à tona.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">4.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Enfrente
os problemas de forma ativa e direta, em vez de os evitar.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Enfiar a cabeça na almofada é um
direito seu, pelo menos na medida em que essa seja uma escolha transitória e uma
forma de permitir a si mesmo(a) sentir a dua dor. Mas esta opção deixa de ser
uma alternativa saudável na medida em que se transforme na única resposta aos
problemas. Quanto mais evitarmos confrontar-nos com os nossos problemas, maior
é a probabilidade de eles se transformarem em bichos papões que pareçam cada
vez mais difíceis de ultrapassar. Enfrentar os problemas, dar-lhes um nome e
fazer um plano para lidar com eles é a melhor forma de voltar a sentir que tem
controlo sobre a sua vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">5.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Liberte
a sua ansiedade.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Cada pessoa tem a sua própria
forma de lidar com a ansiedade, mas há escolhas que são mais saudáveis do que
outras. As pessoas que se disciplinam no sentido de incluir na sua rotina
hábitos como a meditação, a prática de exercício físico ou a realização de
hobbies que as ajudem a desconectar-se dos problemas e a descontrair, costumam
enfrentar as adversidades com maior resiliência.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">6.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Identifique
o seu propósito.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">A vida leva-nos muitas vezes a um
piloto automático em que dificilmente paramos para prestar atenção às coisas
que mais valorizamos. Quando estamos demasiado acelerados pelo ritmo frenético
das nossas vidas, é fácil sentirmo-nos assoberbados, stressados e frustrados.
Parar para prestar atenção às coisas (e às pessoas) que mais valorizamos –
praticando ativamente a gratidão, por exemplo – pode ajudar-nos a reconhecer
com maior clareza o nosso propósito de vida e a definir objetivos que
genuinamente nos aproximem de uma vida mais feliz.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">7.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Crie
tempo para a brincadeira.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Se quisermos ver uma criança
feliz, é só criarmos espaço para que ela tenha a oportunidade de brincar, de
preferência acompanhada. Brinquedos + companhia = diversão. Às vezes, nem
sequer é preciso que haja brinquedos de verdade. Já reparou como duas crianças
se podem divertir com caixas velhas enquanto fingem que se trata de carros em
competição? Ou como brincam aos médicos mesmo quando não têm qualquer
equipamento que se assemelhe a um estetoscópio? A imaginação e a companhia são o
suficiente. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFSQwGNDXgHz7uJmfUobUPUa7xGHYpcXpC9B_b3cFq-5RYU_u2ziMcBjPk7LqzCnb-PlPSyzVSzuHIfIvvZvWK1q-2G3bHg_3N3tTDUf7DXlaCuu76ITEkl_d1A4zIfuL-2Kvmfg/s500/Resili%25C3%25AAncia+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Os adultos também precisam – muito – da brincadeira. Somos muito mais felizes e resilientes na medida em que consigamos incluir nas nossas rotinas tempo para descontrair junto das pessoas de quem gostamos." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFSQwGNDXgHz7uJmfUobUPUa7xGHYpcXpC9B_b3cFq-5RYU_u2ziMcBjPk7LqzCnb-PlPSyzVSzuHIfIvvZvWK1q-2G3bHg_3N3tTDUf7DXlaCuu76ITEkl_d1A4zIfuL-2Kvmfg/s16000/Resili%25C3%25AAncia+3.png" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">E este hábito é ainda mais
importante e terapêutico nos períodos de maior stress. Lembre-se disso da
próxima vez que disser que não tem tido tempo para fazer as coisas de que
gosta.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">8.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Foque-se
naquilo que pode mudar.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Somos muito bons a identificar as
ameaças. Na verdade, o nosso cérebro está altamente programado para isso. Este
mecanismo de sobrevivência é essencial nas situações em que a nossa
sobrevivência está em causa, como quando estamos na presença de um animal
feroz. A questão é que a nossa vida não está sistematicamente em risco.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaN1XLjrXqUQnr8RoVUTDFEoX_ctRoRbCcYp06comJ3CeNF0rrqIM84X-j_YDpSj5atqG19cLPxk5eez-GzKeFxbRmGPqOWP5fMR72-d8cqO7cyAQje08s6tHKRuy2Q8UC16mS4g/s500/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaN1XLjrXqUQnr8RoVUTDFEoX_ctRoRbCcYp06comJ3CeNF0rrqIM84X-j_YDpSj5atqG19cLPxk5eez-GzKeFxbRmGPqOWP5fMR72-d8cqO7cyAQje08s6tHKRuy2Q8UC16mS4g/s16000/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando focamos toda a
nossa atenção naquilo</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">que não controlamos, estamos a desperdiçar a nossa</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">energia e, mais importante do que isso, estamos a</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">desperdiçar a oportunidade de
canalizar a nossa</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">atenção para aquilo que podemos mudar.<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_rZdN4mAC6zLMFXCk_BLbdYBhsWby097vUmBE1Ii2nWj8Sl12P2PrFhezosv5lrVzsntSFvrZHOaAaa9J70PEQO_veRJlcRJs7OF3_ev0FV3j2hT4_wBfHx4ddmJH_J8wndAu6g/s500/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_rZdN4mAC6zLMFXCk_BLbdYBhsWby097vUmBE1Ii2nWj8Sl12P2PrFhezosv5lrVzsntSFvrZHOaAaa9J70PEQO_veRJlcRJs7OF3_ev0FV3j2hT4_wBfHx4ddmJH_J8wndAu6g/s16000/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por exemplo, quando um pai ou uma
mãe perde um filho, é evidente que o seu mundo muda para sempre. A morte é
irreversível e deixa-nos com um sentimento de impotência brutal. Não é por
acaso que diversos estudos mostram que a prevalência do divórcio é altíssima
depois de um acontecimento como este. Mas a verdade é que há muitos casais que
se mantêm unidos e cuja relação prospera, apesar de terem enfrentado a maior
das adversidades. Estes casais conseguem perceber que aquilo que perderam não
tem de lhes roubar aquilo que ficou.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>Eles conseguem sentir-se gratos por aquilo que ainda têm e conseguem
centrar a sua atenção naquilo que podem fazer para manter aquilo que têm. Esta
postura – de praticar a gratidão e de centrar a atenção naquilo que podemos
mudar – é aplicável a todas as tragédias da vida.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">9.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Pergunte
a si mesmo(a): «As escolhas que estou a fazer são boas para mim?».<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Se tiver acabado de ser
deixado(a) e estiver a passar por um divórcio, é natural que queira seguir
todos os passos do(a) seu(sua) ex-companheiro(a). Talvez passe horas nas redes
sociais na tentativa de saber se ele(a) tem alguém ou simplesmente para saber
se está <i>online</i>. Mas será que essas escolhas lhe fazem bem? Será que o(a)
ajudam a ficar melhor? Nem sempre conseguimos fazer as escolhas que nos
protegem ou que promovem o nosso bem-estar. Às vezes até sabemos exatamente o
que é que “deveríamos” estar a fazer, mas não é essa a nossa escolha. Há uma
diferença entre sabermos o que nos faz bem e sermos capazes de nos
comprometermos com essa escolha. Mas se formos capazes de trazer esta pergunta
para o nosso dia-a-dia, aumenta a probabilidade de sermos genuinamente gentis
connosco próprios. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Isto é aplicável às mais diversas
adversidades e a pergunta pode assumir diferentes formatos:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Será que eu preciso
mesmo de comprar isto?<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Será que é bom para
mim deixar de ir ao ginásio e ficar fechada em casa a sofrer por amor?<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Será que me faz bem
ir todas as semanas ao cemitério?<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Será que me faz bem
alimentar pensamentos como «Nunca vais ser capaz de conseguir aquele emprego»?<o:p></o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Será que me faz bem
“googlar” sobre doenças?<o:p></o:p></span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraph" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">10.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b>Reconheça
a sua força.<o:p></o:p></b></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Olhe para trás e repare na forma
como respondeu às diferentes adversidades com que já se confrontou. Que
características o(a) ajudaram a ultrapassar esses acontecimentos? Que escolhas
contribuíram para que não se afundasse?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando olhamos para os
acontecimentos mais difíceis da nossa vida, é natural que as recordações
estejam maioritariamente relacionadas com os sentimentos desconfortáveis por
que passámos, com o sofrimento vivido. Mas a esmagadora maioria destas
situações foram ultrapassadas graças à nossa resiliência, às escolhas que
fizemos e que também traduzem a nossa força. Por outro lado, estes
acontecimentos também acrescentam invariavelmente uma dose considerável de
crescimento pessoal. Há competências que nem sequer sabíamos que tínhamos e/ou
que foram aprimoradas na resposta às dificuldades. Há aprendizagens que jamais
teríamos feito se não tivéssemos passado por certos eventos. Sermos capazes de
reconhecer a nossa força, as características que nos ajudam a enfrentar as
dificuldades, é fundamental para que reconheçamos a resiliência que há em nós
para lidar com o que está por vir.</span><o:p></o:p></p>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-35241428844653361302021-02-10T17:50:00.000+00:002021-02-10T17:50:56.494+00:00CONSULTAS DE PSICOLOGIA E TERAPIA DE CASAL ONLINE<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT8vZHrn0mHg9J6IFkc3zJ7y56F8uttcHrgGm4umGNr0OOpWgukhTn1NGKcBpFj2LJncHwnRGLsiZVgoUwpF-H49Jd3wG5NwQ-zkEUcGwj6TZebo74v86GZkBQsyW6tYRDwOH9Qg/s1600/CONSULTAS+DE+PSICOLOGIA+E+TERAPIA+DE+CASAL+ONLINE+1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Consultas de Psicologia e terapia de casal online" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhT8vZHrn0mHg9J6IFkc3zJ7y56F8uttcHrgGm4umGNr0OOpWgukhTn1NGKcBpFj2LJncHwnRGLsiZVgoUwpF-H49Jd3wG5NwQ-zkEUcGwj6TZebo74v86GZkBQsyW6tYRDwOH9Qg/s1600/CONSULTAS+DE+PSICOLOGIA+E+TERAPIA+DE+CASAL+ONLINE+1.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Em tempos de Covid-19 e
isolamento, a terapia online é a única forma de receber ajuda especializada no
que toca à saúde psicológica. Será que funciona? Como é que se processa? É para
todos? Como é que sabemos que podemos confiar? </span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Há muitos anos que dou consultas
através da Internet. Até há um ano, essa era a exceção na minha prática
clínica e estava reservada sobretudo para os portugueses que vivem fora do país
e para algumas pessoas que, apesar de viverem em Portugal, têm dificuldade em encontrar
um psicólogo/ terapeuta conjugal perto da área de residência ou que
simplesmente vivem num meio demasiado pequeno, onde todos se conhecem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Apesar de preferir as consultas
presenciais, habituei-me desde cedo a este formato e percebi que a minha ajuda
poderia ser muito significativa para quem, por questões logísticas, pudesse
sentir-se ainda mais vulnerável. Tenho acompanhado portugueses em países tão
longínquos quanto a Arábia Saudita, Angola, Canadá ou os Estados Unidos e
muitos espalhados pela Europa. Em comum têm a vontade de receber ajuda na
língua em que se expressam melhor. No caso dos portugueses a viver em meios
pequenos, é fácil perceber a diferença que poderia fazer consultar um psicólogo
local. Não é uma questão de a confidencialidade das consultas estar em causa. Tem
a ver com a exposição de entrar numa clínica e só por isso ser motivo de
conversas e rumores. Isso é ainda mais difícil quando falamos de terapia conjugal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Com a chegada do Covid-19 a
Portugal, comecei por reconhecer que o contacto presencial com as pessoas que
acompanho nos poderia colocar a todos numa situação vulnerável e passei a realizar
as consultas através de videoconferência. Dias depois, a Ordem dos Psicólogos
emitiu um comunicado em que dizia que todos os profissionais da área deveriam
passar a fazer o seu trabalho neste formato. Entretanto, tornou-se óbvio que
esta seria mesmo a única forma de nos protegermos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Para quem nunca fez consultas
online, a ideia pode gerar confusão. Afinal, como é que se processa uma
consulta de Psicologia clínica ou de Terapia de Casal online? De que forma se
pode garantir a confidencialidade e a segurança das consultas? Será que as
consultas neste formato funcionam tão bem como as consultas presenciais?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">A Terapia online funciona?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Sim. As consultas de Psicologia e
terapia familiar <b>são tão eficazes quanto as consultas presenciais</b>. Não é
uma questão de opinião. Há diversos estudos que nos mostram essa eficácia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<br />
<ul>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span>Há investigações que mostram que a terapia
cognitivo-comportamental, que permite estimular a consciência sobre padrões de
pensamentos negativos ajudando os pacientes a responder a situações
desafiantes, é tão eficaz por videoconferência quanto pela via presencial.</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span>Um estudo mostrou que os adolescentes que realizaram
consultas por telefone para a perturbação obsessivo-compulsiva obtiveram tanto
sucesso no tratamento quanto os colegas que foram acompanhados presencialmente.</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span>Uma investigação mostrou que os veteranos que
sofrem de perturbação pós stress traumático respondem tão bem à terapia por
videoconferência quanto ao tratamento recebido no consultório.</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">No caso da terapia de casal, há
claramente uma vantagem nas consultas online: a gestão do tempo. A maior parte
dos casais que acompanho são pessoas ocupadas, com dificuldade em conciliar
agendas e assegurar que alguém tome conta das crianças durante duas ou três
horas. A consulta dura cerca de uma hora e meia, mas, se juntarmos as
deslocações, nem sempre é fácil encontrar tempo para que a sessão seja
realizada. Quando as consultas são realizadas por videoconferência, contornam-se
mais obstáculos e a probabilidade de o casal conseguir comprometer-se de forma
consistente com a terapia é muito maior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Mas há outra vantagem ainda mais significativa:
a diminuição do stress. Não há volta a dar: por mais simpático(a) que o(a)
terapeuta seja, há quase sempre mais ansiedade quando temos de nos deslocar a
uma clínica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWEUlioQLZkYb0iayOwoW-tmB6DK7rA5fpbC1odDQ7jqPu_HeUavLaeDygBk3EnwhCpV1GPPzZpaVBtglab6E0MNStuJedWMngNUnUL-rxpr3AtE0nEXAjLchdPYJKMDKyABd1mw/s1600/CONSULTAS+DE+PSICOLOGIA+E+TERAPIA+DE+CASAL+ONLINE+2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="A nossa casa é o nosso porto seguro e pode funcionar como facilitadora do relaxamento e, consequentemente, da capacidade para expormos as nossas emoções de forma mais segura." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWEUlioQLZkYb0iayOwoW-tmB6DK7rA5fpbC1odDQ7jqPu_HeUavLaeDygBk3EnwhCpV1GPPzZpaVBtglab6E0MNStuJedWMngNUnUL-rxpr3AtE0nEXAjLchdPYJKMDKyABd1mw/s1600/CONSULTAS+DE+PSICOLOGIA+E+TERAPIA+DE+CASAL+ONLINE+2.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Posso confiar no profissional
que</span></b></h3>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">está do outro lado do ecrã?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Nos dias de hoje, não faz sentido
fazer escolhas clínicas arriscadas. Se não se sente seguro(a) de que o(a)
psicólogo(a) que está a pensar contactar seja o(a) mais indicado(a) para si, há
alguns passos que pode/deve dar:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<br />
<ul>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span>A Ordem dos Psicólogos dispõe de uma lista de todos
os profissionais registados e autorizados a exercer em Portugal. Certifique-se
de que é acompanhado(a) por um(a) psicólogo(a) inscrito na Ordem.</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> C</span></span>onverse com o seu médico de família e peça uma
recomendação. Os médicos de família estão habituados a fazer o encaminhamento
para consultas de especialidade e poderão ajudar a encontrar a melhor
alternativa.</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span>Se se sentir confortável, peça uma referência a
um(a) amigo(a) ou a um familiar. Não há nada como a certeza de que alguém já
foi bem-sucedido no acompanhamento psicológico com determinado(a) profissional.</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span>Faça perguntas. Antes de marcar uma consulta, faça
uma lista com todas as suas dúvidas. Telefone ou envie um e-mail para o(a)
psicólogo(a) que está a pensar consultar. Estas respostas ajudá-lo(a)-ão a fazer
a sua escolha. Se não obtiver resposta, isso também o(a) ajudará a fazer a sua
escolha 😊.</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Com o que é posso contar na
terapia online?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">As consultas por videoconferência
funcionam de forma idêntica às consultas presenciais. Do outro lado do ecrã
está um(a) psicólogo(a) isolado(a) no(a) seu gabinete e capaz de assegurar a confidencialidade
da consulta. Tal como acontece nas consultas presenciais, <b>a empatia e a
ligação são elementos fundamentais para o sucesso da terapia</b>. Se não se
sentir confortável com algum aspeto da consulta, procure expor a sua perspetiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Na primeira consulta, o(a)
psicólogo(a) informa e explica de forma clara como é feita a recolha e registo
dos dados clínicos e, no final, partilha uma declaração de consentimento
informado que deve ser assinada/ validada pelo(a)(s) paciente(s).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJsWuaNQ8OtgXvDWYwSRyuHfr_wfT4kENA-JJhl08h4m0ux6eJTbG-cBujrPtUMr0-P87PCsrIyOuVgh3xac4H2dRwDbKSXhtZjLpm4l9PWr3BqAuYYOIHuJGwKROogXAsMuK8QQ/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJsWuaNQ8OtgXvDWYwSRyuHfr_wfT4kENA-JJhl08h4m0ux6eJTbG-cBujrPtUMr0-P87PCsrIyOuVgh3xac4H2dRwDbKSXhtZjLpm4l9PWr3BqAuYYOIHuJGwKROogXAsMuK8QQ/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">De uma maneira geral,
é nesta altura que se elabora</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">o “contrato terapêutico”, isto é: há um acordo em</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">relação aos objetivos terapêuticos, periodicidade e</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">duração das consultas,
propostas de exercícios</span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">e formas de pagamento.<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlf5MqJLfzbeZOLQTjgbjTbHTPz5C99GYBSt8vU99u8Htpb0tbr8jg2zQnkFWhteyMib4M-ShfvdLA_3CdMqAUZrgxhjQ8i0_AlFx_jTDZFry85ppbEvH-oVfg2OOxeaLSRWKRpQ/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlf5MqJLfzbeZOLQTjgbjTbHTPz5C99GYBSt8vU99u8Htpb0tbr8jg2zQnkFWhteyMib4M-ShfvdLA_3CdMqAUZrgxhjQ8i0_AlFx_jTDZFry85ppbEvH-oVfg2OOxeaLSRWKRpQ/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Tal como acontece nas consultas
presenciais, é legítimo que queiramos obter mudanças rápidas e que nos sintamos
desmotivados se elas demorarem a surgir. A minha experiência mostra-me que na
maioria das situações <b>há um alívio e um otimismo que resultam logo das
primeiras consultas, mas as mudanças mais sólidas envolvem tempo e compromisso</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O início de um processo terapêutico
– individual ou familiar – envolve quase sempre muito desgaste e
vulnerabilidade. Marcar a primeira consulta é um primeiro grande passo. É uma
forma de mostrar a si mesmo(a) que quer cuidar de si, da sua relação ou da sua
família. Pode não ser sempre fácil e algumas consultas até podem ser “duras”
por tocarem em feridas profundas, mas aquilo que é expectável é que um(a)
psicólogo(a) treinado(a) o(a) ajude a aproximar-se gradualmente dos seus
objetivos e a sentir-se mais seguro(a), mais feliz e mais capaz.</span></div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-38128739766439209602021-02-10T17:15:00.001+00:002021-02-10T17:17:23.632+00:00RELACIONAMENTOS EM TEMPOS DE PANDEMIA<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh643ZIePLg-pGh_ClB4lNYydgB8N6_2tbQ61DVi6M28pVP64QPQ1SpP3lgN0OZEMxTyLyCUexgTHLZ3RWsJLtBa8_A1TMcDrGpDrBDXnDjUoGwAR04ub7YO36g7TZYjol80jOAwQ/s800/Relacionamentos+em+tempos+de+pandemia.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Relacionamentos em tempos de pandemia" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh643ZIePLg-pGh_ClB4lNYydgB8N6_2tbQ61DVi6M28pVP64QPQ1SpP3lgN0OZEMxTyLyCUexgTHLZ3RWsJLtBa8_A1TMcDrGpDrBDXnDjUoGwAR04ub7YO36g7TZYjol80jOAwQ/s16000/Relacionamentos+em+tempos+de+pandemia.png" /></a></div><br /> <p></p><h4 style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">Em tempos de confinamento,
manter um relacionamento harmonioso é cada vez mais desafiante, sobretudo
quando temos de conjugar o trabalho, a ocupação de crianças pequenas, o
acompanhamento escolar e todas as tarefas que uma casa exige. Hoje partilho
algumas sugestões que podem ajudar-nos a manter a ligação com a pessoa que
amamos.</span></b></h4><div><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Em duas palavras, é mais provável
que nos mantenhamos conectados se houver </span><span style="font-size: x-large;"><b>altruísmo</b></span><span style="font-size: large;"> e (boa) </span><span style="font-size: x-large;"><b>comunicação</b></span><span style="font-size: large;">. Aqui
estão algumas dicas:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">#1: Oferecer “bolsas de tempo”<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">A inexistência de limites físicos
entre a vida profissional e familiar é uma das grandes fontes de stress. Quando
os membros do casal conseguem comprometer-se a “segurar as pontas” para
oferecer ao outro algumas bolsas de tempo – para relaxar, fazer desporto ou
outra coisa qualquer, reduzem o stress, sentem-se mais unidos e com maior
sensação de controlo sobre a própria vida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">#2: Aceitar as tentativas de
fazer as pazes<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Quanto mais tempo se passa em
confinamento, maior é a irritabilidade e a impaciência. Os conflitos são
praticamente inevitáveis e é muito importante tentar fazer as pazes. Quando o
membro do casal que tenta uma reaproximação se confronta com um “chega para
lá”, surgem sentimentos de rejeição difíceis de ultrapassar. Pelo contrário,
quando aceita o pedido de desculpas ou a tentativa de fazer as pazes, a
escalada diminui e aumenta a probabilidade de voltar a haver trocas de carinho
e o sentimento de amparo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">#3: Assumir a própria
responsabilidade<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">É preferível assumir a sua quota
parte de responsabilidade em vez de tentar provar que tem razão. Depois de um
momento de tensão, este pode ser um passo importante para que o outro também o
faça e o conflito seja mais facilmente ultrapassado. Claro que é muito mais
fácil dizer do que fazer. Quando assumimos, com humildade, que também errámos
ou que não devíamos ter dito algumas coisas, abrimos espaço para o diálogo e
para a reaproximação. Mostramos à outra pessoa que a vemos e que nos importamos
com o que ela sente.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">#4: Mostrar desagrado
focando-se em situações específicas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Há uma diferença significativa
entre fazer uma queixa e fazer uma crítica. Uma queixa é situacional, refere-se
a um comportamento e ao impacto que esse comportamento provocou. Uma crítica
implica quase sempre uma generalização que acaba por ser sentida como um ataque
à personalidade do(a) companheiro(a).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Uma das ferramentas que proponho
frequentemente no consultório e que permite que qualquer pessoa manifeste o seu
desagrado de forma emocionalmente inteligente é a seguinte:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV7X0jFB0s-hjTC_UG096bZFBeNEApC_g-sDl-GcX25CQUYI8e6vDZWlNyCOCDxTHW-KuxueeUgN72nb5Mu6e5-0dPEcGyiim9GDdBrOy_IieP8iPmd0d9YSKM2YC2ywPn_olvRg/s500/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV7X0jFB0s-hjTC_UG096bZFBeNEApC_g-sDl-GcX25CQUYI8e6vDZWlNyCOCDxTHW-KuxueeUgN72nb5Mu6e5-0dPEcGyiim9GDdBrOy_IieP8iPmd0d9YSKM2YC2ywPn_olvRg/s16000/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">ABC<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">A – «Quando…» (descrição clara e
objetiva da situação/</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;"> comportamento/ episódio)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">B - «… eu senti-me»
(identificação dos sentimentos)<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">C - «Preferia que…/ Preciso que…»</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">(reconhecimento das próprias necessidades).</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZp6pZMM_9IzOp3ZAUiF5MoA16_FywJ1yASnymJQXWPBEjfT5UeYHTWnRUXdQ4QtIeHBwKt9me6w9EQR6jT0DmJVhW0NK9p2kjVQH0N9SEevHf6oRnzneDRd9zP8gcA6Sujrv3Cw/s500/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZp6pZMM_9IzOp3ZAUiF5MoA16_FywJ1yASnymJQXWPBEjfT5UeYHTWnRUXdQ4QtIeHBwKt9me6w9EQR6jT0DmJVhW0NK9p2kjVQH0N9SEevHf6oRnzneDRd9zP8gcA6Sujrv3Cw/s16000/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div><br /><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">#5: Importância da empatia /
esperar o melhor do outro /aceitar a não-intencionalidade de magoar<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Antes de fazer qualquer desabafo,
é importante tentar colocar-se na posição do outro, reconhecer os desafios que
ele(a) enfrenta. O mais provável é que ambos se sintam assoberbados com a
multiplicidade de tarefas, especialmente quando há filhos, e que ninguém esteja
no seu melhor. O facto de haver erros, equívocos de comunicação ou
esquecimentos está longe de querer dizer que a pessoa que está ao seu lado não
se importa. Quando começamos por dizer “Eu sei que não fizeste por mal…” ou “Eu
sei que estás com muito trabalho…”, mostramos empatia e reconhecimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">#6: A importância dos pequenos
gestos de bondade<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Diariamente, há pequenas
oportunidades para mostrarmos à pessoa que amamos que nos importamos com ela,
que a queremos fazer feliz. Quando o(a) deixamos dormir até mais tarde e
asseguramos os cuidados às crianças porque sabemos que ele(a) esteve a
trabalhar até tarde, quando trazemos do supermercado os miminhos de que ele(a)
gosta, quando preparamos uma refeição especial, quando celebramos as suas pequenas
conquistas profissionais ou quando o(a) ajudamos na elaboração de um relatório
ou na tradução de um trabalho, estamos a encher o mealheiro de afetos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">#7: Manter as conversas
diárias<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">O facto de ambos estarem a
trabalhar a partir de casa não significa que haja maior disponibilidade para prestar
atenção e conhecer as pequenas coisas que mexem com cada um. É importante
manter rituais de conversação em que cada um possa desabafar um pouco e os
membros do casal possam acalmar-se mutuamente. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">As conversas a dois que acontecem
habitualmente no final de cada dia são um dos “segredos” dos casais mais
felizes. Permitem que cada um se sinta visto, compreendido e amado. São
autênticos “calmantes” naturais que nos ajudam a perceber que é ao lado da
pessoa que escolhemos que nos sentimos mais relaxados. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Mas é preciso ter atenção ao
propósito destas conversas e a tudo aquilo que elas Não são! Estas conversas
diárias a dois NÃO servem para falar sobre os problemas da relação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">São conversas sobre todas as
pequenas e grandes coisas que mexem com cada um dos membros do casal ao longo
do dia. São uma espécie de atualização diária a respeito daquilo que vai
acontecendo quando, apesar de estarem na mesma casa, não estão a prestar
atenção ao outro. A intenção é a de partilhar, acolher, demonstrar interesse,
apoiar e incentivar.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p>
<p></p>
<center>
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</center>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-73090179768076779882021-01-26T15:48:00.003+00:002021-01-26T17:37:47.472+00:00QUAL É O MOMENTO CERTO PARA CASAR?<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitEMTjhLF-uIngI5HW8DN12iqUiUNn3Jl8-F__lszwErsH8I2Iz6rMqhAtkjHbEpi5Ebx98mpDQGC4fRUtG9rJ6rFmcMi1HoeGHqrHVwB50zXw9A4pPDpqDI-FqoX8qzVV37BQIg/s800/Qual+%25C3%25A9+o+momento+certo+para+casar+1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><img alt="Qual é o momento certo para casar?" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitEMTjhLF-uIngI5HW8DN12iqUiUNn3Jl8-F__lszwErsH8I2Iz6rMqhAtkjHbEpi5Ebx98mpDQGC4fRUtG9rJ6rFmcMi1HoeGHqrHVwB50zXw9A4pPDpqDI-FqoX8qzVV37BQIg/s16000/Qual+%25C3%25A9+o+momento+certo+para+casar+1.png" /></span></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span><p></p><h4 style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Em qualquer relação séria, há
uma altura em que é preciso conversar sobre assuntos sérios. Qual é o momento
certo para começar a falar sobre casamento? E como é que se inicia uma conversa
como essa?</span></b></h4>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"> </span></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Hoje em dia a maior parte das
pessoas começam por viver juntas sem oficializar a relação. Para algumas, essa
é uma oportunidade de “testar” a relação, de crescer a dois e, assim, partir
com mais certezas para o casamento. Para outras, o casamento é uma ideia
longínqua para a qual ainda não se sentem preparadas. Algumas chegam a
verbalizar que gostariam de casar «um dia», mas emocionalmente há alguma
aversão a dar esse passo. Às vezes essa aversão está relacionada com o que
viram no casamento dos próprios pais ou com algumas ideias feitas que resultam
da observação de casais amigos. Na prática, <b>a aversão ao casamento está muitas
vezes relacionada com o medo de repetir um padrão disfuncional e/ou com o medo que
a pessoa tem de se sentir sufocada.</b> Esta sensação de sufoco é típica das
pessoas com <a href="http://www.apsicologa.com/2019/10/estilos-de-vinculacao-amorosa.html">estilo de vinculação amorosa evitante</a>.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Para a maioria das pessoas com um
<a href="http://www.apsicologa.com/2019/10/estilos-de-vinculacao-amorosa.html">estilo de vinculação seguro ou ansioso</a>, o desejo de casar acaba por surgir mais
cedo ou mais tarde. Para muitas dessas pessoas, o casamento é a base da criação
de uma família. Algumas têm a coragem de falar abertamente sobre isso, outras
não. O receio de trazer o assunto está quase sempre relacionado com o medo de
que o(a) companheiro(a) se assuste, se sinta preso(a) ou queira terminar a
relação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgvp8cTjKP6DyU2_7ClwafEuFYP0qlyaX8AG6z2BuE49Gkv_reBKlb-ad2Mn4bvjS67DANgctV67aefkjKrIezaCRjTOtOTzM6BhVBavX59ZD4fOtLNSetTpGu2X_HwbEjjZhmNw/s500/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgvp8cTjKP6DyU2_7ClwafEuFYP0qlyaX8AG6z2BuE49Gkv_reBKlb-ad2Mn4bvjS67DANgctV67aefkjKrIezaCRjTOtOTzM6BhVBavX59ZD4fOtLNSetTpGu2X_HwbEjjZhmNw/s16000/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></span></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Tal como acontece em
relação a outros assuntos sérios,</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">é importante que estejamos em sintonia com a
pessoa</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">que amamos em relação ao casamento. Se isso não</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">acontecer, é mais
provável que haja um que se sinta</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">magoado, ressentido e desesperançado em
relação ao</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">futuro a dois e que, mais cedo ou mais tarde, o assunto</span></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">se
transforme numa fonte inesgotável de conflitos.</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4b-YUcabTonv4uk3X1O7ZsYGy09U3U1Kt7dpvI_E6yYIw0lnh8-1O9wh86TlVD3mO0PBd7RLg8c48T83Emkjbm3nf0b4__uYhOlbaY3bj8eYgsfwjQ-0z__R7KknNnkNtGtVBkQ/s500/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4b-YUcabTonv4uk3X1O7ZsYGy09U3U1Kt7dpvI_E6yYIw0lnh8-1O9wh86TlVD3mO0PBd7RLg8c48T83Emkjbm3nf0b4__uYhOlbaY3bj8eYgsfwjQ-0z__R7KknNnkNtGtVBkQ/s16000/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></span></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Tenho conhecido vários casais que
entraram, sem querer, num círculo vicioso em que um, com um perfil mais
ansioso, desespera por sinais claros de compromisso (e exerce muita pressão) e
o outro, que se sente pressionado, foge de qualquer compromisso sério. Como
estas conversas acontecem quase sempre ao fim de meses ou anos de relação, isto
é, quando ambos estão emocionalmente envolvidos, não é fácil terminar a
relação.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<h3 style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Quando é que se deve começar a
conversar sobre casamento?</span></b></h3><div><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Antes de qualquer outra coisa, é
importante que você faça a sua autoauscultação. Como é que você se sente em
relação ao casamento? Não é em relação ao casamento com ESTA pessoa. Quão
importante é o casamento para si? É um sonho de vida? É um passo importante de
que não gostaria de abdicar? É indiferente? É algo que não quer para si? Faz questão
de se manter descomprometido(a)? Procure conhecer claramente os seus
pensamentos e sentimentos em relação a este assunto.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Depois, converse com o(a)
seu(sua) companheiro(a) sobre isso – sobre o que pensa e a forma como se sente
em relação ao casamento <b>em geral</b> – e procure conhecer a posição dele(a).
<b>Esta conversa deve acontecer no início do relacionamento</b>.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAot0EGGT-TVfqOR3yUStvAMb_Slf-jK6G8D5AJOk5vDwvsHULOJgHKtinYFDDErLMLOSsAoC6KlkUR4T9JYtNeGeR7rtr3su3clXyMMmpuKVNSYTk5KdrcvzREdPkIuL9aO8R_A/s500/Qual+%25C3%25A9+o+momento+certo+para+casar+2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><img alt="Ninguém quer comprometer-se com um casamento nas primeiras saídas, MAS é importante que ambos aproveitem os primeiros encontros para se revelarem com abertura e honestidade e, assim, oferecerem mutuamente a oportunidade de fazer escolhas conscientes." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAot0EGGT-TVfqOR3yUStvAMb_Slf-jK6G8D5AJOk5vDwvsHULOJgHKtinYFDDErLMLOSsAoC6KlkUR4T9JYtNeGeR7rtr3su3clXyMMmpuKVNSYTk5KdrcvzREdPkIuL9aO8R_A/s16000/Qual+%25C3%25A9+o+momento+certo+para+casar+2.png" /></span></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Os primeiros encontros devem ser
leves e divertidos, mas é importante que nenhum dos membros do casal se envolva
“demasiado” com alguém que, mais cedo ou mais tarde, possa mostrar que
simplesmente não é a pessoa certa. <b>Há poucas coisas que nos derrubem tanto
como chegar a um ponto da relação em que percebamos que a pessoa que amamos não
deseja o mesmo grau de compromisso que nós. </b>Quando isso acontece,
sentimo-nos desolados.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Um dos cenários comuns é este:
uma pessoa que deseja casar, ter filhos e assumir todos os compromissos “tradicionais”
conhece alguém, por quem se apaixona, e que revela, com clareza e honestidade,
que NÃO quer casar. A pessoa está tão apaixonada que:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">1.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><!--[endif]-->Diz
a si mesma «Não faz mal. O importante é o amor que sentimos».<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">2.<span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span><!--[endif]-->Diz
a si mesma «Não faz mal. Com o tempo, ele(a) vai acabar por ceder».<o:p></o:p></span></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando aquilo que cada um diz que
quer é fruto da tal autoauscultação cuidada, o mais provável é que, a prazo,
este se transforme num problema sério. Mais cedo ou mais tarde, as necessidades
de ambos vão colidir e alguém – provavelmente os dois – vai sentir-se
injustiçado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Numa segunda fase, que pode
variar muito de pessoa para pessoa, é importante que você se questione: <b>«Como
é que me sinto em relação a casar COM ESTA PESSOA?»</b> e, claro, que queira
saber como é que o(a) seu(sua) companheiro(a) se sente em relação a esse passo.
Mais importante do que determinar a data em que esta conversa deve acontecer, é
imprescindível que você olhe para o estado da sua relação:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Quão comprometidos estão com
as respetivas famílias de origem? </b>Como é a sua relação com a família do(a)
seu(sua) companheiro(a)? Dão-se bem? Têm uma relação próxima? Há
desentendimentos sérios? Lembre-se de que quando nos casamos com uma pessoa,
assumimos a responsabilidade de criar laços com as pessoas que são importantes
para ela. Isso inclui fazer cedências, abdicar de tempo para estar com essas
pessoas e estar presente em momentos especiais.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWYtIqBikZZr1zT-A3v6RaJ-fvrU94t8cezjFzdEilyKsecFQmKGWInhKDhGYUrkP3vCNp2G66Zq8D7tuPaNBSRG3s6SkR1mTfxp_Om3eI4FxL9PkNjp_83AJ5BhTPIxiPCHPgVA/s500/Qual+%25C3%25A9+o+momento+certo+para+casar+3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><img alt="Em princípio, você vai passar muitos anos ao lado do(a) seu(sua) companheiro(a) e é muito importante que reflita sobre a sua vontade/ capacidade de se conectar com as pessoas que são importantes para ele(a) e de participar nos rituais familiares, como os aniversários, férias ou Natal." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWYtIqBikZZr1zT-A3v6RaJ-fvrU94t8cezjFzdEilyKsecFQmKGWInhKDhGYUrkP3vCNp2G66Zq8D7tuPaNBSRG3s6SkR1mTfxp_Om3eI4FxL9PkNjp_83AJ5BhTPIxiPCHPgVA/s16000/Qual+%25C3%25A9+o+momento+certo+para+casar+3.png" /></span></a></div><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Sentem-se emocionalmente ligados?</b>
A conexão emocional determinará a qualidade e a durabilidade da sua relação.
Como é que você sabe se há conexão emocional? Preste atenção à vossa
comunicação. Conhece a bagagem emocional do(a) seu(sua) companheiro(a)? Conhece
as suas feridas emocionais? Os seus sonhos e ambições? Sabe o que mexe com
ele(a)? O que o(a) faz feliz? Como é que ele(a) reage aos seus desabafos?
Mostra-se feliz pelas suas conquistas e realizações? Preocupa-se quando você se
sente triste, preocupado(a) ou inseguro(a)? <b>Há poucas coisas que nos unam
mais a uma pessoa do que a certeza de que ela se importa genuinamente com os
nossos sentimentos.</b> Você sentir-se-á mais seguro(a) se viver com a profunda
convicção de que a pessoa que está ao seu lado é alguém que se importa e que
o(a) valoriza. Lembre-se de que é fundamental que se interrogue: «Quão
valorizado(a) se sente o(a) meu(minha) companheiro(a)?». Ele(a) sentir-se-á
mais entusiasmado(a) em relação à ideia de casar consigo na medida em que se
sinta considerado(a), valorizado(a).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Como está a confiança mútua?</b>
Uma relação de compromisso é tão mais feliz, segura e duradoura na medida em
que haja confiança. Antes de falar sobre casamento, é importante que faça uma
auscultação à confiança mútua. <b>Se tem dúvidas em relação à lealdade do(a) seu(sua)
companheiro(a), é melhor resolver essas questões antes de falarem em casamento.</b>
Esta é também a altura de trazer para cima da mesa todos os assuntos sensíveis
do seu passado. Partilhar com a pessoa de quem gosta os seus erros ou os
assuntos mais difíceis, ajudá-lo(a)-á a sentir-se seguro(a). Pelo contrário, a
ocultação de acontecimentos importantes, como uma traição, uma dívida ou um
problema por resolver implicará que ele(a) se sinta atraiçoado(a) e que, mais
cedo ou mais tarde, a desconfiança se transforme em desconexão e ressentimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<h3 style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: x-large;">Como ter a conversa sobre
casamento?</span></b></h3><div><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Arrisque.</b> Não há volta a
dar. Se o casamento é um passo importante para si e se reconhece a vontade de
dar esse passo, mais cedo ou mais tarde você terá de se encher de coragem e
arriscar iniciar a conversa. Se ama a pessoa que está ao seu lado e a ideia do
casamento começa a fazer sentido para si, é melhor falar abertamente sobre os
seus sentimentos. <b>Não brinque com o assunto, não minimize a sua importância.</b>
Também não é preciso fazer ultimatos ou passar a ideia de que quer casar “amanhã”.
Mas seja claro(a) e honesto em relação à importância do assunto e aos prazos.
Se a ideia de casar daqui a cinco anos lhe parece longínqua e excessiva,
assuma-o com total transparência. A última coisa de que precisa é de trazer o
assunto de forma vaga e alimentar mágoa e ressentimento porque a pessoa que ama
não valorizou o seu apelo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Explique que NÃO está a fazer um
pedido de casamento. Está a convidar o(a) seu(sua) companheiro(a) a conhecer os
seus sentimentos e a partilhar os dele(a).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Conversem sobre os vossos
valores.</b> Nem todas as pessoas têm a consciência dos valores que norteiam a
sua vida, mas esses valores variam muito de pessoa para pessoa. Por exemplo,
algumas pessoas são ultra organizadas e responsáveis. Outras, privilegiam a
liberdade. Algumas dão muita importância aos laços com a família de origem
enquanto outras se sentem confortáveis com meia dúzia de reuniões familiares por
ano. Algumas pessoas cultivam a sua espiritualidade, enquanto outras nem sabem
o que isso é. Algumas são poupadas, outras são gastadoras. Algumas são
empreendedoras e gostam de arriscar, enquanto outras privilegiam a segurança e
a previsibilidade. Algumas sabem que só serão inteiramente felizes se tiverem
filhos, enquanto outras sabem que não quer ter. Algumas colocam a vida familiar
acima de todas as prioridades, outras valorizam sobretudo a progressão na
carreira.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Conversem sobre o que cada um
valoriza numa relação.</b> Pode parecer estranho, mas algumas pessoas estão
juntas há anos e mal se conhecem. Pouco ou nada sabem sobre aquilo que o outro
valoriza na relação ou sobre aquilo que cada um pensa sobre o que é preciso
para fazer com que uma relação dê certo. Nem todas as pessoas se interessam
sobre Psicologia ou sobre a ciência dos relacionamentos, mas há inúmeros livros
e artigos disponíveis na Internet que os podem ajudar a conversar sobre estes “ingredientes”.
Estas conversas ajudá-los-ão a refletir sobre a capacidade de cada um para
assumir um compromisso tão sério (e tão gratificante) como o casamento).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"></span></p><blockquote style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quanto mais claro(a) e honesto(a)
conseguir ser em relação às suas necessidades e expectativas, mais fácil será
para o(a) seu(sua) companheiro(a) avaliar se é capaz de se comprometer consigo.
Por outro lado, é essencial que você queira GENUINAMENTE conhecer a pessoa que
está ao seu lado e perceber se é capaz de fazer as cedências que permitam ter
uma relação de compromisso em que ele(a) se sinta feliz. NÃO chega sonhar
acordado(a) com um casamento feliz em que o(a) seu(sua) companheiro(a) é um
mero personagem sem vontade própria. Tem a certeza de que ama o(a) seu(sua)
companheiro(a) exatamente como ele(a) é e não apenas a imagem idealizada que
construiu? Então, é altura de partilhar a sua vontade de avançar para este
passo.</span></blockquote><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-17051822010014099912021-01-07T15:49:00.004+00:002021-01-19T14:37:44.474+00:00O PROBLEMA NÃO SOU EU, ÉS TU<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2waPC3NP1C0sjsb9D-86b70xXsWEYJEW5TdNc0z3k5efDBe8Yc0nT1Z-klhRUqkAd_YpO1-RUIb_AFyfw4egbZKhNQW8XjcTXT-Lncq_U4ZH3g5O1Efg4LXYLJ4-bFe8vdXcLrg/s615/Capa+-+O+problema+n%25C3%25A3o+sou+eu+%25C3%25A9s+tu.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="400" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2waPC3NP1C0sjsb9D-86b70xXsWEYJEW5TdNc0z3k5efDBe8Yc0nT1Z-klhRUqkAd_YpO1-RUIb_AFyfw4egbZKhNQW8XjcTXT-Lncq_U4ZH3g5O1Efg4LXYLJ4-bFe8vdXcLrg/w260-h400/Capa+-+O+problema+n%25C3%25A3o+sou+eu+%25C3%25A9s+tu.jpg" width="260" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;">O que é a violência emocional?
O que é que é abuso? O que é que não é abuso? Será que ele(a) muda? O que é que
é preciso para que ele(a) mude? O que fazer quando há abusos? Como responder em
circunstâncias específicas? Que escolhas devo fazer para ser tão feliz como
mereço? O livro “O Problema não sou eu, és tu” pretende responder a estas e
outras questões.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Quando, há uns anos, publiquei no
blogue “A Psicóloga” um artigo sobre violência emocional, estava longe de
imaginar que viria a receber tantos pedidos de ajuda de pessoas
(maioritariamente mulheres) que se reviam naquela caracterização. Na maior
parte das vezes, estes pedidos de ajuda estavam associados a sentimentos
contraditórios. Por um lado, a tristeza, a ansiedade, os sentimentos de culpa e
de vergonha associados à exposição aos abusos e, por outro, o alívio por haver
um nome para aquela realidade e a esperança de que o pedido de ajuda pudesse
ser o início de uma mudança para melhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), durante o período de confinamento associado à pandemia
provocada pela COVID-19, o número de casos de violência doméstica na Europa
aumentou 60%. Em Portugal, no mesmo período o número de pedidos de ajuda por
via telefónica e digital teve um aumento de 180% face ao primeiro trimestre.
Não houve um aumento significativo de situações novas, mas houve uma agudização
de situações de violência que já existiam. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">No entanto, estas queixas
reportam, na esmagadora maioria das vezes, situações de violência física, em
que as marcas são visíveis e «fáceis» de registar. Os números de violência
psicológica são muito mais difíceis de apurar, desde logo porque a vítima
sente-se invariavelmente encurralada pela inexistência de provas que confirmem
o seu testemunho. Se a isso juntarmos o efeito destruidor que os abusos têm na
autoestima, a par do isolamento social e do medo de ninguém acreditar em si, é
fácil perceber porque há tantos casos que não chegam ao nosso conhecimento.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Uma das coisas que aprendi com as
vítimas de violência emocional foi que quanto mais informados estivermos a
propósito do que são comportamentos abusivos, não só do ponto de vista físico,
mais óbvios, mas também em termos emocionais, maior é a probabilidade de sermos
os primeiros a impedir que alguém – de forma voluntária ou involuntária – nos
maltrate. <b>Neste livro, falo sobre as múltiplas formas que a violência emocional
pode assumir e explico que nenhuma relação abusiva contém todas essas formas.</b><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></p>
<center>
<span style="font-size: large;"><iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/MNopgjWT7T8" width="560"></iframe>
</span></center>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Joana perdoou uma traição, mas
continuava a ter dúvidas sobre o real compromisso do namorado com a relação.
Como resposta, ouvia que estava a «estragar o ambiente». Nélson escreveu um
livro e, apesar do aval de uma editora, foi arrasado pela namorada: «Ainda vais
ter de os reembolsar pelo investimento». Jorge manipulava Sílvia constantemente
com a frase «Se tu gostasses mesmo de mim…». Cristina ouvia do marido que não
servia «sequer para ter sexo». Cláudio repetia a Elsa: «Não tens sentido de
humor».<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Às vezes, a violência emocional
assume a forma de chantagem emocional. Outras vezes, assume a forma de
explosões e de humilhações. Mas também pode assumir a forma de amuos para impor
a própria vontade, pode envolver os filhos como arma de arremesso, pode
envolver tentativas de controlo através do dinheiro, pode apresentar-se de
forma tão ténue que é a vítima que acaba por sentir-se sistematicamente culpada
pelos problemas da relação. Há muitas formas de maltratar a pessoa que está ao
nosso lado, e os efeitos são sempre devastadores.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">As pessoas não são monstros. Ao
longo deste livro, descrevo muitas relações marcadas por abusos. No entanto,
aquilo que importa, do meu ponto de vista, não é diabolizar ninguém, mas
mostrar, de forma absolutamente inequívoca, quão destrutivos podem ser alguns
comportamentos – independentemente de serem praticados de forma consciente ou
não. Até porque podemos ser nós os autores da violência emocional, por mais
difícil que nos seja reconhecê-lo. Não se precipite a colocar a mão no peito e
a dizer «Eu? Jamais!». Talvez se surpreenda. Há muitas expressões que nos
habituámos a ouvir e a reproduzir sem que alguma vez tivéssemos parado para as
analisar. Quantas vezes disse, mesmo que a «brincar», que o seu companheiro ou
companheira não o(a) merecia? Ou, perante uma piada mal aceite por parte do
outro, respondeu com um «Não tens sentido de humor»? E o «tratamento do
silêncio»? Alguma vez recorreu a ele para provocar alguma reação? Em
determinados contextos, todos estes são exemplos de abusos emocionais.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Ao longo deste livro, procuro
esclarecer alguns dos mitos associados à violência emocional, procuro mostrar
que esta forma de violência também pode estar presente na relação com os nossos
pais, com o chefe ou até com amigos. Se tem sido vítima de violência emocional,
é possível que muitas vezes se questione sobre a sua saúde mental, é possível
que às vezes se sinta a enlouquecer. Não, você não está maluco(a) e este livro
pode ajudá-lo(a) a recuperar a autoestima que se deteriorou ao longo da relação
abusiva.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">Na segunda parte do livro,
partilho um conjunto de ferramentas que o(a) ajudarão a avaliar se a pessoa que
pratica os abusos está ou não capaz de se comprometer com a mudança e refiro-me
a várias formas de recuperar de uma relação abusiva. Sair ou ficar na relação? No
final desta leitura, espero que se sinta mais capaz de tomar uma decisão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><b>Este livro não é um incentivo ao
fim das relações. É, ou pode ser, o início da construção de uma vida
genuinamente feliz e equilibrada.</b> A informação que escolhi partilhar tem a intenção
de o(a) ajudar a dar os passos de que necessita para que da sua vida faça parte
uma relação maravilhosamente imperfeita onde a sua voz e os seus sonhos sejam
acolhidos e incentivados. Felizmente, tenho assistido a muitas histórias
bonitas que me mostram que a vida pode dar muitas voltas e que, quando cuidamos
de nós com o amor e a dedicação que oferecemos aos outros, é mais provável que
vivamos rodeados de quem nos quer bem.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/NGnDdpcnlQM" width="560"></iframe>
</center>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-19564352325466396012020-09-21T15:22:00.001+01:002020-09-21T15:22:39.797+01:00O QUE NÃO PODE FALTAR NUM RELACIONAMENTO?<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAzcQ8WoFOpVb8lEgO5EpBmyANXCiUwKzDArZqrTkqBzUkbdHMQBBxGJE04D7mpsj4vB259S58y7H1OU6FUUml0mAArgni35AzkX-2CRyTHdGeZk6dCgr5BhYHVKJF74dPS4rkCw/s800/O+que+n%25C3%25A3o+pode+faltar+num+relacionamento+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="O que não pode faltar num relacionamento?" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAzcQ8WoFOpVb8lEgO5EpBmyANXCiUwKzDArZqrTkqBzUkbdHMQBBxGJE04D7mpsj4vB259S58y7H1OU6FUUml0mAArgni35AzkX-2CRyTHdGeZk6dCgr5BhYHVKJF74dPS4rkCw/s16000/O+que+n%25C3%25A3o+pode+faltar+num+relacionamento+1.png" /></a></div><br /><p></p><h4 style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quase todas as semanas ouvimos
ou lemos conselhos e sugestões a propósito da construção de um relacionamento
feliz. A existência de tantas publicações sobre o assunto mostra bem a
importância que as relações amorosas têm na nossa vida, no nosso bem-estar. Mas
o que é que a ciência nos diz? Quais são, de facto, os “ingredientes” para que
uma relação dê certo?</span></b></h4>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Se tentarmos seguir à risca todas
as recomendações que são partilhadas por especialistas da área, pelos nossos
familiares e amigos mais experientes e pela literatura existente, o mais
provável é que nos sintamos baralhados. Olhamos para um lado e há alguém a quem
reconhecemos experiência e credibilidade que nos diz que é importante que
sejamos absolutamente honestos com o(a) nosso(a) companheiro(a) porque só assim
teremos uma relação íntima e segura; olhamos para o outro e há alguém que detém
o título de especialista em terapia de casal e terapia sexual que nos aconselha
a manter o mistério e a individualidade em nome da vivacidade da relação. Em
que ficamos? Entregamo-nos por completo e partilhamos todas as nossas
vulnerabilidades ou guardamos algumas coisas para nós? Falamos abertamente sobre
tudo o que sentimos ou isso pode comprometer o erotismo e o desejo? Investimos
numa relação de maneira a que a base de tudo seja uma profunda amizade ou
rejeitamos qualquer hipótese de olhar para a pessoa por quem apaixonamos como o(a)
nosso(a) melhor amigo?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quais são as bases de uma
relação amorosa?</span></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>A maior parte das pessoas que
conheço desconhece que há psicólogos que se dedicam exclusivamente a estudar o
amor e as relações amorosas. </b>Uma coisa é sabermos que há profissionais de
saúde que estão habituados a ajudar casais em crise; outra, bem diferente, é
sabermos que há décadas de estudos científicos que fundamentam a forma como
essa ajuda é dada. Um dos maiores estudiosos desta área é o Professor John
Gottman, que acompanhou milhares de casais ao longo de várias décadas,
monitorizando os seus comportamentos, as respostas fisiológicas em momentos de
tensão e cruzando estes dados com a satisfação demonstrada pelos membros do
casal. Depois de mais de quarenta anos de estudo, a sua equipa foi capaz de prever,
com um grau de precisão de mais de 90 por cento, se um casal se divorciaria ou
não nos anos seguintes – apenas a partir da forma como discutia.
Impressionante, não é? Parece futurologia, mas é pura ciência.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv5ihw7r1yLUXPxOoJY2lS0T2LAiKFuX_2QnSfxuF5S-o_TLMWhpJtCVOr3X_nUkvtsHh-3_PNzG0mp4umVG0OMPsFTpe9frcoGV3IHQZJIGf4IW9tMbCU6qugp2Ro3XDJ42BKSA/s500/O+que+n%25C3%25A3o+pode+faltar+num+relacionamento+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: large;"><img alt="Uma das conclusões de todos estes anos de investigação diz-nos que os casais mais felizes e com maior probabilidade de continuarem juntos partilham um denominador comum: uma profunda amizade." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv5ihw7r1yLUXPxOoJY2lS0T2LAiKFuX_2QnSfxuF5S-o_TLMWhpJtCVOr3X_nUkvtsHh-3_PNzG0mp4umVG0OMPsFTpe9frcoGV3IHQZJIGf4IW9tMbCU6qugp2Ro3XDJ42BKSA/s16000/O+que+n%25C3%25A3o+pode+faltar+num+relacionamento+2.png" /></span></a></div><span style="font-size: large;"><br /></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Mas o que é que isto quer dizer?<o:p></o:p></b></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Isso significa, sobretudo, que as
pessoas mais felizes no casamento estão ativa e constantemente sintonizadas com
os sentimentos do(a) companheiro(a), isto é, elas prestam a devida atenção
quando a pessoa de quem gostam faz um apelo e procuram responder às suas
necessidades. Não o fazem apenas em relação às grandes matérias. Fazem-no
regularmente em relação às pequenas coisas. Eis um exemplo simples:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">De manhã, a mulher partilha com o
marido:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">«Hoje acordei ansiosa. Tive um
sonho meio estranho…»<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O marido, apressado para o
trabalho, responde:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">«Que chatice… Estou atrasado para
o trabalho e tenho reunião com o meu chefe, mas ligo-te à hora de almoço para
falarmos um bocadinho sobre isso», despedindo-se da mulher com um beijo e uma
festinha no queixo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Depois da reunião, liga e
pergunta:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">«Já te sentes melhor? Qual foi o
tal sonho que te deixou nervosa?».<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Este é um exemplo daquilo a que
eu chamo de responder com atenção e afeto aos apelos da pessoa que amamos,
ainda que o apoio não tenha surgido imediatamente. Se o marido tivesse
simplesmente respondido «Agora não tenho tempo. Estou atrasado», a mulher
poderia sentir-se ignorada, desamparada. Pelo contrário, quando o marido opta
por valorizar o apelo da mulher, oferecendo o seu interesse e a sua atenção,
fá-la sentir que é importante para ele. Essa é a base de uma relação segura:
precisamos de sentir, de forma muito consistente, que a pessoa que está ao
nosso lado se importa com os nossos sentimentos, presta atenção. Nalguns casos,
isso vai implicar que coloque perguntas que demonstrem interesse genuíno.
Noutras situações, implicará que mostre a sua empatia, o seu apoio, que nos dê
colo em vez de nos julgar. E noutros momentos implicará que vibre connosco a
propósito de um sonho ou de uma vitória qualquer.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Os casais felizes também
discutem?</span></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Uma das questões que mais
frequentemente são exploradas pela imprensa a propósito das regras para um bom
relacionamento é a comunicação. De uma maneira geral, encontramos muitas
sugestões bem-intencionadas e com algum fundamento, mas raramente nos deparamos
com informação rigorosa sobre as discussões conjugais. O que é que a ciência
nos diz? É saudável discutir? Devemos dizer tudo o que pensamos/ sentimos? O
que é que não devemos mesmo fazer?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsgajftBMIXXj92ShpUKS6zHpMqyyAscaL6MRKTaoejn4UWWv5Ie1IMEW-oQPYcbLdcYobxksbYuqcGFA-lrHQDRQWVCujQHiqp5is56p8_wX3Z9xWKIoXGkT4AQjktHJaXaYM9w/s500/O+que+n%25C3%25A3o+pode+faltar+num+relacionamento+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: large;"><img alt="Sim, os casais felizes também discutem – e ainda bem porque isso faz parte de uma relação íntima." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsgajftBMIXXj92ShpUKS6zHpMqyyAscaL6MRKTaoejn4UWWv5Ie1IMEW-oQPYcbLdcYobxksbYuqcGFA-lrHQDRQWVCujQHiqp5is56p8_wX3Z9xWKIoXGkT4AQjktHJaXaYM9w/s16000/O+que+n%25C3%25A3o+pode+faltar+num+relacionamento+3.png" /></span></a></div><span style="font-size: large;"><br /></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Aquilo que a ciência nos mostra é
que há hábitos que protegem as relações amorosas e há escolhas que são
autênticos venenos.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando falamos de discussões, é
possível identificar os 4 cavaleiros do apocalipse, isto é, os 4 hábitos mais
arriscados para qualquer relação:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">HIPERCRÍTICA. Há uma diferença
muito significativa entre dizer «Não te esqueças de baixar a tampa da sanita» e
dizer «Vê lá se consegues portar-te como uma pessoa normal e baixar a porcaria
da tampa da sanita». No segundo exemplo, o apelo é feito com hipercrítica,
atacando a personalidade do companheiro. Eu compreendo que às vezes nos
sintamos cansados de repetir os pedidos, que possamos sentir que a pessoa que
está ao nosso lado tem desvalorizado as chamadas de atenção feitas de forma
doce ou serena e que interiorizemos que as coisas só se resolvam assim. O
problema é que qualquer generalização, qualquer ataque vai produzir o efeito
contrário àquele que desejamos. <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">POSTURA DEFENSIVA. Se o marido
disser «Disseste que ias buscar a roupa à lavandaria e esqueceste-te de o
fazer», a mulher pode responder «Tens razão. Queres que vá lá agora?» em vez de
se defender com algo do género «E então? Tu também te esqueces imensas vezes de
fazer aquilo que eu te peço!». Quando alguém nos chama a atenção para algo que
fizemos (ou que não fizemos), é normal que nos sintamos colocados em causa e é
tentador defendermo-nos. Mas nem sempre está em causa uma crítica à nossa
personalidade. Nem todas as chamadas de atenção são um ataque de que tenhamos
de nos defender.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: large;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando conseguimos olhar para a
pessoa de quem gostamos como alguém que também tem o direito de nos criticar e,
sobretudo, quando assumimos uma postura de curiosidade, querendo genuinamente
perceber o que é que está por detrás do apelo, do que é que a outra pessoa precisa,
é mais fácil dizer «Tens razão» ou colocar perguntas que nos aproximem. A
postura defensiva potencia o aumento da escalada de agressividade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">AMUOS/ TRATAMENTO DO SILÊNCIO. Há
muitas pessoas que se queixam de falar «para o boneco». Porque, enquanto falam,
o companheiro sai de cena. Ou sai literalmente, deixando-as a falar sozinhas,
ou fica a ouvir em silêncio, olhando para o telemóvel ou para outra coisa
qualquer. A atenção não está lá e a pessoa que está a falar sente-se ignorada.
Quando um dos membros do casal ignora o outro, a segurança e o amparo deixam de
estar associados àquela relação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">DESPREZO. Já reparou que basta um
gesto para reduzir a pessoa que está ao nosso lado a praticamente nada? A maior
parte das pessoas não têm essa consciência, mas há um comportamento que é
porventura o sinal mais claro de alarme numa relação: revirar os olhos. Porquê?
Porque traduz desprezo pela pessoa que está ao nosso lado, por aquilo que ela
está a dizer. Há outras formas - às vezes mais difíceis de identificar - de
mostrar desprezo pelo companheiro. Sempre que o fazemos, a pessoa que está ao
nosso lado sentir-se-á profundamente rejeitada e, a prazo, isso pode ter
consequências fatais para a relação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Todas as pessoas já tiveram
alguns destes comportamentos. E mesmo nas relações felizes é possível que eles
ocorram. Aquilo que é desejável é que tenhamos maior consciência dos perigos
que estão associados a cada um destes venenos e que assumamos a intenção de não
os repetir. Cada um de nós tem o direito de errar, mas é mais provável que
façamos as escolhas que protejam a nossa relação e que, depois de errarmos,
mais rapidamente façamos alguma coisa para emendar na medida em que haja
conhecimento e vontade de fazer o melhor.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que diferencia uma relação
amorosa de outras relações afetivas?</span></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando olhamos para um casal que
esteja junto há pouco tempo, o que é que observamos? Provavelmente, já todos
reparámos no mesmo: não se largam! Para além de estarem permanentemente a falar
da pessoa de quem gostam, quando estão juntos tocam-se constantemente, mesmo
que esses gestos não tenham nada de sexual. Esse é o efeito da paixão: o nosso
cérebro muda, pelo menos durante algum tempo, forçando-nos a pensar na pessoa
de quem gostamos e desviando muitas vezes a atenção de outros assuntos
importantes. Esta “fixação” temporária faz com que façamos muitas escolhas para
agradar à pessoa que amamos e que vão desde passar por uma pastelaria e trazer
o seu bolo preferido ou desmarcar uma reunião “só” para a acompanhar na
realização de um exame até andarmos de mão dada, tocarmo-nos várias vezes por
dia ou mostrarmos o nosso desejo das mais diversas formas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">À medida que o tempo passa e que
a ativação fisiológica provocada pela paixão dá tréguas (deixando que tenhamos
cabeça para trabalhar e para cumprir com outras responsabilidades😊),
vamos criando rotinas que contribuem para a nossa segurança e que nos ajudam a
projetar um futuro a dois. <b>Mas já todos ouvimos falar do lado mais negativo
das rotinas.</b> Quando olhamos para alguns casais que conhecemos, damo-nos
conta de que houve um esmorecimento e às vezes é difícil perceber o que
aconteceu. Há pessoas que se dão bem, que percebemos que funcionam otimamente
enquanto equipa – na educação dos filhos, da gestão do dinheiro ou no
equilíbrio entre as responsabilidades familiares e os períodos de lazer -, mas
que perderam a vivacidade que gostamos de associar às relações amorosas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLsBMoOxn2aoKluo17vkVqwuwORlqeQI08sfiaONou_uqs_qy6diju_SpElpiM9PkyCUq0it5GWzn6tvJ-LwDMGebdx7h33l38GmR6r4ZBbAKFl8UGWRrO21PjqmSlBFpCwwexbQ/s500/O+que+n%25C3%25A3o+pode+faltar+num+relacionamento+4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: large;"><img alt="Numa relação duradoura, para que ambos continuem a sentir-se felizes não basta que haja segurança, confiança mútua ou que a comunicação flua. Na verdade, há necessidades que cada um de nós tem e que às vezes parecem o oposto de tudo isto." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLsBMoOxn2aoKluo17vkVqwuwORlqeQI08sfiaONou_uqs_qy6diju_SpElpiM9PkyCUq0it5GWzn6tvJ-LwDMGebdx7h33l38GmR6r4ZBbAKFl8UGWRrO21PjqmSlBFpCwwexbQ/s16000/O+que+n%25C3%25A3o+pode+faltar+num+relacionamento+4.png" /></span></a></div><span style="font-size: large;"><br /></span><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando converso com pessoas que
viveram uma relação extraconjugal, ouço-as dizer muitas vezes «Senti-me
vivo(a)». Muitas vezes, estas pessoas não estavam à procura de nada e até foram
apanhadas desprevenidas pelo seu próprio comportamento. Sentiam-se estáveis nas
suas relações, embora provavelmente não estivessem a prestar a decida atenção à
necessidade de continuarem a sentir-se estimuladas pela novidade, pelo mistério
e pela imprevisibilidade.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando olhamos para o início de
uma relação, é fácil perceber que o nosso desejo é diretamente proporcional ao
facto de aquela pessoa não ser “nossa”. Nada está garantido, tudo está por
explorar.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">À medida que celebramos anos de
relacionamento, é importante que invistamos tanto na consolidação de hábitos
que nos ajudem a construir uma relação baseada na revelação mútua, na
capacidade de nos vulnerabilizarmos e na confiança, como na promoção da nossa
individualidade e daquilo que nos ajude a trazer “novidades” para a relação.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: inherit;">A inteligência erótica implica
que reconheçam</span><span style="font-family: inherit;">os a importância do desejo numa relação. Não me refiro ao número
de relações sexuais que um casal tem por semana, mas à importância de cada um
continuar a olhar para o outro como alguém que não é verdadeiramente seu, que é
capaz de continuar a dar voz aos próprios interesses e alimentar outras
relações afetivas.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>O sexo é o elemento que
diferencia as relações amorosas das outras relações afetivas, mas, na prática,
vai muito além do ato sexual.</b> Tem a ver com criatividade, mistério,
imaginação. Com a vontade de promover uma distância de segurança que permita
que reconheçamos que, tal como no início, temos ao nosso lado alguém que é
interessante e que não está garantido. Mas também tem a ver com as escolhas que
cada um de nós pode fazer para ligar ou desligar o próprio desejo. Tem a ver
com a nossa capacidade individual de perceber que quando fazemos as escolhas
que nos dão poder e prazer fora da relação, é mais provável que nos sintamos
vivos e excitados dentro da relação, ainda que seja mais fácil atribuir a
diminuição do nosso desejo àquilo que a pessoa que está ao nosso lado (não)
faz.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Às vezes pode parecer que as
relações são muito complicadas ou que a felicidade a dois é um bem que só toca
a meia dúzia de privilegiados, mas a verdade é que qualquer um de nós pode ser
feliz no amor. Na prática, essa felicidade dá mais trabalho do que possa
parecer e envolve a nossa capacidade de nos mantermos atentos e curiosos – em
relação a nós e à pessoa que está ao nosso lado.</span><o:p></o:p></p>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-90200017992784426232020-07-09T17:00:00.000+01:002020-07-09T17:00:22.500+01:00FAMÍLIAS DISFUNCIONAIS<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9SxEfPcTFwixKRjXbI01MuQpKhOt7p6jD9Q7DaxoF3KMEoT1rnkz72z-tYFaam8CFv_YhMawNkEyzVc1ePOtQSNdW77VDOOGCtL7V2ang5vjSPGQwTeeVdrhMZHGNBThiu5bXgA/s800/Fam%25C3%25ADlias+disfuncionais+1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Família disfuncional" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9SxEfPcTFwixKRjXbI01MuQpKhOt7p6jD9Q7DaxoF3KMEoT1rnkz72z-tYFaam8CFv_YhMawNkEyzVc1ePOtQSNdW77VDOOGCtL7V2ang5vjSPGQwTeeVdrhMZHGNBThiu5bXgA/d/Fam%25C3%25ADlias+disfuncionais+1.png" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><b><font size="4"><br /></font></b><p></p><h1 style="text-align: justify;"><b><font size="4">Quais são as características
de uma família disfuncional? E quais são as respostas que devemos procurar
quando damos conta de que crescemos numa família disfuncional?</font></b></h1>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Ouço muitas vezes no meu trabalho
com adultos a frase “Cresci numa família disfuncional”. Na maior parte das
vezes, a expressão refere-se aos problemas familiares que deixaram marcas
profundas, mas nem sempre se trata de famílias com as características de uma
família disfuncional.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font size="5">Quais são as características
de uma família disfuncional?</font></b></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><b><br /></b></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><b>#1: ABUSOS<o:p></o:p></b></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Nem todas as famílias
disfuncionais são caracterizadas pela existência de abusos físicos ou sexuais,
mas este é um sinal indiscutível de disfuncionalidade. Para além de todas as
consequências que se prolongam pela vida fora, aquilo que observamos nestas
famílias é a “normalização” dos abusos.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Já todos ouvimos frases como <b>«Eu
apanhei do meu pai/ da minha mãe e estou aqui»</b>, como se a sobrevivência
fosse sinal de saúde mental.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiih-dGCqdS7HxUjFREbEpyzzXl3kGek1GdxnfLEurDhQKb1INVZ4ct94DEEHv0S-Whazsphitktf0Yb3tkVeHxPmo9yA5DhIqNzp_qdpcbS8tSo4adIrdg8IuvKwGhwg5lXuoLkQ/s500/Fam%25C3%25ADlias+disfuncionais+2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="As crianças que crescem habituadas à violência física tomam esse exemplo como “normal”." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiih-dGCqdS7HxUjFREbEpyzzXl3kGek1GdxnfLEurDhQKb1INVZ4ct94DEEHv0S-Whazsphitktf0Yb3tkVeHxPmo9yA5DhIqNzp_qdpcbS8tSo4adIrdg8IuvKwGhwg5lXuoLkQ/d/Fam%25C3%25ADlias+disfuncionais+2.png" /></a></div><span style="font-size: large;"><br /></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;">As pessoas que dão afeto e
atenção são as mesmas que agridem, às vezes de forma brutal.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Em muitos destes casos, é só na
idade adulta que a pessoa se dá conta de que foi alvo de comportamentos
abusivos – às vezes essa perceção no contexto de uma relação amorosa, noutros
casos surge em terapia.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><b>#2: VIOLÊNCIA EMOCIONAL<o:p></o:p></b></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">A violência emocional pode
assumir muitas formas. É por isso que às vezes pode ser difícil reconhecer um
comportamento como uma forma de abuso emocional. Ser-se emocionalmente violento
não é apenas gritar e insultar. De resto, a maior parte dos exemplos de
violência emocional a que acedo no meu trabalho com famílias não incluem
quaisquer insultos.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">São exemplos de violência
emocional (e da disfuncionalidade de uma família):<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Ignorar as necessidades (físicas
ou emocionais dos filhos);<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Retirar o afeto à criança quando
não vai ao encontro da vontade do adulto;<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Hipercrítica (humilhações);<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Fazer ameaças;<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><b>#3: AMOR CONDICIONAL<o:p></o:p></b></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Hoje em dia estamos muito
familiarizados com o conceito de amor incondicional. A maior parte dos pais e
mães que tenho conhecido dão o seu melhor para que os filhos saibam que são
merecedores de amor independentemente das suas opções. Mas há muitos adultos
que cresceram num ambiente familiar tão exigente que a sensação era a de que
estavam sistematicamente “aquém” das expectativas. <o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Nas famílias disfuncionais é
frequente os adultos mostrarem desilusão a propósito das escolhas dos filhos –
não porque eles tenham cometido erros, mas porque contrariaram a vontade dos
pais.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><b>Quando os filhos não fazem
aquilo que os pais gostariam que eles fizessem, o amor é “retirado”.</b> Na
prática, continua a haver comunicação, mas é mais “seca” e desprovida de afeto.
<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Estas crianças transformam-se
frequentemente em “people pleasers”, isto é, em adultos preocupados em agradar
a toda a gente, negligenciando os próprios sentimentos e as próprias
necessidades.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><b>#4: INEXISTÊNCIA DE FRONTEIRAS<o:p></o:p></b></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Nas famílias disfuncionais a
invasão da privacidade dos filhos é uma constante. O espaço físico (quarto) é
invadido, mesmo quando os filhos já são adolescentes ou adultos e a
correspondência é frequentemente violada. Mais do que isso: os pais podem sentir-se
no direito de tomar decisões em nome dos filhos, mesmo quando estes já têm
autonomia para tomar as próprias decisões.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">A inexistência de fronteiras
também faz com que os pais partilhem demasiadas informações com os filhos,
transformando-os em confidentes desde muito cedo. Aquilo que acontece é que os
filhos são confrontados com assuntos que só deveriam dizer respeito aos pais e
sentem-se muitas vezes obrigados a proteger os progenitores (ou um deles), a
tomar decisões e a fazer o que estiver ao seu alcance para ajudar a resolver os
problemas.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6Aj5GotJqgHSREsSGsaXAAzBuV3g4XxRW0HRWczPiq2M3Ok3oOo5IHEXPm6Xfk2nCguFD6fCCQbxroC46KdfOabzsgi4yUVMGO860USagkNnPqz2rgSFr50c-uJ6qVb70jnWBeg/s500/Fam%25C3%25ADlias+disfuncionais+3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Em Psicologia há um nome para estas crianças: são crianças parentificadas, que assumem desde cedo responsabilidades que deveriam recair sobre os ombros dos adultos." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6Aj5GotJqgHSREsSGsaXAAzBuV3g4XxRW0HRWczPiq2M3Ok3oOo5IHEXPm6Xfk2nCguFD6fCCQbxroC46KdfOabzsgi4yUVMGO860USagkNnPqz2rgSFr50c-uJ6qVb70jnWBeg/d/Fam%25C3%25ADlias+disfuncionais+3.png" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><b># 5: INEXISTÊNCIA DE COESÃO E
INTIMIDADE<o:p></o:p></b></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Por estranho que pareça, nas
famílias disfuncionais não há muita intimidade. Há normalmente um grande
emaranhamento, resultante da inexistência de fronteiras. <b>Toda a gente se
mete na vida de toda a gente, o que pode ser confundido com coesão familiar.</b>
Claro que também pode haver genuína preocupação, mas, de uma maneira geral, os
membros da família sentem-se pouco confortáveis com a ideia de partilharem os
seus sentimentos mais íntimos uns com os outros. Na prática, não há a devida valorização
dos sentimentos ou das necessidades de cada um, não há o devido respeito e, em
função disso, torna-se mais difícil falar abertamente e criar verdadeira intimidade.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><b>#6: TRIANGULAÇÃO<o:p></o:p></b></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Nas famílias saudáveis os
assuntos são resolvidos de-um-para-um. Cada pessoa sente-se confortável para
manifestar aquilo que sente, para se queixar e até para discutir. Nas famílias disfuncionais
é frequente a existência de triangulações. Na prática, quando uma pessoa se zanga
com outro membro da família, opta por falar com um terceiro membro em vez de
resolver o assunto diretamente. Por exemplo, se a mãe se zangar com o pai, é
capaz de ir falar mal do pai junto do filho e até é capaz de o pressionar no
sentido de enviar recados. Este padrão relacional tende a eternizar-se e os
filhos rapidamente aprendem a fazer o mesmo.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Quando existem estas alianças
perversas, há, pelo menos, duas consequências negativas: por um lado, os
problemas dificilmente são resolvidos e, por outro, a confiança nos membros da
família é muito diminuta.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><b>#7: COMPORTAMENTOS ADITIVOS<o:p></o:p></b></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Nas famílias disfuncionais encontramos
frequentemente o consumo abusivo de álcool e drogas e o vício do jogo. Estes
comportamentos trazem muita instabilidade para toda a família. Os filhos
crescem quase sempre com muita incerteza e transformam-se quase sempre em
crianças (e mais tarde adultos) hipervigilantes e ansiosos. É como se nunca
soubessem com o que podem contar, como se nunca tivessem a certeza de que, ao
chegar a casa, encontrarão um ambiente tranquilo ou o caos.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Nestas famílias é comum haver
muitos gritos, muita violência.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font size="5">Que respostas existem para as
famílias disfuncionais?</font></b></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">A família em que crescemos
oferece-nos os primeiros conceitos de normalidade. <b>É junto dos nossos pais e
familiares mais próximos que interiorizamos, pelo exemplo, o que é normal e o
que não é normal. </b>Mas à medida que crescemos e, sobretudo, à medida que
construímos outras relações afetivas, vamo-nos dando conta dos erros que os
nossos pais e outros cuidadores cometeram.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">As pessoas que cresceram numa
família disfuncional muitas vezes só se apercebem dessa disfuncionalidade na
idade adulta. Às vezes, essa perceção surge na sequência dos problemas
existentes na relação conjugal. Noutros casos, surge na sequência de um pedido
de ajuda em resposta a uma perturbação ansiosa ou depressiva.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh27fMt9tIjAo0GqRirluSqPRmbQ5WVuKWZLYo9zwkd1Za1mUD6L4pDddMnZAIg6SizxjiV95XP86_lVNC4kqL9_Mf5RoX8mRD1TYgv8iCzKrBbK7Pbs5Uw61hnzKUBugT-Th-Iew/s500/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh27fMt9tIjAo0GqRirluSqPRmbQ5WVuKWZLYo9zwkd1Za1mUD6L4pDddMnZAIg6SizxjiV95XP86_lVNC4kqL9_Mf5RoX8mRD1TYgv8iCzKrBbK7Pbs5Uw61hnzKUBugT-Th-Iew/d/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div><font size="4"><br /></font><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">A terapia é invariavelmente
um porto seguro</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"> através do qual o adulto que cresceu numa família disfuncional</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">tem oportunidade de identificar e tratar as feridas</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">emocionais que ficaram
desse período.</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFauNmHY0biwXwQ_1tcl1XtbAwYcTIHuKYmdqkpEVA2PgGDelwuDe-zsqUsJDNHVn7mcC5L1-4o7LZ_VpkEko9qW0T90tK5yRFqpBad_lsnykZpk15qokgDIpvLEPmuVm4S9PnRQ/s500/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFauNmHY0biwXwQ_1tcl1XtbAwYcTIHuKYmdqkpEVA2PgGDelwuDe-zsqUsJDNHVn7mcC5L1-4o7LZ_VpkEko9qW0T90tK5yRFqpBad_lsnykZpk15qokgDIpvLEPmuVm4S9PnRQ/d/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div><font size="4"><br /></font><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">De uma maneira geral, esse
processo implica a recuperação da própria voz.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc0PQlenu-ogiv1gZWMAGt82AvNEgw1U15lye-9tskOL1KKVTgHbA_KjW1u1wnWPNklf8ry69FCMfHG8yvzktrrFXmOJjW-TpmcknsXxIPjF8zjT3nMuTC2_jQaI6RcH7q415dJQ/s500/Fam%25C3%25ADlias+disfuncionais+4.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Estas pessoas habituaram-se a conter (ou anular) os próprios sentimentos e pode levar algum tempo até que aprendam a fazê-lo de forma autêntica e assertiva." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc0PQlenu-ogiv1gZWMAGt82AvNEgw1U15lye-9tskOL1KKVTgHbA_KjW1u1wnWPNklf8ry69FCMfHG8yvzktrrFXmOJjW-TpmcknsXxIPjF8zjT3nMuTC2_jQaI6RcH7q415dJQ/d/Fam%25C3%25ADlias+disfuncionais+4.png" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Por outro lado, as marcas que
ficam afetam quase sempre o amor-próprio, pelo que há um trabalho a ser feito
para que a pessoa interiorize que é merecedora de amor e possa fazer escolhas
que permitam construir relações emocionalmente saudáveis.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Claro que este trabalho
terapêutico também depende da capacidade de reconhecer que é preciso algum afastamento
em relação aos comportamentos tóxicos. Na prática, isto pode ser muito difícil
porque se trata de adultos que passaram a vida inteira a desvalorizar as
próprias necessidades e a sentir a obrigação de agradar aos outros. Reconhecer
que têm o direito de se afastar destes comportamentos não é sempre fácil, mas é
essencial.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">A recuperação também implica o
reconhecimento dos padrões de relacionamento disfuncionais e a capacidade de
romper com esses padrões, também para evitar que eles se reproduzam na família
que se quer construir. É natural que, pelo meio, haja muitos sentimentos de
culpa, que haja medo e incerteza, mas, no final, compensa muito.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Todo este processo depende do
reconhecimento de que vamos sempre a tempo de melhorar a nossa vida, MAS só
podemos mudar o nosso comportamento. <b>Por muito que custe aceitar, não
podemos mudar as pessoas de quem gostamos.</b> Podemos, isso sim,
relacionar-nos com elas de formas mais saudáveis e protetoras do nosso
bem-estar.</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/givMCyaOteY" width="560"></iframe>
</center>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-44628543704817123182020-07-06T22:56:00.006+01:002020-07-07T11:52:37.681+01:00CONVERSAS DE CASAL PARA REDUZIR O STRESS<div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"></font></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><font face="inherit" size="4"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivR0KNRRJFAvG4ZhVEqbYCCbYd1ndtJhMyYp1k6a4H0dbJ7jCGDhkJyoeRQo6bMR2OpVAuO9re7yYfwKCc6D-NKWzqIBul7scO61F_t18T7W8ObXAldv-SL3puHmyPj9ejtJZdlA/s800/Conversas+de+casal+1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Conversas de casal para reduzir o stress" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivR0KNRRJFAvG4ZhVEqbYCCbYd1ndtJhMyYp1k6a4H0dbJ7jCGDhkJyoeRQo6bMR2OpVAuO9re7yYfwKCc6D-NKWzqIBul7scO61F_t18T7W8ObXAldv-SL3puHmyPj9ejtJZdlA/d/Conversas+de+casal+1.png" /></a></font></div><font face="inherit" size="5"><b><br /></b></font><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4"><b>Sabia que as conversas a dois
podem ser autênticos ansiolíticos para lidar com o stress? É verdade. Os casais
felizes cultivam o hábito de conversar diariamente sobre aquilo que mexe com
cada um e utilizam algumas estratégias para lidar (a dois) com o stress. Por outro
lado, há quem chegue a casa diariamente e receba tudo menos o apoio de que
precisa. Afinal, o que é que é preciso para que estas conversas diárias nos
ajudem a reduzir o stress?</b><o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Não sei se já lhe aconteceu, mas
quase todos os dias ouço alguém dizer-me que se sente incompreendido(a) pelo(a)
companheiro(a). Na maioria das vezes são pessoas que se sentem
desamparadas na relação conjugal – ou porque a pessoa que está ao seu lado não
presta atenção, ou porque não valoriza os seus sentimentos ou, pior, porque
critica em vez de apoiar. Não vale a pena precipitarmo-nos a julgar. A verdade
é que, em algum momento, já todos falhámos nesta matéria. Nem sempre é fácil
estarmos exatamente no mesmo comprimento de onda que o(a) nosso(a)
companheiro(a) e, na azáfama dos dias, há alturas em que estamos tão absorvidos
pelas nossas próprias inquietações (ou prazeres) que acabamos por não conseguir
estar tão disponíveis para a pessoa que amamos.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Claro que uma coisa é “falhar” a
título excecional e outra, bem diferente, é estarmos sistematicamente indisponíveis.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><h3 style="text-align: justify;"><b><font face="inherit" size="5"><div style="text-align: center;"><b><font face="inherit"><br /></font></b></div><div style="text-align: center;"><b><font face="inherit">O momento certo para conversar
a dois</font></b></div></font></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><font face="inherit" size="5"><br /></font></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Quando chega a casa, o que é que
prefere? Parar, sozinho(a), durante alguns minutos para “desligar” do stress do
trabalho e só depois conversar com a pessoa de quem gosta? Ou é daquelas
pessoas que entra em casa pronto(a) para “descarregar” tudo aquilo que lhe
aconteceu?<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Pessoas diferentes têm
necessidades diferentes. E está tudo bem. Pelo menos, na medida em que essas
diferenças não se transformem em braços-de-ferro. Se os membros do casal
respeitarem as diferenças, é mais provável que encontrem uma solução de
compromisso a propósito do momento mais ajustado para que estas conversas
aconteçam.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Às vezes, estas conversas a dois
acontecem ao longo do jantar, com o “ruído de fundo” das crianças, da televisão
e de outras distrações. Noutras, acontecem ao serão, na cama. O importante é
que nos disciplinemos para que aconteçam e que aceitemos as limitações e
imperfeições da vida no dia-a-dia.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihnn2McZh9HAnl06xEdIqMMW4hnqboGySuqpUpRUOtRTMYFnEdHFzzfrv3hnIkDAS-u73YSO-G-bp2zgjSsW6aj26z0ZatiZD1eqCtk4yVZfKpGtf16ET6x7OdDcTY0IeA8J-8Ow/s500/Conversas+de+casal+2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><font size="5"><img alt="Ao contrário do que possamos idealizar, a maior parte dos casais não têm tempo para conversar diariamente acompanhados de um copo de vinho num ambiente sossegado sem interrupções." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihnn2McZh9HAnl06xEdIqMMW4hnqboGySuqpUpRUOtRTMYFnEdHFzzfrv3hnIkDAS-u73YSO-G-bp2zgjSsW6aj26z0ZatiZD1eqCtk4yVZfKpGtf16ET6x7OdDcTY0IeA8J-8Ow/d/Conversas+de+casal+2.png" /></font></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="5"><br /></font></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font face="inherit" size="5">Para que servem estas
conversas de casal?</font></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><font face="inherit" size="5"><br /></font></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Para descomprimir a dois. Para
criar uma sensação de união e pertença. Para que nos sintamos amparados.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">As conversas a dois que acontecem
habitualmente no final de cada dia são um dos “segredos” dos casais mais
felizes. Acontecem praticamente todos os dias e permitem que cada um se sinta
visto, compreendido e amado. São autênticos “calmantes” naturais que nos ajudam
a perceber que é ao lado da pessoa que escolhemos que nos sentimos mais
relaxados. Num dia normal são precisos 20 a 30 minutos para estas conversas.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Mas é preciso ter atenção ao
propósito destas conversas e a tudo aquilo que elas Não são! Estas conversas
diárias a dois NÃO servem para falar sobre os problemas da relação.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Na verdade, em 99% das vezes
estas conversas não são sobre a relação. São conversas sobre todas as pequenas
e grandes coisas que mexem com cada um dos membros do casal ao longo do dia.
São uma espécie de atualização diária a respeito daquilo que vai acontecendo quando
os membros do casal não estão juntos. Claro que a ideia não é apenas a de cada
um fazer um relatório do seu dia. A intenção é a de partilhar, acolher, demonstrar
interesse, apoiar e incentivar.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Se pensarmos naquilo de que
precisamos quando escolhemos desabafar com alguém, é fácil perceber o papel de
quem está do outro lado. De uma maneira geral, quando falamos sobre aquilo que
mexe connosco, seja pela positiva ou pela negativa, gostamos de:<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font face="inherit" size="4">Perceber que a outra pessoa
presta atenção;<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font face="inherit" size="4">Sentir o seu interesse / a sua
curiosidade genuína;<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font face="inherit" size="4">Receber o seu apoio / colo;<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font face="inherit" size="4">Perceber o seu entusiasmo em
relação ao que nos faz felizes.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4"><br /></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">No entanto, é quase sempre mais
desafiante oferecermos tudo isto à pessoa que amamos. Pelo menos, de forma
consistente. Quando ele/ ela comete algum erro ou passa por alguma dificuldade,
nem sempre temos o discernimento para dar colo antes de dar um sermão. Quando
os sonhos dele/dela colidem com as nossas necessidades nem sempre conseguimos
mostrar entusiasmo, quanto mais incentivá-lo(a) a lutar pelos seus objetivos.<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">É por isso que é tão importante prestar
atenção à forma como estamos a comunicar com a pessoa que amamos. É que se
deixarmos que o piloto automático tome conta de nós, é muito fácil fazer
escolhas que façam com que a pessoa de quem gostamos sinta que está a desabafar
com o inimigo!<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font face="inherit" size="5">Como devem ser estas conversas
de casal?</font></b></h3><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><font face="inherit" size="5"><br /></font></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Se acha que é daqueles/daquelas
que facilmente se enche de boas intenções, mas rapidamente se esquece daquilo
que deve fazer, o melhor é apontar ou imprimir as seguintes “regras” e
guardá-las num sítio onde seja provável que as releia (na porta do
frigorífico?):<o:p></o:p></font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="5"><br /></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">#1: ALTERNEM OS PAPÉIS.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Cada membro do casal deve ter
(mais ou menos) o mesmo tempo para falar.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">#2: NÃO DÊ CONSELHOS QUE NÃO LHE
FORAM SOLICITADOS.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Se der rapidamente uma sugestão
para o dilema do(a) seu(sua) companheiro(a), ele(a) poderá achar que você está
a minimizar a situação. Na prática, você está a dizer «Isso não é assim tão
complicado. Porque é que tu não…?».<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><font face="inherit" size="5"> </font></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="5"><span style="font-family: inherit;"></span></font></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5aprAG94rJZyTCJHjMMSkYi00juLCDkAbm9YW85Y7-kG0AqYOekZf3DxKvjen0SNEEPm8GSfdWJV78bmxZjgQc038VhXUPfwtyoRoG-seipcujJ9Ckt53FO_xySNYGwvMyXHKOg/s500/Conversas+de+casal+3.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><font size="5"><img alt="Tente compreender a situação antes de oferecer sugestões." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5aprAG94rJZyTCJHjMMSkYi00juLCDkAbm9YW85Y7-kG0AqYOekZf3DxKvjen0SNEEPm8GSfdWJV78bmxZjgQc038VhXUPfwtyoRoG-seipcujJ9Ckt53FO_xySNYGwvMyXHKOg/d/Conversas+de+casal+3.png" /></font></a></div><font size="5"> </font><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">É preciso que a pessoa que ama
sinta que você compreende e empatiza com o dilema antes de sugerir uma solução.
Por vezes, aquilo de que a outra pessoa precisa nem é de uma solução –
basta-lhe que você seja um bom ouvinte, ou que ofereça o seu ombro. Existe uma
significativa diferença de género nesta regra. Quando a mulher partilha os seus
problemas com o marido, normalmente reage de um modo muito negativo quando ele
lhe dá conselhos imediatamente. Em vez disso, ela quer ouvir que ele compreende
a situação. Os homens são muito mais tolerantes perante as tentativas imediatas
para resolver o problema. Ainda assim, se um homem partilhar com a mulher os
seus problemas no trabalho, provavelmente preferirá que ela lhe demonstre
empatia em vez de uma solução.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4"> <o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">#3: MOSTRE INTERESSE GENUÍNO.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Não deixe que a sua mente
divague. Centre-se naquilo que o(a) seu(sua) companheiro(a) está a dizer.
Coloque questões. Olhe nos olhos.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">#4: MOSTRE A SUA EMPATIA.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Deixe que a pessoa que ama saiba
que compreende o que ela está a sentir: «Que frustração! Eu também ficaria em
stress. Percebo porque é que te sentes assim».<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">#5: FIQUE DO LADO DO(A) SEU(SUA)
COMPANHEIRO(A).<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Isto implica dar apoio, mesmo que
considere que a perspetiva dele(a) não é razoável. Não fique do lado oposto. Se
o patrão da sua mulher implicou com ela porque chegou 5 minutos atrasada, não
diga «Bem, não te deverias ter atrasado». Em vez disso, diga «Que chatice!». A
ideia não é ser desonesto(a). A questão é que o timing é determinante. Quando
o(a) seu(sua) companheiro(a) vem ter consigo à procura de apoio emocional (e
não de conselhos), a sua função não é a de fazer juízos de valor ou a de lhe
dizer o que fazer. A sua função é a de dizer «Estou aqui para ti».<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">#6: EXPRESSE O SEU AFETO.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Abrace o(a) seu(sua)
companheiro(a), diga-lhe que o(a) ama.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">#7: VALIDE AS EMOÇÕES DO(A) SEU(SUA) COMPANHEIRO(A).<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font face="inherit" size="4">Diga-lhe que aquelas emoções
fazem sentido, que ele(a) tem o direito de se sentir “assim”: «Sim, isso é
muito triste. Eu também ficaria preocupado(a)».</font><o:p></o:p></p></div><div><br /></div><br />
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/nDDam7-rByg" width="560"></iframe>
</center>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-8367617610216075582020-05-18T19:11:00.003+01:002020-07-02T17:34:51.082+01:00GASLIGHTING – UMA FORMA DE ABUSO EMOCIONAL<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVZA_I1elVREkDZJY56XK0-qGkvir9GTreQAUtO-G3yYoE2b_u4jQ2YG1ZLcpfnPP9pbHAIuaFyQVGwzI2_2GdGvt6CuYIdcSCatFZpynl7_-mhWjOdlMMJadutmgg7GezZxhD2w/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Gaslighting" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVZA_I1elVREkDZJY56XK0-qGkvir9GTreQAUtO-G3yYoE2b_u4jQ2YG1ZLcpfnPP9pbHAIuaFyQVGwzI2_2GdGvt6CuYIdcSCatFZpynl7_-mhWjOdlMMJadutmgg7GezZxhD2w/d/GASLIGHTING+%25E2%2580%2593+UMA+FORMA+DE+ABUSO+EMOCIONAL+1.png" /></a></div><font size="4"><br /></font><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">«Ele quer dar comigo em doida! Eu
já não sei se aquilo que eu penso que é verdade é, de facto, verdade ou não. Tenho
a certeza de que não fiz as coisas de que ele me acusa, mas às tantas já duvido
de mim própria. Já não sei se eu é que estou maluca». <o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Mariana procurou a minha ajuda
dominada pelo desespero. Tinha acabado de ter mais uma discussão com o marido e
o seu discurso estava acompanhado de choro, agitação e tremores. Ao longo da
conversa foi conseguindo explicar que Ricardo a tinha acusado de estar a ter um
caso com um colega de trabalho. Mais do que isso: afirmou ter provas da relação
extraconjugal e ameaçou revelá-las à família e aos amigos. Mariana não só não
traiu o marido, como tinha uma relação superficial com o colega e não percebia
a origem das acusações. Inicialmente, pensou que pudesse tratar-se de um
equívoco ou de algum boato, mas, à medida que os dias passaram e as acusações se
intensificaram, sentiu-se cada vez mais aflita, confusa e ameaçada. De onde
viria a “certeza” que o marido mostrava? A que provas poderia ele referir-se?
Estaria alguém a passar-se por ela? Teria o seu telemóvel sido pirateado?
Quanto mais desesperada se sentia, menos percebia da situação. Mariana
perguntou várias vezes ao marido a que provas se referia, mas não obteve
resposta. Sentia-se encurralada numa realidade demasiado confusa e começou a
duvidar de si mesma, questionando a sua sanidade mental.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Infelizmente, o episódio descrito
por Mariana é muito mais comum do que se possa imaginar. Não se trata de
qualquer forma de “loucura”, de um conjunto de mal-entendidos ou de um simples
desentendimento conjugal. Trata-se de uma forma de manipulação, de violência
psicológica, conhecida por gaslighting.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font size="4">Há muitas formas de violência
emocional</font></b></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Já escrevi sobre violência
emocional <a href="http://www.apsicologa.com/search?q=viol%C3%AAncia+emocional" target="_blank">AQUI</a>. Sempre que escrevo ou falo sobre este assunto, procuro explicar
que, ao contrário do que tantas vezes se supõe, a violência não assume sempre a
mesma forma. Nem todos os abusadores falam alto, insultam ou são fisicamente
violentos. Muitas vezes, a violência emocional assume formas tão subtis que a
pessoa que é vítima dos abusos tem muita dificuldade em reconhecê-los como tal.<o:p></o:p></font></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj57ohiYdHWByU16yb_52xOFLr_cDTvAhDNxxdZC5N7tZl4Xr0Cy2DAjAy8ISXm1UVoXl4iVrQuGPn7CQuRF9bpt672kvbxgiDCSY2-ZOxQRgp03cjJxL0eC3iinpYOhw_50CtnrQ/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Para agravar a situação, na esmagadora maioria das vezes as pessoas que praticam os abusos assumem uma imagem pública tão diferente dos comportamentos que têm em casa que se torna ainda mais difícil para a vítima conseguir que alguém acredite em si." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj57ohiYdHWByU16yb_52xOFLr_cDTvAhDNxxdZC5N7tZl4Xr0Cy2DAjAy8ISXm1UVoXl4iVrQuGPn7CQuRF9bpt672kvbxgiDCSY2-ZOxQRgp03cjJxL0eC3iinpYOhw_50CtnrQ/d/GASLIGHTING+%25E2%2580%2593+UMA+FORMA+DE+ABUSO+EMOCIONAL+2.png" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Em todas as formas de violência
emocional há um propósito comum: fragilizar a vítima, exercer poder sobre ela.
Para quê? Para sentir esse poder, para controlar a vida da outra pessoa e,
assim, ter todo o poder de decisão da relação. Não raras vezes, de forma mais
ou menos subtil, o abusador vai procurando isolar a sua vítima, afastando-a progressivamente
de familiares e amigos, o que acaba por criar ainda mais fragilidade e por
abrir espaço para os abusos.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font size="4">O que é o Gaslighting?</font></b></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">O gaslighting é uma forma de
abuso emocional através da qual uma pessoa procura manipular a outra levando-a
a questionar a realidade. É frequente que, à semelhança do que aconteceu com
Mariana, a vítima diga coisas como <b>«Parece que estou a enlouquecer»</b> ou <b>«Acho
que estou a ficar doida»</b>. Visto de fora, pode parecer absurdo. Afinal, se
alguém, de repente, nos acusasse de algo que não fizemos, parece óbvio que
seria relativamente fácil dar um murro da mesa, sair de cena ou simplesmente
ignorar a acusação. Na prática, é tudo muito mais complicado. Em primeiro
lugar, porque <b>as manipulações começam invariavelmente de forma muito ténue</b>,
quase impercetível. Depois, porque os episódios de manipulação são intercalados
por momentos agradáveis, de aparente cumplicidade.<o:p></o:p></font></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNyK9Wo7qCEcD2LMB4PihbKtxQqrh0nQwhjBn0kdIOOwjbA_-H1Pu71NSq0kt0FyQAs-fEI9FOXyNA8oI6pmGJeD_9bFqK0BD9DTjD1ejYxkaQHC5pDLLGmoGjbV7ID0jVrCnAsg/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Quando uma pessoa tem comportamentos que mostram de forma clara que gosta de nós e que se preocupa connosco, fica infinitamente mais difícil acreditar que também seja capaz de adulterar a realidade com a intenção de nos fragilizar." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNyK9Wo7qCEcD2LMB4PihbKtxQqrh0nQwhjBn0kdIOOwjbA_-H1Pu71NSq0kt0FyQAs-fEI9FOXyNA8oI6pmGJeD_9bFqK0BD9DTjD1ejYxkaQHC5pDLLGmoGjbV7ID0jVrCnAsg/d/GASLIGHTING+%25E2%2580%2593+UMA+FORMA+DE+ABUSO+EMOCIONAL+3.png" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Aos poucos, é fácil acreditar no
que ela diz e é possível que comecemos a duvidar de nós mesmos, da nossa saúde
mental.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Tal como aconteceu com Mariana, a
frieza da pessoa que faz afirmações falsas é de tal ordem que a vítima se
convence de que ele(a) está a dizer a verdade. Ou pelo menos, a vítima acredita
que a outra pessoa está convencida de que aquelas afirmações são verdadeiras. Mas,
tal como Ricardo nunca achou que Mariana estivesse, de facto, a trai-lo, <b>nos
episódios de gaslighting o abusador SABE que aquilo que está a dizer é mentira</b>.
Fá-lo com o único propósito de confundir a vítima, fragilizando-a. Essa
fragilidade abre espaço para mais abusos, mais controlo.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font size="4">Gaslighting: em busca de
provas da verdade</font></b></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Outra faceta perversa desta forma
de manipulação tem a ver com o facto de o abusador muitas vezes desmentir a
vítima, afirmando que não disse aquilo que, de facto, disse. Confuso? Vejamos
um exemplo:<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Tomás disse repetidamente a Rita
que gostaria de experimentar um restaurante tailandês. Algum tempo depois, Rita
surpreendeu o namorado com uma reserva para dois. Nessa altura, Rita ficou
admirada com o comentário do namorado: «Eu NUNCA disse que queria ir a um
tailandês! Eu gostava de experimentar um restaurante mexicano». Quando Rita partilhou
o episódio com uma amiga comum, Tomás acusou a namorada de estar «a perder a memória».
A sua frieza e convicção contribuíram ainda mais para o alarme da namorada.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Na maioria das vezes estas
mentiras começam com coisas ainda mais simples, como no caso de Susana: o
namorado passou a semana toda a dizer-lhe que os pais dele a tinham convidado para
jantar no domingo e, no sábado, acusou-a de não ter prestado a devida atenção,
já que o jantar era nessa noite. Susana desvalorizou o episódio, deduzindo que
o namorado pudesse ter-se enganado por distração, ainda que ele lhe tivesse
dito que «era impossível ter dito que o jantar estava marcado para domingo porque
o meu pai parte de viagem nesse dia».<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">É quase sempre assim. No
princípio, a vítima começa por questionar a sua própria memória: «Terei feito
confusão?», «Se calhar houve outra pessoa a falar-me sobre comida tailandesa…».
<o:p></o:p></font></p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsvHsrKg8We_TZLANdx81fkwpjZrC60JjHNXk2AgxEpQePrTFoXyn-YTOSlfvIcgEXSqM7tCJQZAI9SgJIYHE_UcyGoihXyFiTKB7V-rdqza7DG8EXZFD4kUXfCaP3AqQ09ee_QA/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Aos poucos, vai ficando claro que há alguma coisa que não bate certo e é possível que a vítima parta em busca de provas que demonstrem que não está a enlouquecer." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsvHsrKg8We_TZLANdx81fkwpjZrC60JjHNXk2AgxEpQePrTFoXyn-YTOSlfvIcgEXSqM7tCJQZAI9SgJIYHE_UcyGoihXyFiTKB7V-rdqza7DG8EXZFD4kUXfCaP3AqQ09ee_QA/d/GASLIGHTING+%25E2%2580%2593+UMA+FORMA+DE+ABUSO+EMOCIONAL+4.png" /></a></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Tenho conhecido pessoas que
passaram a tirar notas de quase tudo o que o(a) companheiro(a) diz. Outras até
gravam conversas. Infelizmente, quando as coisas atingem este ponto, a pessoa
que é alvo de abusos já está muito desgastada e a sua autoestima pode estar
fragilizada ao ponto de não saber o que fazer.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">À medida que o discernimento e a
força da vítima se vão deteriorando, o abusador vai-se sentindo cada vez mais à
vontade para mentir descaradamente.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font size="4">Sinais de que você é vítima de
Gaslighting</font></b></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">À semelhança do que acontece com
outras formas de violência emocional, um dos sinais que surgem com esta forma
de manipulação é a atenção que a vítima dá aos próprios erros/ defeitos/
limitações. A pessoa que é vítima desta forma de abusos duvida de si mesma e
passa a estar hipervigilante em relação ao seu comportamento, sobretudo quando
está perto do abusador. Paralelamente, podem surgir outros sinais:<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">A sua autoestima
diminui;<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Duvida de si mesmo(a);<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Sente-se confuso(a);<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Tem dificuldade em
tomar decisões;<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Pede desculpa muitas
vezes;<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Mente a outras
pessoas para evitar o confronto;<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Pergunta a si
mesmo(a) se é demasiado sensível;<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Sente que algo está
errado, mas não sabe exatamente o que é;<o:p></o:p></font></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><font size="4">Parece que não há
saída para o problema.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p><font size="4"> </font></o:p></p>
<h3 style="text-align: center;"><b><font size="4"><span></span>Como é que alguém pode
libertar-se do Gaslighting (ou de outras formas de abuso emocional)?</font></b></h3>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">Muitas vezes, as mentiras que são
dirigidas à vítima dizem respeito a familiares e amigos. Quando isto acontece,
a intenção é não só confundir e fragilizar, mas também isolar a vítima e,
assim, exercer ainda mais controlo sobre ela. Aos poucos, a pessoa que é
exposta a esta forma de violência psicológica pode sentir-se mais e mais
fragilizada, como se estivesse num terror sem saída.<o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4">A melhor forma de se libertar
passa por tomar a iniciativa de falar com alguém de fora, de preferência com um
profissional com experiência nesta área. A prática clínica mostra-me que muitos
abusadores acabam por recusar-se a participar em qualquer processo terapêutico
a dois por anteciparem a possibilidade de serem “desmascarados”. Em vez disso,
perante a proposta da vítima de realização de terapia de casal, acabam muitas
vezes por “pedir ajuda” individual, utilizando esse passo para rotular a vítima:
«Eu fui a um psicólogo/psiquiatra e ele disse que não há nada de errado comigo.
Tu é que precisas de tratamento». Na prática, esta é mais uma forma de
manipulação. Mas quando a pessoa que é vítima de abusos toma a iniciativa de
falar com um profissional experiente – num processo de terapia individual ou
conjugal – aumenta, e muito, a possibilidade de voltar a olhar para a realidade
como ela é e recuperar a autoestima. Aos poucos, a pessoa vai-se dando conta
daquilo que pode fazer para pôr travão aos abusos e voltar a conectar-se com as
pessoas que a ajudem a sentir-se amparada.</font></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><font size="4"><br /></font></p>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/KVRJ5Aymz-U" width="560"></iframe>
</center>Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-74735814069850877752020-04-27T18:56:00.003+01:002020-04-27T18:59:55.463+01:00SEPARAÇÃO DURANTE O ISOLAMENTO – QUANDO SE DEVE CONTAR AOS FILHOS?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlc-W2RVCuiw5IDj7PIW9LSoMc0QKz2lNjCixj7jiIXvZnbYelHXnsmRO802MM4dEiEFMXwh9_qpdL3fORQ-sKHFqbNgUN9QHhTcPYdKn3oyy1RiFVLtYluvSF2YGjY-fDVX29Hw/s1600/Separa%25C3%25A7%25C3%25A3o+-+Contar+aos+filhos.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Separação ou divórcio durante o isolamento - quando se deve contar aos filhos?" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlc-W2RVCuiw5IDj7PIW9LSoMc0QKz2lNjCixj7jiIXvZnbYelHXnsmRO802MM4dEiEFMXwh9_qpdL3fORQ-sKHFqbNgUN9QHhTcPYdKn3oyy1RiFVLtYluvSF2YGjY-fDVX29Hw/s1600/Separa%25C3%25A7%25C3%25A3o+-+Contar+aos+filhos.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Os casais que foram “apanhados”
pela pandemia do Covid-19 em pleno processo de separação debatem-se com
dificuldades acrescidas. Uma está relacionada com o momento de comunicar a
decisão às crianças. Devem ter esta conversa agora? Ou será mais prudente
esperar pelo fim do confinamento?</span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Continuo a acompanhar pessoas em
processo de separação (nas consultas online). Algumas foram “apanhadas” pelo
confinamento antes de contarem aos filhos, antes de um dos dois sair de casa,
antes de todas as respostas estarem definidas. No princípio, a ideia de estarem
de quarentena durante 15 dias parecia compatível com o adiamento de todas as
decisões, mas, à medida que o tempo foi passando, a perspetiva de esta pandemia
se prolongar por tempo indefinido veio trazer ainda mais ansiedade a pessoas
que já estavam a atravessar o período mais difícil das suas vidas.</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/CrkU7nqv8ps" width="560"></iframe>
</center>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b>
<br />
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Comunicar a separação aos filhos:</span></b></h3>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">A conversa que ninguém quer ter</span></b></h3>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não é fácil comunicar aos filhos
que o pai e a mãe se vão separar. Como explico no livro “Continuar a Ser
Família Depois do Divórcio”, esta é <a href="http://www.apsicologa.com/2018/11/divorcio-como-contar-as-criancas.html" target="_blank">a conversa que ninguém quer ter</a>. Há muitas
emoções envolvidas – o medo da reação dos filhos e de não ter todas as
respostas para as perguntas que possam surgir, a tristeza pelo fim do projeto
familiar, a mágoa de quem é deixado, a insegurança em relação ao futuro.
Compreensivelmente, há quem vá adiando esta conversa até ao limite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Com a chegada da pandemia e da
obrigatoriedade de confinamento muitos pais e mães adiaram a comunicação da
separação aos filhos, questionando se valeria a pena avançar com essa partilha
numa altura em que é mais difícil concretizar todos os passos inerentes a um
divórcio ou a uma separação. Afinal, o mais certo é que tenham de continuar a
conviver na mesma casa durante mais algum tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Mas a verdade é que o segredo é
tremendamente tóxico e a minha experiência mostra-me que, apesar de todos os
esforços, os filhos sabem quase sempre mais do que os adultos acham que eles
sabem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Às vezes tomam conhecimento da
decisão a partir de conversas telefónicas entre um dos progenitores e outros
familiares ou amigos, outras vezes ouvem conversas entre o pai e a mãe.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O confinamento veio obrigar as
famílias a passar 24 horas por dia em casa, o que, para os casais em processo
de separação, pode implicar muitos silêncios, inexistência de gestos de afeto,
tristeza, ansiedade, tensão, irritabilidade e amargura. As crianças e os
adolescentes são muito sensíveis à linguagem não verbal dos pais e são quase
sempre muito perspicazes no que toca ao reconhecimento deste tipo de problemas.
Quando os pais optam por continuar em silêncio, isso pode querer dizer que os
filhos tenham de lidar com o assunto sem o colo dos adultos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É por isso que, de uma maneira
geral, <b>é preferível que esta conversa aconteça tão cedo quanto possível</b> –
mesmo em tempos de confinamento. Assim, os filhos têm a oportunidade de colocar
as suas dúvidas, têm oportunidade de pedir ajuda para organizar as suas
emoções. Por outro lado, os adultos deixam de ter de fingir e passam a viver
uma vida mais autêntica.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Um divórcio ou uma separação é
invariavelmente uma perda gigantesca para todos os membros da família, mas, tal
como acontece com outras perdas, é preciso dar espaço para que todas as emoções
sejam exteriorizadas com verdade, permitindo que os laços se estreitem. Não há
nada como a certeza de que há quem genuinamente se importe connosco, com o
nosso sofrimento. Quando isso acontece, sentimo-nos invariavelmente mais
ligados.<o:p></o:p></span></div>
<br />Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-69273644967951763252020-04-20T20:45:00.002+01:002020-04-20T20:52:57.166+01:00ENCONTRAR O AMOR NA INTERNET<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh85S1yR5s1BZtiioKbZnbpABVu0CK-FIMJJlBVcpNHfGZCHxV9zZa9a3Y4bvnfIk3UeHBT0WJawGGlRrL2OwFC3jZ1hBmURkq6GYSjVrdWPX_QiqhsPEAMLZRh7MTCzh6hfcKB2Q/s1600/Amor+na+Internet+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Amor na Internet" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh85S1yR5s1BZtiioKbZnbpABVu0CK-FIMJJlBVcpNHfGZCHxV9zZa9a3Y4bvnfIk3UeHBT0WJawGGlRrL2OwFC3jZ1hBmURkq6GYSjVrdWPX_QiqhsPEAMLZRh7MTCzh6hfcKB2Q/s1600/Amor+na+Internet+1.png" title="" /></a></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></h2>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;">É possível encontrar o amor
através da Internet? Que diferenças existem entre os encontros online e os
encontros na vida real? Que comportamentos devemos ter para evitar perder tempo
e energia com quem possa estar apenas à procura de um engate? </span></b></h2>
<div>
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A Internet veio facilitar – e
muito – a vida dos adultos à procura de um relacionamento. Há uns anos, quando
alguém se separava, tinha de lidar com a dificuldade em conhecer pessoas novas.
A sensação que muitas pessoas recém-separadas tinham era de que teriam de fazer
muitas escolhas que as obrigariam a sair muito da sua zona de conforto para
encontrar um(a) novo(a) companheiro(a) romântico.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Ki2WbCrHdMc" width="560"></iframe>
</center>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Quantas pessoas precisamos de
conhecer até encontrar “a tal”?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Não é por acaso que ouvimos falar
da “química” do amor. A maioria de nós não se apaixona com facilidade. Podemos
sentir-nos atraídos por algumas pessoas, podemos considera-las interessantes de
muitos pontos de vista e, ainda assim, podemos constatar que simplesmente não
há faísca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1GpwmmFBTojD2jkE_fPl-2PtWEEvUfYy_ovwxc7wZ_GIegIHBTKwh8N-cf0I4QJ4ZOMkYiAC7BlLZpwVrxn15n_exQ4oDfwl_U1a27VLUucspjap2fiP0C59kx4f7XhBRSvbTyg/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1GpwmmFBTojD2jkE_fPl-2PtWEEvUfYy_ovwxc7wZ_GIegIHBTKwh8N-cf0I4QJ4ZOMkYiAC7BlLZpwVrxn15n_exQ4oDfwl_U1a27VLUucspjap2fiP0C59kx4f7XhBRSvbTyg/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: large;">O professor John Gottman,
provavelmente um dos mais reconhecidos investigadores na área da conjugalidade
(ao ponto de a revista Psychology Today o apelidar de “Einstein do Amor”),
contou a determinada altura como é que conheceu a sua mulher, a professora
Julie Gottman, com quem está casado há mais de trinta anos. Apesar de o seu
trabalho estar centrado na investigação sobre os motivos por que algumas
relações resultam e outras falham, John Gottman tinha ultrapassado a barreira
dos 40 anos, estava divorciado há sete e colecionava relações mal-sucedidas.
Antes de recomeçarem as aulas na universidade, aproveitando o tempo livre de
que dispunha, decidiu conhecer o maior número de mulheres que conseguisse. Na
altura (1986), não havia Internet e Gottman decidiu responder a todos os
anúncios pessoais que encontrasse nos jornais. <b>Em seis semanas, conheceu
sessenta mulheres.</b> Sessenta! Julie foi a 61ª. Primeiro, trocaram números de
telefone e conversaram durante mais de quatro horas seguidas, sentindo uma
empatia imediata. Depois, combinaram um encontro num bar. John Gottman chegou
cedo e deu por si a observar as mulheres que entravam no bar interrogando-se
«Será que esta é que é a Julie?». Algumas mulheres não (lhe) pareciam muito
interessantes e Gottman dava por si a pensar «Espero que não seja esta». Quando
Julie entrou no bar, Gottman gostou da sua aparência e pensou «Espero que seja
esta». Conversaram, ela riu-se das suas piadas e, no segundo encontro, Gottman
sabia que ela era “a tal”.</span></i></blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5Zw0PlxRfX3D7iLkLOeXbfdC7XRFMTuODe-Q4_rzxsB6BEka-QC2f4qMiCvugPn3lHuZ3mcQSXi8vMVz3xeC7n9GAbIqj9XaG4fZLmPedn-DLpHpZgg1sPGs-P2yH172xg1aYaw/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5Zw0PlxRfX3D7iLkLOeXbfdC7XRFMTuODe-Q4_rzxsB6BEka-QC2f4qMiCvugPn3lHuZ3mcQSXi8vMVz3xeC7n9GAbIqj9XaG4fZLmPedn-DLpHpZgg1sPGs-P2yH172xg1aYaw/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: large;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: large;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nos dias de hoje o que não faltam
são opções. Entre o Tinder, o Facebook e os mais variados sites de encontros,
sabemos que é muito mais fácil conhecer muitas pessoas em pouco tempo através
da Internet do que na vida real. Mas isso não significa que a tarefa seja
fácil, sobretudo para quem busca mais do que relações ocasionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um dos primeiros desafios que
qualquer pessoa terá de enfrentar se estiver na disposição de procurar um novo
amor na Internet tem precisamente a ver com este paradoxo da escolha: O facto
de haver tanta oferta tende a baralhar-nos. É como se o facto de sabermos que
há milhares de pessoas “disponíveis” nos tornasse menos tolerantes a pequenas
falhas e menos pacientes para conhecer melhor cada pessoa com quem nos
cruzemos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHrkBlqgnuUx0c5qGGaa2S5_z8T2zxe2quNuuMVc4lIc5e-XpgizZoIATGlOoVU7yv7eB3SmpGfBqRD93I1jbJrqpLQflST_ywgvkkYWclxNLK0XWs3nOjfWfHzML_3TBdOBFWhw/s1600/Amor+na+Internet+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="As relações que começam online tendem a ser mais curtas porque, de uma maneira geral, as expectativas dos utilizadores são maiores." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHrkBlqgnuUx0c5qGGaa2S5_z8T2zxe2quNuuMVc4lIc5e-XpgizZoIATGlOoVU7yv7eB3SmpGfBqRD93I1jbJrqpLQflST_ywgvkkYWclxNLK0XWs3nOjfWfHzML_3TBdOBFWhw/s1600/Amor+na+Internet+2.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O facto de haver aparentemente
tanta oferta faz com que também seja mais fácil afastar potenciais companheiros
românticos - mesmo que os consideremos interessantes - na esperança de que seja
possível encontrar alguém (ainda) melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Qual é o perfil de quem
procura o amor na Internet?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Na verdade, há muitos perfis. Na
Internet, tal como na vida real, a percentagem de pessoas que procuram relações
sem grandes compromissos é maior. Já falei sobre isso <a href="http://www.apsicologa.com/2019/10/estilos-de-vinculacao-amorosa.html" target="_blank">AQUI</a> a propósito dos
estilos de vinculação amorosa. As pessoas com um estilo de vinculação evitante
sentem-se pouco confortáveis com níveis elevados de intimidade emocional e, por
isso, têm relações mais curtas, voltam muito mais vezes ao “mercado” dos
solteiros e fazem-no de forma mais ativa. É por isso que algumas pessoas se
queixam porque aparentemente estão sempre a relacionar-se com as pessoas
“erradas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Saiba qual é o seu estilo de
vinculação – e a pessoa certa para si – <a href="http://www.apsicologa.com/2019/10/estilos-de-vinculacao-amorosa.html" target="_blank">AQUI</a>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A Internet é um mundo “à parte”
porque, como é fácil de perceber, permite que haja uma série de passos que
sejam dados sob anonimato ou com dados falsos que, cá fora, seriam mais rapidamente
detetados. Online há um risco maior de começarmos a conversar com alguém cujas
intenções pareçam uma coisa e sejam, na realidade outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Mas nem tudo é mau! Aquilo que
várias pesquisas demonstram é que quem está na Internet à procura do amor são
normalmente pessoas que investem muita energia e às vezes até dinheiro nesta
busca. Sim, há quem pague para ter acesso a conteúdos exclusivos ou para que um
“especialista” encontre a “alma gémea”. Isto também pode mostrar alguma
motivação extra para construir uma relação, por oposição àquela ideia feita de
que na Internet só se encontra pessoas à procura de engates.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">As pessoas mais velhas também
recorrem à Internet?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Sim, mas tendem a ser mais
seletivas - em particular as mulheres. Depois de uma certa idade, e, sobretudo,
depois de uma ou mais relações significativas de longa duração, tendemos a
definir de forma mais precisa aquilo que queremos e aquilo que não queremos
para nós. Tem havido um crescimento no número de pessoas com 50 e 60 anos que
utilizam a Internet para encontrar um novo amor, mas estas pessoas são
normalmente mais exigentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Quando é uma pessoa está
pronta para procurar o amor na Internet?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Há muitas pessoas que criam um
perfil em sites e aplicações de encontros pouco tempo depois da separação, sentindo
uma mistura de excitação e insegurança. Por um lado, sentem-se genuinamente
maravilhadas com as possibilidades que a Internet oferece (e que na muitas
vezes não existiam quando começaram a relação anterior), mas, por outro,
sentem-se assustadas com este admirável mundo novo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É muito importante que cada
pessoa avalie se se sente realmente pronta para enfrentar os desafios dos
encontros digitais. O luto da relação anterior está feito? Como está a sua
autoestima? Está preparado(a) para correr riscos e lidar com a rejeição?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Algumas pessoas iniciam esta
procura e interrompem-na pouco tempo depois precisamente por perceberem que
ainda se sentem demasiado ligadas à anterior relação ou que simplesmente não
adquiriram o estofo e a estabilidade que lhes permita saborear esta aventura
sem correr o risco de ver a própria autoestima destruída.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Encontrar o amor online: o que
é que procura?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É uma pessoa “com um feitio
complicado”? Ou a maior parte das pessoas à sua volta tendem a rotulá-lo(a) de
“pragmático(a)”? Gosta muito de viajar e dá-se mal com a monotonia? Ou é uma
pessoa de gostos simples e qua não lida bem com demasiada aventura? Aquilo que
a ciência nos mostra é que tendemos a sentir-nos mais felizes com pessoas com
quem sintamos que haja afinidade. Não, isso não quer dizer que tenhamos de encontrar
alguém com os mesmos hobbies.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Antes de partir para a análise de
qualquer perfil online, pare um pouco para refletir sobre si. Elabore uma
“lista de valores” e organize-nos de acordo com a importância. Gaste algum tempo
a refletir sobre este assunto tão sério. O que é que é realmente importante
para si? Que características é que um(a) parceiro(a) romântico tem mesmo de
ter? Depois, reflita sobre a sua própria experiência. A que sinais é que acha
que pode estar atento(a)? Que perguntas vai precisar de colocar para perceber
se a outra pessoa partilha os mesmos valores?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">O que é que devo incluir no
perfil? A importância da autenticidade.</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Se há algo que a ciência nos
oferece é a certeza de que somos muito mais felizes na medida em que tenhamos
uma vida autêntica. Online as coisas não são diferentes. Você não controla a
honestidade de quem está do outro lado, mas há muitas escolhas que pode fazer
com o objetivo de se aproximar das pessoas certas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No que toca à vontade de encontrar
o amor, o medo pode complicar o processo. Quando uma pessoa se sente ansiosa
perante a possibilidade de se sentir rejeitada, pode ser tentador mascarar a
própria realidade. Por exemplo, algumas pessoas omitem, propositadamente, o
facto de terem filhos com medo de serem automaticamente excluídas pela maioria
dos potenciais parceiros. Mas será que vale a pena? A minha experiência
mostra-me que não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A procura do amor não é um
concurso de popularidade e a sua autoestima não pode estar dependente do número
de pessoas que gostam do seu perfil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É preferível ser claro(a) e
honesto(a) em relação a quem é e àquilo que quer para si. Isso aproximá-lo(a)-á
das pessoas certas e permitir-lhe-á investir apenas nas pessoas que estejam
dispostas a aceitá-lo(a) exatamente como é. Mesmo assim, é possível que do
outro lado haja quem não seja totalmente sincero e possa tentar iludi-lo(a).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Lembre-se de que não há qualquer
vantagem em criar uma personagem. Foque-se na minoria que lhe interessa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Seja honesto(a) também nas fotografias.
Não vale a pena publicar uma foto de há 10 ou 15 anos. A desilusão será maior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">Quando é que se deve marcar um
encontro presencial?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Cada pessoa sabe de si,
naturalmente, mas, de uma maneira geral, é desejável que ninguém gaste muito
tempo a investir numa relação cuja comunicação seja apenas digital. A nossa
comunicação é, sobretudo, não-verbal. Revelamo-nos muito mais cara a cara do
que através de qualquer texto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWSXKylNvszsdAmRgsAiuLuBLW3KAljkZMfKiYbtW82wUNnfdTBn7aTrCAMUr307O8yKXsfnFCljACApeZZqp4Ull8BRyD-Ojr2xneP_MjMXGFN4NuEjmRtAb5QOfX-0JJEAzvCA/s1600/Amor+na+Internet+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Lembre-se de que é mais fácil avaliar se outra pessoa é ou não compatível consigo em 10 minutos de conversa cara a cara do que em várias horas de análise ao perfil digital." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWSXKylNvszsdAmRgsAiuLuBLW3KAljkZMfKiYbtW82wUNnfdTBn7aTrCAMUr307O8yKXsfnFCljACApeZZqp4Ull8BRyD-Ojr2xneP_MjMXGFN4NuEjmRtAb5QOfX-0JJEAzvCA/s1600/Amor+na+Internet+3.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando partir para esta etapa,
lembre-se de garantir a sua segurança:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]-->Combine o primeiro encontro num lugar público;<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]-->Partilhe a sua localização com um familiar ou
um(a) amigo(a);<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]-->Evite partilhar informações que possam ser
utilizadas de forma abusiva.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span></span>Defina bem os seus limites. Seja claro(a) em
relação a qualquer comportamento que considere inapropriado.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ainda em relação a este primeiro
encontro, é importante que procure criar condições para que ninguém se sinta
(muito) pressionado:<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]-->Combine uma ATIVIDADE. Fazer qualquer que
permita que ambos se mantenham entretidos, ainda que haja espaço para a
conversa, é meio caminho para aliviar a pressão.<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo2; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<div style="text-align: center;">
<div style="text-align: justify;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-size: large;"><span style="font-family: "symbol"; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-family: "times new roman"; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;">
</span></span></span><!--[endif]-->Não leve tudo demasiado a sério. Sim, você está
à procura de uma relação amorosa, mas não encare um primeiro encontro como
entrevista de emprego. Procure, sobretudo, avaliar se gostaria de voltar a
encontrar-se com esta pessoa uma segunda vez (e não tente perceber logo se
ele(a) é a pessoa certa para passar o resto da vida ao seu lado).</span></div>
</div>
</div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-65745734339207932152020-04-15T22:51:00.001+01:002020-04-15T22:51:28.100+01:00COMO EVITAR O DIVÓRCIO EM TEMPO DE ISOLAMENTO E COVID-19<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr7b3nVckkqoexWPKX3D3X-b-t3JPlzPh8eKAPl8GKzpfspInd5lh-G8wWDOmY4MPw1C7-OzNV6cfuyOi6qjd96EBYXcglDvpUDs_Wd31319wdxf6g-Ne_dca750qaZiK3kiHSvg/s1600/evitar+div%25C3%25B3rcio.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Como evitar o divórcio em tempo de pandemia" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr7b3nVckkqoexWPKX3D3X-b-t3JPlzPh8eKAPl8GKzpfspInd5lh-G8wWDOmY4MPw1C7-OzNV6cfuyOi6qjd96EBYXcglDvpUDs_Wd31319wdxf6g-Ne_dca750qaZiK3kiHSvg/s1600/evitar+div%25C3%25B3rcio.png" title="" /></a></div>
<br />
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como se pode evitar o divórcio em tempo de confinamento e Covid-19? Quais são as queixas e os medos dos casais nesta altura? E q</span></b><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">uais são os segredos para uma relação saudável e duradoura, quer em tempos normais, quer neste contexto de isolamento social? </span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">- Entrevista à revista <a href="https://life.dn.pt/como-evitar-divorcios-em-tempos-de-pandemia/comportamento/355519/" target="_blank">LIFE</a>, do Diário de Notícias -</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como se evita o
divórcio nesta fase estranha e complicada por que estamos a passar? Há a perceção de que as alturas em que os casais passam mais tempo juntos
são, de facto, propícias a que aconteça... Porque é que isto sucede, em primeiro
lugar?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Os períodos em que os casais
passam mais tempo juntos, como as férias ou o Natal, são quase sempre recheados
de muitas expectativas porque representam a oportunidade de finalmente parar
para relaxar em família. Aquilo que muitas vezes acontece é precisamente o
oposto, o que ajuda a explicar por que há tantas separações e pedidos de ajuda
terapêutica nos períodos subsequentes. Enquanto estamos ocupados com o
trabalho, as tarefas domésticas, a escola e as atividades dos filhos acabamos
por prestar menos atenção aos nossos sentimentos e necessidades ou aos
sentimentos e às necessidades da pessoa que está ao nosso lado. <b>As pausas em
família põem a nu todos os vazios, todas as lacunas da relação. Às vezes, é
nessas alturas que se descobre uma relação extraconjugal.</b></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/dDZQYc9HLQ0" width="560"></iframe>
</center>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando as emoções tomam conta dos
membros do casal (em vez de serem as pessoas a tomar conta das emoções), é mais
provável que haja muitos momentos de tensão, discussões mais acesas e que quase
tudo dê azo a um círculo vicioso em que ambos reclamam e ambos se sentem
injustiçados. Nas férias há menos escapes, menos distrações, menos “balões de
oxigénio” e é mais provável que ambos tenham muito tempo para remoer à volta do
que cada um disse ou fez.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É fácil intuir que o isolamento
provocado pelo COVID-19 reúne um conjunto de variáveis que tornam a convivência
familiar potencialmente mais difícil do que quaisquer férias, desde logo pela
dificuldade em sair para espairecer, conversar com outras pessoas, pensar
noutros assuntos. Mas também pela ansiedade e pelo medo que estão associados a
esta nova realidade. As pessoas não lidam todas da mesma maneira com a
incerteza e isso pode ser em si mesmo gerador de algumas discussões. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Alguns casais confrontar-se-ão
com problemas antigos, que acabarão por tornar-se incontornáveis com o
isolamento forçado e isso pode trazer naturalmente angústia e discussões.
Outros sentir-se-ão “atropelados” por uma imensidão de problemas, já que às
dificuldades anteriores juntar-se-ão desafios de natureza financeira, incerteza
em relação à manutenção do trabalho e preocupações com a saúde de familiares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Mas haverá certamente quem
consiga sair desta crise com a relação fortalecida. De resto, há inúmeros
testemunhos de casais que se sentiram mais unidos na sequência de acontecimentos
tremendamente difíceis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGAMTqVLK0fLAny5LpsZWIKSV_UIp7KW0wdELUqxVAJqBpN54xRns34hy4O0gDWYRN5qegojc6yj0vE98EMdAarFBVMo3TzSjx4xDE9ivdz8_db7G7V8MpClVjUB4IO70r5CzvYA/s1600/evitar+div%25C3%25B3rcio+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Uma das ferramentas para evitar a escalada da tensão (e assim proteger a relação) consiste em reconhecer e verbalizar as emoções de forma clara, assertiva e compassiva." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGAMTqVLK0fLAny5LpsZWIKSV_UIp7KW0wdELUqxVAJqBpN54xRns34hy4O0gDWYRN5qegojc6yj0vE98EMdAarFBVMo3TzSjx4xDE9ivdz8_db7G7V8MpClVjUB4IO70r5CzvYA/s1600/evitar+div%25C3%25B3rcio+1.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Isto é
evidentemente mais fácil de dizer do que fazer, mas é possível. Em primeiro
lugar, é essencial que cada pessoa reconheça que – em tempos de Covid-19 ou
outros quaisquer – tem o direito de sentir TUDO, mas não tem o direito de fazer
TUDO. <b>É natural que haja alturas em que nos sintamos furiosos, mas é desejável
que não despejemos a nossa fúria na pessoa que está ao nosso lado.</b> De uma
maneira geral, a raiva é apenas a camada superficial. É a emoção que nos
permite levar tudo à frente, mas é também aquela que mascara outras, que nos
deixam mais expostos, mais vulneráveis, como a tristeza, o medo ou a solidão.
Então, antes de darmos um par de berros ou de fazermos quaisquer acusações, é
importante respirar fundo e permitirmo-nos parar. Se formos capazes de
questionar «O que é que eu estou a sentir (para lá da raiva)?» e «Do que é que
eu preciso», é mais provável que consigamos expressar os nossos sentimentos sem
assumirmos uma postura agressiva. <b>Aquilo que se pretende – e funciona – é que
sejamos capazes de conseguir dizer «Preciso de ti» em vez de «Tu não fazes nada
de jeito».</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por outro lado, é fundamental que
nos permitamos parar para nos lembrarmos das qualidades da pessoa que está ao
nosso lado, dos atributos que fizeram com que o(a) escolhêssemos. De uma
maneira geral, a pessoa que está ao nosso lado é alguém que se preocupa
genuinamente connosco, que deseja o melhor para nós e que é capaz de gestos
altruístas. Por isso é que o(a) escolhemos, não é? Mas não é um robot, nem é
perfeito(a). É alguém que também está certamente a dar o seu melhor nesta fase,
ao mesmo tempo que se sente stressado(a), aflito(a), inseguro(a).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Uma postura compassiva implica
que tentemos genuinamente colocar-nos na posição da pessoa que está ao nosso
lado, que tentemos conhecer as suas preocupações, aquilo que o(a) inquieta e
aquilo que lhe faz falta. Se formos capazes de ver verdadeiramente a pessoa que
está ao nosso lado, de reconhecer e valorizar as suas emoções, é muito mais
provável que ele(a) se sinta motivado(a) para responder com atenção e afeto aos
nossos apelos – mesmo em tempos de isolamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Precisamente porque não somos
perfeitos, é importante que a compaixão se estenda a nós próprios e nos permita
aceitar que é natural que cometamos erros. Estamos a dar o nosso melhor, mas há
demasiadas coisas para gerir. Quando erramos com a pessoa que está ao nosso
lado, temos ao nosso alcance uma ferramenta valiosa e que, de uma maneira
geral, distingue os casais felizes dos casais em crise: <b>a capacidade para pedir
desculpa</b>. Não me refiro aos pedidos de desculpa feitos à pressa e que tenham apenas
como objetivo aliviar a própria pressão. Refiro-me à genuína vontade de
empatizar com a outra pessoa e de dar o primeiro passo, de forma altruísta,
para voltar a ficar tudo bem. Trata-se de nos lembrarmos que é preferível tomar
esta iniciativa e proteger a relação em vez de fazer um braço-de-ferro para
provar que temos razão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não é um paradoxo os casais
afastarem-se mais justamente quando estão juntos durante mais tempo? O que é
que isto diz das nossas relações e dos tempos que vivemos? <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Pode parecer um paradoxo, mas é
na verdade perfeitamente compreensível. Somos seres sociais, estamos
programados para construir laços afetivos, mas isso não significa que
precisemos apenas de uma pessoa para sermos felizes. De resto, quase todos os
casamentos em que isso acontece – isto é, quando uma pessoa alimenta a
expectativa de que a outra seja responsável pela sua felicidade -, correm
sérios riscos. Na prática, <b>precisamos de uma “aldeia” inteira, quer para nos
sentirmos felizes, quer para protegermos a nossa relação conjugal</b>. Quando
saímos com amigos, quando temos um grupo de pessoas com quem nos sentimos à
vontade para conversar ou para praticar um deporto ou fazer qualquer outra
coisa de que gostamos, estamos a alimentar a nossa individualidade e a retirar
pressão dos ombros da pessoa que amamos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQQg77DIC1Dl6eqCoQcJFLM7GJJ9Vi9SywGwkr47g5RqCob6AbvbwJAZ85l-nrEnKMELzg0NOpbIU9zFH-_lpSp8vA5S7DQlVX0mkqn5H_mqPJ4fXiR0dXQHqxac-gQIJLEadcgw/s1600/evitar+div%25C3%25B3rcio+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Quando sabemos que há outras pessoas a quem podemos ligar num momento de aflição, sentimo-nos mais amparados e cobramos menos à pessoa que está ao nosso lado." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQQg77DIC1Dl6eqCoQcJFLM7GJJ9Vi9SywGwkr47g5RqCob6AbvbwJAZ85l-nrEnKMELzg0NOpbIU9zFH-_lpSp8vA5S7DQlVX0mkqn5H_mqPJ4fXiR0dXQHqxac-gQIJLEadcgw/s1600/evitar+div%25C3%25B3rcio+2.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Pelo contrário, quando o
cônjuge tem de ser o amante, o melhor amigo, o psicólogo, o confidente e o
companheiro de todas as aventuras, há demasiada pressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A maior parte das relações
precisam de uma certa “distância de segurança”, que permita que cada um se
sinta com espaço para explorar os seus interesses e a sua individualidade ao
mesmo tempo que acrescenta a novidade, a sedução, o mistério e a consciência de
que a pessoa que está ao nosso lado nos escolheu, mas não é verdadeiramente
nossa nem está garantida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É também por isso que o
isolamento forçado pela pandemia é uma fonte de desgaste, mesmo para os casais
mais felizes e saudáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como se mantém um casamento saudável? Quais são os segredos para
uma relação saudável e duradoura, quer em tempos normais, quer neste contexto
de maior confinamento e isolamento social?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como expliquei antes, é essencial
que cada um tome conta das próprias emoções e aprenda a exterioriza-las de
forma clara, sem ataques pessoais. Referi-me à escalada de tensão, mas <b>aqueles
que mais me preocupam são sempre os casais que não discutem.</b> Tenho seguido
alguns que simplesmente deixaram de deitar cá para fora aquilo que os
incomodava, baixaram os braços e um dia perceberam que já não havia ligação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Mesmo numa altura em que a maior
parte das famílias estão fechadas em casa, é relativamente fácil que cada um
passe muito tempo num canto e que a comunicação seja praticamente inexistente.
Na verdade, <b>muitas famílias já estavam habituadas a não confraternizar, nem
sequer às refeições, preferindo o refúgio e a gratificação imediata das redes
sociais</b>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por isso, uma das coisas que
proponho é que as famílias aproveitem este período para criar ou reforçar
rituais que fomentem o relaxamento e a conexão. <b>As refeições podem ser um ponto
de partida para que a família se reúna para comer e partilhar os sentimentos.</b>
Nesta altura até pode parecer que não há nada para partilhar e que as novidades
são praticamente inexistentes, mas aquilo de que cada um de nós precisa é de
sentir que há quem se importe com aquilo que sentimos – seja a propósito do que
for. Quando nos sentamos à mesa e dizemos «Não imaginas o que acabei de ler no
Facebook», não precisamos de ouvir uma crítica ou de ver a pessoa que amamos a
revirar os olhos num sinal de desprezo e desinteresse. Precisamos que ele(a)
preste atenção, que se interesse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">As nossas ligações constroem-se
na medida em que sejamos capazes de fazer escolhas altruístas, que impliquem
que respondamos com atenção e afeto aos pequenos gestos ou pedidos de atenção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Este período também pode ser
ideal para criar novos hábitos de lazer, como os jogos de tabuleiro ou outros
que nos permitam relaxar e dar algumas gargalhadas em família.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por outro lado, é mesmo
importante que não nos esqueçamos daquilo que caracteriza as relações de casal,
distinguindo-as de todas as outras: a intimidade física. É evidente que o
desejo sexual também pode ser afetado pela ansiedade provocada por esta
pandemia, mas não há nada que nos impeça de manter os gestos de afeto e de
mostrar à pessoa que amamos de forma clara e recorrente que a amamos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVuxh1q1fkRrezhZTqJZzEPm-mjMbGR39-BJniPIRU_LVV68Xr8xp_8glw3VJQEttsZdVAThg6DoN7jc6llJqWvb8CRKnR26vPN-Iz9GW4hIWZC8hgP__9EEI9yY1tOpguYsxiXg/s1600/evitar+div%25C3%25B3rcio+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Não há nada mais terapêutico do que o toque. Quando nos sentimos tocados com carinho, sentimo-nos mais seguros, mais otimistas." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVuxh1q1fkRrezhZTqJZzEPm-mjMbGR39-BJniPIRU_LVV68Xr8xp_8glw3VJQEttsZdVAThg6DoN7jc6llJqWvb8CRKnR26vPN-Iz9GW4hIWZC8hgP__9EEI9yY1tOpguYsxiXg/s1600/evitar+div%25C3%25B3rcio+3.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Ainda do ponto de vista da
intimidade sexual, é fundamental que cada um fale abertamente sobre aquilo que
sente e aquilo de que precisa – para evitar equívocos e sentimentos de
rejeição. Mas não basta assumir que a ansiedade está por detrás da diminuição
do desejo. É preciso comprometermo-nos de maneira a que o sexo não desapareça
das nossas vidas. É preciso criar momentos só para o casal, mesmo que seja
depois de as crianças se deitarem. É preciso contrariar a vontade de andar de
pijama o dia todo e investir no autocuidado. É preciso que cada um tenha algum
tempo só para si e que haja espaço para a fantasia e para a imaginação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quais são as queixas, os
pedidos, os medos, os desabafos que mais tem ouvido em consulta nos últimos
tempos? O que é que pode ser pior do que o próprio coronavírus para os casais?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A maior parte das famílias estão
a adaptar-se a um conjunto de novas rotinas. Do mesmo modo que este vírus veio expor
as fragilidades dos diferentes sistemas de saúde, mas também já trouxe um
investimento significativo em recursos que vão ficar cá para além desta crise,
o mesmo pode acontecer com as famílias. Numa primeira fase, é natural que
venham à tona as dificuldades e os vazios, mas o investimento de cada pessoa
pode revelar-se valioso para o estreitamento dos laços.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por enquanto vou ouvindo muitos
desabafos relacionados com a incerteza em relação à situação profissional,
queixas relacionadas com problemas de comunicação e falta de conexão e lamentos
que têm a ver com o malabarismo que é tentar ser pai ou mãe, profissional,
professor(a) e educador(a) de infância. <b>Não é fácil gerir as exigências profissionais
com a carga de trabalhos escolares</b> e não é mesmo nada fácil combinar a
privacidade que algumas reuniões por videoconferência exigem com as birras e
solicitações das crianças pequenas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Nas minhas consultas chamo muitas
vezes a atenção para os efeitos terapêuticos de uma ferramenta que é a
<b>autocompaixão</b>. Quando conseguimos dar-nos conta de que estamos a ser
excessivamente duros connosco e substituímos esses pensamentos por um discurso
genuinamente compassivo, sentimo-nos muito melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Temos a obrigação de dar o nosso
melhor para que o(a) nosso(a) companheiro(a) e os nossos filhos continuem a
receber a nossa atenção plena e o nosso afeto, mas a vida não pode ser uma
competição e nenhum de nós vai receber o título de “o(a) mais perfeito(a)”.
Ouço alguns lamentos relacionados com aquilo que as famílias observam à sua
volta através das redes sociais. Às vezes é tentador compararmo-nos com aquilo
que vemos na montra do Facebook ou do Instagram e esquecermo-nos de que as
fotografias que ali vão parar são um pequenino excerto da vida de cada um.
<b>Quase ninguém publica fotografias da casa virada do avesso ou das birras dos
filhos, mas essa é, atualmente, a realidade da maior parte das famílias.</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não estamos todos nas mesmas
circunstâncias e é evidente que há famílias que enfrentam mais dificuldades do
que outras, mas se há algo que esta pandemia trouxe foi o lembrete da
humanidade comum. O que quer que estejamos hoje a viver, está a ser partilhado,
no mesmo instante, por milhões de pessoas. Sejamos genuinamente bondosos
connosco e com a pessoa que escolhemos e este desafio será mais facilmente
ultrapassado.</span></blockquote>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-48728885961393159022020-03-26T12:04:00.000+00:002020-03-26T12:04:43.273+00:00COMO MANTER UM CASAMENTO SAUDÁVEL EM TEMPOS DE ISOLAMENTO E COVID-19<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEejIFb8i4StveV4pPfRcqpkb9H734R6V4OsTKZPURQJ-Rekk7l5As1h9YJTMNTI8DCQw4VHmh4sNx1Ge0VbQLlSzDx3AMSGYYuH-XJKxh6jfcWDZDsOB8p9ybo2DvmwpKrDIQqA/s1600/COMO+MANTER+UM+CASAMENTO+SAUD%25C3%2581VEL+EM+TEMPOS+DE+ISOLAMENTO+E+COVID-19+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Casamento saudável em tempos de isolamento e covid-19" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEejIFb8i4StveV4pPfRcqpkb9H734R6V4OsTKZPURQJ-Rekk7l5As1h9YJTMNTI8DCQw4VHmh4sNx1Ge0VbQLlSzDx3AMSGYYuH-XJKxh6jfcWDZDsOB8p9ybo2DvmwpKrDIQqA/s1600/COMO+MANTER+UM+CASAMENTO+SAUD%25C3%2581VEL+EM+TEMPOS+DE+ISOLAMENTO+E+COVID-19+1.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Assim que surgiram as
primeiras notícias sobre a necessidade de ficarmos de quarentena, apareceram
muitas piadas sobre o que aconteceria aos casamentos. Alguns vaticinaram um <i>baby
boom</i>, enquanto outros profetizaram um aumento exponencial do número de
divórcios. Que impacto pode ter o isolamento social nas relações amorosas?</span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Há muitos anos que os psicólogos
e os advogados sabem que os períodos pós-férias são sinónimo de aumento do
número de separações. O Natal e as férias de verão são duas alturas do ano em
que as famílias acabam por passar mais tempo juntas e, para muitas, isso é
sinónimo de muita tensão e algumas revelações. Por exemplo, há muitas relações
extraconjugais que são descobertas nestes períodos – os casais estão mais tempo
juntos, prestam mais atenção a alguns detalhes. Mas não é só: no dia-a-dia,
acabamos por estar muito ocupados com todos os compromissos sociais,
profissionais e familiares. Quando paramos, as expectativas são altas e a
realidade nem sempre corresponde ao que idealizámos. Nalguns casos, essas
paragens dão lugar à constatação de que os sentimentos românticos
desapareceram. Noutros casos, os sentimentos estão lá, mas há muita tensão e é
preciso pedir ajuda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que acontecerá às relações
amorosas no período de quarentena?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">As respostas concretas a esta
pergunta só poderão ser dadas com exatidão daqui a alguns meses, mas é possível
antecipar alguns cenários e fazer escolhas mais conscientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Sabemos que <b>qualquer evento
stressante tanto pode unir como pode separar um casal</b>. Pelo meu consultório
passam muitos casais que se referem a acontecimentos difíceis que foram
autênticas fontes de conexão emocional. Quando duas pessoas se unem contra uma
ameaça comum, o sentimento de pertença aumenta. Infelizmente, isto nem sempre
acontece e, nalguns casos, a desunião está relacionada precisamente com a forma
como cada um encara a ameaça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por exemplo, nos dias de hoje algumas
pessoas tenderão a sentir-se mais seguras e otimistas se dosearem o acesso às
notícias, enquanto outras preferirão manter-se atualizadas “ao minuto”. É muito
fácil haver muita tensão entre os membros do casal na medida em que um
considere que o outro está a exagerar ou a desvalorizar o problema e,
sobretudo, se esses juízos de valor forem manifestados sob a forma de críticas
duras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Nos últimos dias tenho ouvido
alguns casais que me descreveram discussões acesas a propósito da forma como
cada um tem lidado com as saídas de casa.</b> Para algumas pessoas, as
preocupações profissionais – que vão desde o medo de perder o emprego até à
vontade de ajudar os membros da equipa – impedem que o trabalho seja feito a
partir de casa. Se do outro lado estiver alguém muito ansioso, isso é meio
caminho para que haja uma discussão acesa, recheada de acusações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">A Pandemia tem efeito na
líbido?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Todos nós já vimos alguns <i>memes</i>
sobre um possível <i>baby boom</i> depois da quarentena, mas a verdade é que uma
das consequências desta pandemia é a subida dos níveis de ansiedade e isso pode
fazer diminuir o desejo sexual. Por outro lado, há pessoas que me dizem que não
se sentem particularmente stressadas, mas que simplesmente não têm muita
vontade de ter sexo. Essa falta de vontade é muitas vezes sentida como uma
forma de rejeição. Se a comunicação não for clara, é fácil haver um
distanciamento cada vez maior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Um dado curioso relacionado com aquilo
que temos vivido nas últimas semanas pode ajudar-nos a perceber de que forma é
que a nossa sexualidade está a ser impactada pelo isolamento provocado pelo
covid-19: <b>no mês de março houve um aumento significativo no acesso a sites
de pornografia</b>. Se pensarmos que estes sites são maioritariamente visitados
por homens, é fácil calcular que possa começar a haver o tal distanciamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Tal como tenho explicado noutros
textos, o desejo sexual não depende apenas de quão atraente é a pessoa que
amamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj00TYNMf1PeFgDSjaZtifkuGWJFs_nPmwMlMs1c6LUioZL7VYceiXZf318D8OkQ44W_A4mIchj5VT1_JRqIzpoiV-EfvznmBe27zLGvBPzJplemOVOGaYEbrXVtEHg8kji8c8K5A/s1600/COMO+MANTER+UM+CASAMENTO+SAUD%25C3%2581VEL+EM+TEMPOS+DE+ISOLAMENTO+E+COVID-19+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="O desejo que sentimos também está associado ao nosso próprio bem-estar, à estabilidade emocional, à perseguição dos nossos sonhos e à sensação de termos poder sobre a nossa própria vida." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj00TYNMf1PeFgDSjaZtifkuGWJFs_nPmwMlMs1c6LUioZL7VYceiXZf318D8OkQ44W_A4mIchj5VT1_JRqIzpoiV-EfvznmBe27zLGvBPzJplemOVOGaYEbrXVtEHg8kji8c8K5A/s1600/COMO+MANTER+UM+CASAMENTO+SAUD%25C3%2581VEL+EM+TEMPOS+DE+ISOLAMENTO+E+COVID-19+2.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por outro lado, para a esmagadora
maioria das pessoas, o desejo é maior na medida em que haja alguma dose de
mistério, novidade e sedução. É como se nos sentíssemos mais atraídos por
alguém na medida em que tenhamos a consciência de que aquela pessoa não é
verdadeiramente nossa nem está sempre disponível. Ora, essa “distância de
segurança” é mais difícil de existir quando ambos estão dentro de casa 24 horas
por dia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que se mantém um
casamento no meio de tanta incerteza?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Se olharmos para a história
recente, vamos dar-nos conta de que as catástrofes – naturais ou não – não são sempre
um trampolim para o divórcio. Pelo contrário, há casais que não só sobreviveram
a grandes crises, como conseguiram que a sua relação saísse ainda mais
fortalecida. Que competências têm esses casais? Que escolhas fizeram?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Empatia, altruísmo, compaixão</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A ciência tem-nos mostrado que os
casais mais felizes são genuinamente altruístas. Isso implica que cada um preste
atenção aos sentimentos do outro, valorizando-os na medida certa. Não implica
que estejam sistematicamente de acordo. Por exemplo, no caso que descrevi
antes, o que é importante não é que os membros do casal estejam de acordo em
relação ao teletrabalho ou ao trabalho fora de casa. Na verdade, <b>todos os
casais vão divergir sobre assuntos importantes – dentro ou fora da quarentena.</b>
Aquilo que importa é que cada um seja capaz de falar abertamente sobre aquilo
que SENTE a propósito de qualquer assunto e que o outro responda com atenção e
afeto. Quando uma pessoa diz «Vê-se mesmo que só pensas em ti» ou «O trabalho é
mais importante do que eu», até pode achar que está a mostrar os seus
sentimentos, mas NÃO está. Está a permitir que a aflição tome conta de si e assuma
a forma de acusações que invariavelmente serão sentidas como injustas. Pelo
contrário, se uma pessoa disser «Quando tu escolhes ir trabalhar, eu sinto-me
inseguro(a)/ assustado(a)/ muito preocupado(a). Podemos falar sobre isto?»,
abre espaço para que o(a) companheiro(a) possa responder de forma compassiva e
mostre os seus próprios sentimentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDgFk5lFXUMU_pTvaMNAot63V9aTRVJELbmdFGOFZGednWihzSPQb3E98zrXD22YPOgdqDB_CTgvmGajGm9cSB0OxzGGeEy8d5LuRtyW55BJfB1rZ9cmxmOxONZSBhbZ6Hhyq_OA/s1600/COMO+MANTER+UM+CASAMENTO+SAUD%25C3%2581VEL+EM+TEMPOS+DE+ISOLAMENTO+E+COVID-19+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Aquilo que nos une é a certeza de que a pessoa que está ao nosso lado se preocupa genuinamente connosco, se importa com aquilo que nós sentimos (mesmo que faça uma escolha diferente da que desejamos)." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDgFk5lFXUMU_pTvaMNAot63V9aTRVJELbmdFGOFZGednWihzSPQb3E98zrXD22YPOgdqDB_CTgvmGajGm9cSB0OxzGGeEy8d5LuRtyW55BJfB1rZ9cmxmOxONZSBhbZ6Hhyq_OA/s1600/COMO+MANTER+UM+CASAMENTO+SAUD%25C3%2581VEL+EM+TEMPOS+DE+ISOLAMENTO+E+COVID-19+3.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O mesmo é válido para a
comunicação a propósito do sexo e do desejo sexual. Se escolhermos falar
abertamente sobre aquilo que sentimos, é mais provável que evitemos a escalada
de críticas e agressividade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Dizer «Quando tu dizes que não
tens vontade eu sinto-me rejeitado(a)», é muito diferente de dizer «É sempre a
mesma coisa» ou, pior, «Não acho normal».<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">A importância do toque durante a quarentena</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Independentemente de o desejo
sexual sofrer alterações, há algo que está ao alcance de todos e que produz
milagres na sensação de segurança e de conexão: os gestos de afeto. Quando os
dois membros do casal têm mesmo de ficar fechados em casa durante muito tempo, <b>há
mais oportunidades para trocar gestos de afeto.</b> Um abraço demorado ou um
beijo mais prolongado não nos roubam tempo ao trabalho ou aos afazeres
domésticos e trazem a certeza de sermos amados. É muito menos provável que
alguém se sinta rejeitado ou abandonado se houver gestos de afeto com
regularidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Em tempos de isolamento, os
casais podem aproveitar todos os tempos “livres” para fazer coisas que, na
azáfama normal dos dias passam para segundo plano: <b>criar o ritual de verem
séries de televisão agarradinhos, fazer uma pausa a meio do dia para tomar um
café ou um chá, organizar, a dois, álbuns de fotografias ou simplesmente
organizar a casa.</b> Há um efeito calmante associado ao ato de “destralhar” e
organizar armários e gavetas e isso também pode ser feito a dois. Pelo meio, é
natural que surjam alguns momentos de tensão, mas se ambos se esforçarem e o
toque estiver presente, é mais provável que rapidamente os ultrapassem,
porventura com algumas gargalhadas pelo meio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Gratidão: uma ferramenta
poderosa</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Há muito tempo que me refiro às
práticas de gratidão como ferramentas terapêuticas poderosíssimas. Pararmos
diariamente para prestar atenção (e escrever sobre) coisas positivas que nos
rodeiam é ainda mais importante em tempos difíceis. É um grande desafio, sim. <b>Não
é fácil manter o otimismo ou a gratidão quando nos sentimos esmagados por
notícias que nos dão conta de centenas de mortos por dia ou da escassez dos
recursos dos diversos serviços de saúde.</b> Também não proponho que nos
alheemos da realidade e que finjamos que está tudo bem. Refiro-me, isso sim, à
possibilidade de dosearmos o acesso à informação e darmos o nosso melhor para
que os gestos de bondade e afeto sejam valorizados na medida certa e alimentem
a nossa esperança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Criar o ritual de aceder às
informações uma ou duas vezes por dia – idealmente de manhã – pode não ser
fácil, sobretudo porque sabemos que há constantemente novidades a sair. Mas
dificilmente vamos sentir-nos melhor se formos bombardeados com informações
tantas vezes contraditórias ou, pelo menos, difíceis de compreender.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A par deste doseamento, quando os
membros do casal escolhem parar diariamente para escrever sobre as coisas mais
positivas de cada dia, estão a trabalhar no sentido de controlar a ansiedade e
manter o otimismo. Esta estratégia pode revelar-se crucial para manter a união
conjugal. <b>E a que podemos prestar atenção quando o mundo parece estar a
desmoronar?</b> Já todos ouvimos e vimos cenários comoventes de dezenas de
vizinhos reunidos nas varandas a cantar ou relatos de pessoas que decidiram
voluntariar-se para ajudar os vizinhos mais velhos ou mais vulneráveis,
disponibilizando-se para ir à farmácia ou ao supermercado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYSZ7llaPoYLths6rCJQetvZGOi8CQOxDYTEUp48mFVac8lN5DW24uLigOzYKbULm_p3A0rGSsl3JXJ0KSaWb7dlMdaubjv3xtz1QMvV35JkaJqYTWDfvDCLjAt5MS1ZB8oTbjbA/s1600/COMO+MANTER+UM+CASAMENTO+SAUD%25C3%2581VEL+EM+TEMPOS+DE+ISOLAMENTO+E+COVID-19+4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Se é verdade que a ansiedade é contagiosa, e isso é especialmente válido na relação de casal, também é importante lembrar que a bondade e a calma também podem ser contagiantes." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYSZ7llaPoYLths6rCJQetvZGOi8CQOxDYTEUp48mFVac8lN5DW24uLigOzYKbULm_p3A0rGSsl3JXJ0KSaWb7dlMdaubjv3xtz1QMvV35JkaJqYTWDfvDCLjAt5MS1ZB8oTbjbA/s1600/COMO+MANTER+UM+CASAMENTO+SAUD%25C3%2581VEL+EM+TEMPOS+DE+ISOLAMENTO+E+COVID-19+4.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando paramos para escrever
sobre os acontecimentos que contribuíram para melhorar o nosso dia, também é
mais provável que nos lembremos de escrever coisas como «Sinto-me grato(a) pelo
facto de o(a) meu(minha) companheiro(a) ter tido paciência para a minha
explosão de hoje» ou «Sinto-me grato(a) pelos abraços que ele(a) me deu».
Felizmente, a ciência tem-nos mostrado que este gesto tão simples de nos
obrigarmos a escrever sobre aquilo por que nos sentimos gratos é imensamente
terapêutico – ajuda a controlar a ansiedade, a desenvolver a empatia e a
compaixão, a estreitar laços e a desenvolver a motivação para escolhas que promovam
a nossa saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Distanciamento não é
desconexão</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Começámos este período de
isolamento cheios de energia e de vontade de nos mantermos ligados aos
familiares e amigos através da tecnologia. Mais do que nunca, as videochamadas
e aplicações como o <i>Houseparty</i> vieram trazer a possibilidade de gerirmos
as saudades das pessoas que amamos. Mas, ao fim de quase duas semanas, começo a
ouvir relatos de cansaço e de desmotivação. Algumas pessoas assumem que já não
têm tanta paciência para as mensagens de <i>Whatsapp</i> ou que nem sempre têm
vontade de participar numa videochamada de grupo. As reuniões à distância que,
no princípio, deram origem a gargalhadas terapêuticas, deram lugar, nalguns
casos, a alguma tristeza e cansaço. É natural. Estamos a viver algo
absolutamente novo e estamos a adaptar-nos da melhor maneira que conseguimos.
As novidades dos primeiros dias deixaram de ser novidade e precisamos de gerir
as emoções e os pensamentos que vêm com este isolamento. Para alguns, é
sobretudo a preocupação com o futuro profissional e financeiro, o medo de não
haver dinheiro para fazer face às despesas essenciais. Para outros, são as
saudades de todas as coisas que contribuem para o bem-estar – os abraços à família
de origem, os almoços de domingo, as saídas com amigos, o exercício físico ao
ar livre. Pelo meio, há sonhos que sabemos que podem ter de ser adiados, há
projetos que não sabemos se irão para a frente e isso é desmotivante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Temos o direito de sentir medo
– por nós e pelas pessoas que amamos -, temos o direito de sentir tristeza,
raiva ou confusão.</b> E não há por que camuflar estas emoções ou fazermo-nos
de mais fortes do que efetivamente somos. Pelo contrário, quando escolhemos
mostrar-nos de forma autêntica – à pessoa que está ao nosso lado e aos
familiares e amigos que estão do outro lado do ecrã, é mais provável que
recebamos o amparo de que precisamos para nos reerguermos. Isto é especialmente
impactante para a relação de casal. A vulnerabilidade é muitas vezes vista como
fraqueza, mas a verdade é que quando nos vulnerabilizamos, quando mostramos
aquilo que estamos a sentir, acabamos por conseguir gerir os nossos sentimentos
de forma muito mais equilibrada. Reconhecer aquilo que estamos a sentir e
assumir aquilo de que precisamos é um sinal de amor próprio, de respeito por
nós mesmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando os membros do casal se
expõem e se vulnerabilizam e quando escolhem responder com atenção e afeto a
estes apelos, sentem-se invariavelmente mais unidos, mais seguros e mais
otimistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Em tempos de isolamento, somos
todos malabaristas</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quase todos os casais com filhos
pequenos têm sido confrontados com o desafio de, de um momento para o outro,
passarem a ter de ser pais, educadores de infância, professores, explicadores,
empregados domésticos, profissionais em teletrabalho e, claro, parceiros
românticos. Não é fácil manter a calma, o foco, a organização e a paciência
quando há muito mais solicitações do que aquelas a que estávamos habituados ou
quando simplesmente constatamos que, no final do dia, produzimos muito menos do
que seria desejável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O caminho mais fácil é
permitirmos que as emoções tomem conta de nós e desatarmos a descarregar no
adulto que está mais perto: o(a) nosso(a) companheiro(a). No meio do
malabarismo que é gerir todos os papéis em simultâneo, há alturas em que
ficamos com a sensação de que a pessoa que está ao nosso lado está a ser egoísta
ou simplesmente não valoriza os nossos sentimentos e as nossas necessidades.
Quando ele(a) não faz aquilo que pedimos, quando responde de forma mais acesa
ou parece privilegiar a carreira em detrimento da ajuda familiar, é tentador
fazer acusações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando um dos membros do casal se
fecha numa divisão da casa para reunir com o chefe por videoconferência e o
outro não consegue impedir que a criança de cinco anos invada a reunião a
gritar por causa do brinquedo desaparecido, pode parecer que houve negligência.
Na prática, <b>ambos estão sob muita pressão</b> e praticamente não têm
momentos de descompressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Uma das ferramentas que nos podem
ajudar a manter o foco é a compaixão. Lembrarmo-nos de que este é, efetivamente,
um período muito duro para todos é essencial para que olhemos para a pessoa que
está ao nosso lado reconhecendo que também ela está apenas a dar o seu melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por outro lado, é fundamental que
haja genuína camaradagem e que cada um possa ter tempo para fazer aquilo que
o(a) ajude a descomprimir. Uma hora de exercício físico ou a jogar <i>Playstation</i> enquanto
o outro “segura as pontas” pode ser revigorante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Neste momento, há muita coisa
para gerir e demasiada incerteza em relação ao futuro, mas há algo de que não
nos podemos esquecer: esta pandemia vai passar. É fundamental que olhemos para
o futuro e que façamos hoje as escolhas que nos permitam estarmos junto das
pessoas que amamos quando tudo isto passar. Este período é um teste às
relações, sim, e é fundamental que nos lembremos de cuidar de nós e das nossas
relações hoje, colocando em prática os primeiros socorros psicológicos e
pedindo ajuda se necessário.</span></div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-1147282004239052892020-03-13T12:29:00.001+00:002020-03-13T12:29:28.737+00:00IMPACTO PSICOLÓGICO DO COVID-19<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuoGvGJHVYtXdw7jpNybpUFGNT42D4hVVYgRCm9BiITAjl9wWSvo-m4F3hXu8SzFM8lrzbfiTaTGeop42qkPG3ms1rno_bNofxeRg0vUBdf0lJDWmkOiYvQzsZtdZyXbSIEgVrdg/s1600/Covid19+01.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuoGvGJHVYtXdw7jpNybpUFGNT42D4hVVYgRCm9BiITAjl9wWSvo-m4F3hXu8SzFM8lrzbfiTaTGeop42qkPG3ms1rno_bNofxeRg0vUBdf0lJDWmkOiYvQzsZtdZyXbSIEgVrdg/s1600/Covid19+01.png" title="Impacto psicológico do Covid-19" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A chegada em força do COVID-19 a Portugal impactou a maior
parte dos portugueses. Da preocupação moderada com um vírus que veio de longe,
passámos para a implementação de medidas que há algumas semanas pareciam impossíveis
e há cada vez mais relatos de quem dorme mal e/ou vive com medo de ser
infetado(a). Paralelamente, muitos portugueses já estão de quarentena e é
preciso que reflitamos sobre o impacto provocado por este isolamento. Que
escolhas podemos fazer para garantir a nossa estabilidade emocional em tempos
de COVID-19?</span></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Se há algumas semanas a maior parte das pessoas brincavam
com o novo Coronavírus, numa mistura de despreocupação e descrença de que
pudesse afetar-nos, de um dia para o outro – numa combinação do aumento
exponencial de casos e do anúncio de pandemia -, muitos portugueses viram os
seus níveis de ansiedade subirem de forma vertiginosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: large;">Que impacto tem o
COVID-19 na nossa saúde mental?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A tomada de consciência da facilidade de propagação deste vírus
e o reconhecimento da possibilidade de escassez de recursos (médicos,
sobretudo) deixou muitos portugueses sem dormir nas últimas noites. Sim, o medo
intenso passou a fazer parte da nossa vida. Mas isso está longe de significar
que estejamos todos vulneráveis ao desenvolvimento de perturbações ansiosas ou
depressivas. Pelo contrário, o medo também pode ser nosso aliado, pelo menos na
medida em que nos impeça de correr riscos desnecessários e nos leve a tomar
medidas que nos permitam enfrentar esta crise com a seriedade que ela exige.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Claro que há pessoas que, independentemente da chegada do
COVID-19, já apresentavam sinais de instabilidade e/ou já tinham um quadro
depressivo ou ansioso diagnosticado e para quem pode ser mais desafiante lidar
com todos os pensamentos intrusivos que possam surgir. Nestes casos, e <b>sempre
que uma pessoa reconheça que os seus níveis de ansiedade o(a) impedem de
realizar as suas atividades do dia-a-dia, é importante pedir (ou manter) ajuda
especializada</b>. Para quem já é acompanhado, é importante partilhar eventuais
alterações com os profissionais que já conhece. Para quem nunca pediu este tipo
de ajuda, é importante lembrar que muitas consultas podem ser realizadas por
telefone ou por videoconferência. O importante é que todos saibamos que ninguém
tem de gerir o medo sozinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: large;">O que é que podemos
fazer para lidar com as emoções provocadas pelo COVID-19?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#1 - FALAR ABERTAMENTE SOBRE AS EMOÇÕES<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Independentemente do desenvolvimento de qualquer
psicopatologia, é expectável que nos sintamos mais tristes, mais irritados,
mais confusos e mais ansiosos. Aceitar que estas emoções surjam é um passo
importante para que as possamos gerir, em vez de sermos engolidos por elas. De
resto, quando falamos abertamente sobre os nossos medos, damos origem a uma
organização mental que nos ajuda a serenar. Pelo contrário, quando fingimos ser
mais fortes do que realmente somos, quando tememos ser vistos como inferiores,
acabamos por sucumbir mais rapidamente aos elevados níveis de ansiedade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#2 – ACEDER A INFORMAÇÃO FIDEDIGNA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Vivemos na Era da informação e temos o privilégio de poder
aceder a informação rigorosa, baseada no conhecimento científico. Infelizmente,
também somos bombardeados com demasiadas fake news, que, neste caso, nos
confundem e contribuem para a elevação dos níveis de ansiedade. Por exemplo, há
dois dias, circulou a informação de que teria ocorrido a primeira morte por
COVID-19 em Portugal. O boato foi propagado pelas redes sociais e por alguns
meios de comunicação social. É importante que nos lembremos de que as redes
sociais SOMOS NÓS. Se não temos a certeza de que uma notícia é verdadeira,
devemos escolher não a divulgar – nem sequer por SMS ou Whatsapp. Mas há mais:
também podemos limitar a nossa exposição às redes sociais que, neste momento,
estão recheadas de informação falsa. Entre notícias não confirmadas por fontes
oficiais, aos vendedores de soluções milagrosas, há muita coisa que pode
contribuir para que nos sintamos (ainda) mais agitados e inseguros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Mas mesmo em relação às notícias divulgadas pela Direção
Geral de Saúde e/ou por jornais de referência, é importante que sejamos capazes
de dosear o acesso à informação. É tentador passar a maior parte do tempo a
atualizar páginas de Internet que nos oferecem informação “ao minuto”, mas, se
observarmos com atenção, verificamos que este comportamento não só não
acrescenta qualquer segurança real, como pode contribuir para que nos sintamos
mais ansiosos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8QFSNBJ7ABtuxZm5EA9SnZgaVESvirplzY6dZQxcFx3tFLeLDR8eZR_KVMD9vmHV6Z_HSwBDofb8wqjdtLkDn52aehyheYwCAcdftUZ0tFV9nZHWTaPgOdRSocK-Xaz5pfElUSQ/s1600/Covid19+02.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Sim, é importante que nos mantenhamos informados, mas é igualmente importante que nos distraiamos do assunto várias vezes por dia." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8QFSNBJ7ABtuxZm5EA9SnZgaVESvirplzY6dZQxcFx3tFLeLDR8eZR_KVMD9vmHV6Z_HSwBDofb8wqjdtLkDn52aehyheYwCAcdftUZ0tFV9nZHWTaPgOdRSocK-Xaz5pfElUSQ/s1600/Covid19+02.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#3 – RESPEITAR AS DIRETRIZES PARTILHADAS PELAS
AUTORIDADES<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É difícil confiar em alguém de fora quando o problema se
assemelha a um daqueles monstros que só aparecem nos filmes de ficção
científica e que anunciam crises apocalípticas. Todos nos comovemos e
assustámos com a situação vivida em Itália, mas isso não é motivo para que
deixemos de confiar nas nossas autoridades. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Se experimentarmos olhar para os
exemplos em que o problema tem sido controlado – como Macau ou a própria China,
que apresenta uma clara desaceleração da propagação do vírus -, constatamos que
o cumprimento das normas e a confiança nas diretrizes partilhadas pelas
autoridades foi essencial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Se nos mantivermos atentos e escolhermos cooperar, fazendo a
nossa parte, não só nos sentiremos mais seguros de que estamos a fazer alguma
coisa para lidar com o problema, como observaremos mudanças positivas reais à
nossa volta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#4 – RECONHECER QUE ESTA CRISE VAI PASSAR<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Estamos a lidar com uma realidade que é nova para todos, mas
que vai passar. É verdade que, independentemente do tempo que leve até que
surja uma vacina ou um medicamento capaz de curar a doença provocada por este
vírus, vamos continuar a receber notícias de mais pessoas infetadas. Mas
podemos e devemos olhar para o que está a acontecer na China, o país onde tudo
começou, e constatar que, apesar de também lá continuar a haver casos novos de
infeção, o problema está claramente contido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Podemos e devemos procurar viver um dia de cada vez,
reconhecendo que é difícil viver na incerteza, mas lembrando-nos de que tudo
isto vai efetivamente passar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#5 – CUMPRIR A QUARENTENA, SE HOUVER ALGUMA SUSPEITA E/OU
FOR IMPOSTA<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No momento em que escrevo este texto, a maior parte dos
portugueses não estão de quarentena, mas há alguns milhares de pessoas nessa
situação. É compreensível que algumas pessoas se sintam mais agitadas e
inseguras com esta medida. Por um lado, é sempre difícil lidar com a incerteza
associada a uma situação de saúde. Por outro lado, há consequências sociais,
familiares, profissionais e financeiras associadas a este isolamento. Nesse
sentido, algumas pessoas têm optado por desrespeitar a quarentena, mantendo-se
em contacto com outras pessoas e até frequentando lugares públicos. Algumas
buscarão o conforto e a distração que só o contacto social oferece. Outras
simplesmente desvalorizam o problema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É fundamental que nos lembremos de que, independentemente da
forma como a doença nos possa afetar, o simples facto de sermos portadores do
vírus – mesmo que sem sintomas – nos coloca na posição de potenciais
contaminadores. E, se contaminarmos outras pessoas, sejam elas quem forem,
aumentamos (e muito!) a probabilidade de haver pessoas mais vulneráveis e de
quem gostamos que possam ser afetadas. Um jovem de 20 anos a quem seja imposta
a quarentena pode escolher ir ao café, ao centro comercial ou à praia e jurar a
pés juntos que se preocupa com a avó que tem 80 anos, mas que sabe que está
sossegada em casa. Ou com a prima, que tem cancro, e que tem levado uma vida
ainda mais resguardada. Mas esquece-se de que as pessoas com quem se cruza nos
locais públicos são cidadãos como nós, que trabalham e que circulam por todo o
tipo de meios. Elas também vão ao supermercado e à farmácia. Compram pão,
abastecem o carro e cuidam de outras pessoas. As cadeias de transmissão são
infindáveis e o problema pode chegar rapidamente à avó ou à prima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Desrespeitar a quarentena pode ser um sinal de medo
exacerbado, desinformação ou negligência. Mas é, acima de tudo, uma falha de
caráter que pode colocar-nos a todos numa posição muito difícil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quem escolhe cumprir à risca aquilo que é proposto pelas
autoridades está a cuidar de si e dos outros. Está, por exemplo, a garantir uma
probabilidade muito mais elevada de receber os cuidados mais apropriados em
caso de doença. <b>É que se todos ficarmos doentes ao mesmo tempo, a
probabilidade de não haver recursos para todos é enorme. Mas se cada um fizer a
sua parte, mais rapidamente sairemos desta crise (com vida).</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Hlk34989311"><b><span style="font-size: large;">#6 – VIVER UM DIA DE CADA VEZ<o:p></o:p></span></b></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_Hlk34989311"><b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></a></div>
<span style="font-size: large;"><span style="mso-bookmark: _Hlk34989311;"></span>
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É evidentemente difícil lidar com o facto de não sabermos
quando é que esta crise acabará. Há muitos planos que simplesmente deixamos de
poder fazer, há muitas decisões que não podem ser tomadas. Há férias marcadas
que não sabemos se se vão realizar. Há férias por marcar. Há casamentos e
batizados que não sabemos se vão acontecer. Há pessoas de quem gostamos que não
saberemos quando poderemos visitar. Há escolas que fecham e pais e mães que não
sabem como vão responder à possibilidade de terem as crianças em casa. Há
muitas pessoas que não sabem se vão conseguir manter o emprego.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Algumas situações são mais aflitivas do que outras e a
sugestão de viver um dia de cada vez não implica a desvalorização de problemas
sérios. Implica, isso sim, a hierarquização das dificuldades e das
necessidades. <b>Não há saúde mental se não houver vida.</b> Mais do que
querermos resolver todos os problemas ao mesmo tempo, é importante que
enfrentemos uma questão de cada vez. E em primeiro lugar tem de vir a nossa
sobrevivência física. Cumprirmos as diretrizes das autoridades de saúde – mesmo
que isso implique que percamos muito dinheiro ou o emprego – é a única forma de
cuidarmos da nossa vida. Se o fizermos com rigor, mais rapidamente nos
livraremos desta epidemia e poderemos enfrentar todas as outras dificuldades.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#7 – MANTER AS ROTINAS (POSSÍVEIS)<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Mesmo que tenhamos de trabalhar a partir de casa ou, no
limite, o país tenha de estar todo em quarentena, há escolhas que podemos fazer
para manter algumas rotinas e, assim, promovermos a nossa saúde mental.
Fazermos a nossa higiene, vestirmo-nos como habitualmente (em vez de ficarmos
de pijama), cumprir o horário das refeições e deitarmo-nos à hora de sempre são
escolhas que nos ajudam a manter a sensação de normalidade – e a oferecer
também essa sensação aos nossos filhos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#8 – PUXAR PELA CRIATIVIDADE E MANTER A ATIVIDADE<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Se tivermos de passar muito tempo em casa, e sobretudo se
esse tempo estiver associado à suspeição de infeção, é legítimo que nos
sintamos mais instáveis. Mas compete-nos fazer aquilo que estiver ao nosso
alcance para ocupar a mente e colocar o corpo em movimento. Há muita coisa para
fazer dentro de casa. Arrumar gavetas e armários pode ser mais do que uma
necessidade – pode ser terapêutico para a cabeça. Descarregar exercícios da
Internet que as crianças possam fazer em horas específicas do dia ajudá-lo(a)-á
a manter-se ocupado(a) e útil. Concretizar atividades de bricolage pode não ser
a sua praia, mas pode revelar-se profundamente calmante. Puxe pela sua criatividade
e permita que a resiliência substitua a apatia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Por outro lado, <b>contrarie qualquer vontade de se enrolar
sobre si mesmo(a) no sofá ou na cama durante o tempo que tiver de ficar em
casa.</b> Mexa-se – pela sua saúde física e mental. Se não pode ir ao ginásio,
mas for viável ir até ao jardim (e não estiver de quarentena), exercite-se lá
fora. Se tiver mesmo de estar em casa, descarregue alguns exercícios da
Internet. Faça Yoga, Dança ou Fitness. Aproveite para experimentar aquelas
aulas para iniciantes que estão disponíveis em plataformas como o Youtube.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#9 – MANTER O CONTACTO COM A FAMÍLIA E COM OS AMIGOS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Pode parecer um contrassenso, mas é precisamente nos
momentos em que somos forçados a alguma forma de isolamento que é essencial que
façamos aquilo que estiver ao nosso alcance para socializar. Se tiver de ficar
em quarentena, utilize o seu telemóvel para fazer aquilo que ele faz melhor:
coloca-lo(a) em contacto com as pessoas de quem gosta. Faça videochamadas,
desabafe, fale sobre outros assuntos, ria, descontraia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Lembre-se também de fazer a sua parte em relação às pessoas
que estiverem numa situação de isolamento forçado. Se um familiar ou um amigo
estiver de quarentena, é provável que, além de tudo o resto, se sinta triste,
vulnerável e discriminado(a). Há uma sensação de vergonha associada ao facto de
ser posto(a) de lado, mesmo que por circunstâncias como esta. Procure telefonar
a esta pessoa, animando-a e incentivando-a a manter alguma normalidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Faça o mesmo com os idosos que, nesta fase, estão ainda mais
isolados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWxqoULyyXDtiJDu_084EPron2TIj-08OeEA0ZzqNwVLDm6EAlHCU-iq1w5TnRVOqqRNNfsA0BeMUw7wd8EZ0rzyhQy8PA2HoUhTG1do9sw4-rRjvQLMb5VEgBGZ4F3zXiWO2WbQ/s1600/Covid19+03.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Escolher telefonar diariamente a alguém que sabe que pode estar assustado(a) por fazer parte de um grupo de risco e que, por isso mesmo, não pode/ não deve receber a visita das pessoas de quem gosta, pode fazer toda a diferença." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWxqoULyyXDtiJDu_084EPron2TIj-08OeEA0ZzqNwVLDm6EAlHCU-iq1w5TnRVOqqRNNfsA0BeMUw7wd8EZ0rzyhQy8PA2HoUhTG1do9sw4-rRjvQLMb5VEgBGZ4F3zXiWO2WbQ/s1600/Covid19+03.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Fazermos algo pelos outros também nos ajuda a lidar com o
stress.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;">#10 – AJUDAR AS CRIANÇAS<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A ansiedade dos adultos não só condiciona a estabilidade
emocional dos filhos, como é condicionada pelo medo de não conseguir oferecer
todas as respostas de que as crianças precisam. Enquanto pais e mães podemos
escolher ser claros e honestos com os nossos filhos, adaptando naturalmente a
linguagem à idade de cada um. Não adianta mentir e dizer que este não é um
problema sério. As crianças são mais sensíveis à linguagem não-verbal do que às
palavras que saem da nossa boca. Apercebem-se da nossa tensão e sentir-se-ão
mais seguras na medida em que o nosso discurso seja congruente com o estado
emocional que lhes transmitimos. Por outro lado, é essencial que limitemos o
acesso às notícias. Não há qualquer vantagem em expor as crianças às
atualizações “ao minuto” ou à análise minuciosa dos números. Esses são assuntos
difíceis de gerir pelos adultos, imagine-se para as crianças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A alteração das rotinas pode condicionar o humor das
crianças, tal como acontece com os adultos. O nosso stress e o stress dos
nossos filhos diminui na medida em que aceitemos as suas emoções. Sim, as
crianças podem fazer mais birras em consequência da ansiedade que sintam em
relação a este assunto, mas também em função da alteração das rotinas. A função
dos pais não é permitir tudo, mas a dinâmica familiar melhorará na medida em
que os adultos aceitem que pode levar algum tempo até que as crianças se
adaptem a esta nova realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Manter uma postura otimista, centrada nas soluções, ajudará
a devolver a confiança aos filhos. É importante reconhecer que é duro para
todos estar longe dos amigos, dos colegas e dos lugares de diversão, sobretudo
porque se trata de um período com duração indeterminada, mas o esforço de cada
um pode revelar-se muito compensador.</span></div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-69282503680274325992020-03-03T15:57:00.002+00:002020-03-03T15:57:30.280+00:00UMA TRAIÇÃO PODE MELHORAR UM CASAMENTO?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgNsqDP1WJ0ZT66JAtIQfQWdQDsowV4CV34e_jz_eZshvbPENLhVX2Gygf6caVjL646pqSSPsiDbYaB76JMnK1_b0qAAvvKEKaHfDBcdpxm9FOO8qszlqqKAcpAUNfbj97rsQJOw/s1600/Trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+pode+melhorar+casamento+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Uma traição pode melhorar um casamento?" border="0" data-original-height="419" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgNsqDP1WJ0ZT66JAtIQfQWdQDsowV4CV34e_jz_eZshvbPENLhVX2Gygf6caVjL646pqSSPsiDbYaB76JMnK1_b0qAAvvKEKaHfDBcdpxm9FOO8qszlqqKAcpAUNfbj97rsQJOw/s1600/Trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+pode+melhorar+casamento+1.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Um casamento pode ficar melhor
do que era antes de uma infidelidade? Ou isso é só mais um mito propagado por
quem quer legitimar as traições? Afinal, uma traição é uma crise por que
ninguém quer passar, mas, ao mesmo tempo, ouvimos dizer de forma sistemática
que todas as crises são oportunidades de crescimento. </span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/vYj7YdhJ85w" width="560"></iframe>
</center>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></o:p>
<o:p><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Há tempos, numa consulta de
terapia conjugal, o marido dizia «O cancro foi a melhor coisa que nos aconteceu
enquanto casal», referindo-se à doença por que a mulher tinha passado e
vencido. Naquele instante, reconheci o choque no olhar da mulher, ainda que,
nas suas próprias palavras, a doença tenha servido como um ponto de viragem que
aconteceu precisamente numa altura em que estavam prestes a separar-se. O
turbilhão de emoções por que passaram obrigou-os a rever prioridades, a
repensar uma série de escolhas e a olhar para o casamento de forma mais
consciente. Ainda assim, foi uma experiência violenta, como o cancro é quase
sempre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quase todos conhecemos pessoas
que, tendo sobrevivido a uma doença grave, passaram a olhar para a vida de
forma muito diferente, assumindo uma postura mais grata em relação a um bem que
damos por garantido quando vivemos em piloto automático. Ainda assim, não há
ninguém que deseje passar por uma experiência como esta e todas as pessoas que
estão neste momento a lutar pela vida davam tudo para ter a normalidade de
volta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Traição: um terramoto
emocional</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Uma infidelidade é um terramoto
que só quem já viveu compreende. Quase todos os dias ouvimos falar de histórias
de traições e de casamentos que terminam e acabamos por supor que sabemos quase
tudo sobre o assunto. Até assumimos, com profunda convicção, aquilo que
faríamos (e o que não faríamos) se nos tocasse a nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3ALUSRN4VvxohAmAgUF071vP3fUlFFFQLkbb0f8PEve9gVaEwrOJXWnOaaUhF8kRNJY01NEZpNMCF5URynbAHOPFqZ6SGBHgYs33oZW6qvRz4GOP9AloiSHSBAY1HNcyJaSHEJA/s1600/Trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+pode+melhorar+casamento+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Uma traição é quase sempre mais impactante do que alguém possa supor. É uma perda gigantesca que vai muito além da quebra de confiança." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3ALUSRN4VvxohAmAgUF071vP3fUlFFFQLkbb0f8PEve9gVaEwrOJXWnOaaUhF8kRNJY01NEZpNMCF5URynbAHOPFqZ6SGBHgYs33oZW6qvRz4GOP9AloiSHSBAY1HNcyJaSHEJA/s1600/Trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+pode+melhorar+casamento+2.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Em primeiro lugar, há a tristeza
e a ansiedade, que surgem com uma intensidade com que ninguém conta. Isto
acontece precisamente porque, de uma maneira geral, quando nos ligamos a alguém
romanticamente e construímos uma relação duradoura, o nosso bem-estar passa a
estar absolutamente correlacionado com o bem-estar da outra pessoa. É um
bocadinho como se uma parte do nosso coração passasse a bater fora do nosso
corpo. Por exemplo, há diversos estudos que mostram que uma ligação amorosa se
estende até a um nível biológico. Isto é, a nossa saúde física, o nosso
batimento cardíaco, a nossa imunidade e a probabilidade de sermos afetados por
um conjunto de doenças são afetados pela qualidade do estado da relação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando o tapete é puxado e uma
pessoa descobre que a pessoa a quem está emocionalmente ligada a traiu, toda a
vida parece desmoronar-se e todas as certezas se evaporam. É um pesadelo que
ninguém deseja, que ninguém antecipa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Uma infidelidade pode ser uma
oportunidade de crescimento?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Mais cedo ou mais tarde, todas as
pessoas afetadas por uma traição são confrontadas com a necessidade de tomar
decisões. É nesta altura que se dão conta de que falar é sempre mais fácil do
que fazer e que, afinal, é absolutamente possível querer continuar uma relação
depois de uma infidelidade, ainda que, na esmagadora maioria das vezes, não se
saiba como o fazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Na maior parte das vezes, os
casais que escolhem dar uma oportunidade ao casamento comprometem-se em colocar
uma pedra sobre o assunto e começar do zero. Dão o seu melhor no sentido de
tentarem trazer os elementos a que foram dedicando menos atenção de volta ao
dia a dia, como as saídas a dois e os gestos românticos. Invariavelmente,
dão-se conta de que, ainda que haja arrependimento genuíno e vontade de ambos
de reconstruir a relação, a realidade é quase sempre mais dura e desafiante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É nesta altura que costumam pedir
ajuda da terapia de casal. Por um lado, sabem que o luto é um processo que não
acontece com um estalar de dedos e sentem a necessidade de conversar com alguém
de fora, que os ajude a identificar aquilo que cada um pode fazer para que
essas emoções sejam suficientemente valorizadas, sem que isso roube a esperança
num futuro mais risonho. Por outro, começam a dar-se conta de que há outras
“pequenas traições” que foram colecionando ao longo do tempo e que, não
justificando a infidelidade, precisam de ser reconhecidas, precisam de ser
discutidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Traições para além da
infidelidade</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Se duas pessoas são muito
agressivas uma com a outra, se se sentem sobretudo presas uma à outra, mas
passam a vida a fazer críticas e acusações, como se se tratassem de borboletas
cujas asas estão coladas à parede, será que podemos falar da inexistência de
traição? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmEZvwwONONVy1gbuoiPauWepU19Uo1zJPIQWL3qfrn5n98TE8UYAQphscx9pSXwSiJrr_J4RyFX6pTtT1ZpYv-Opu-6s1LC_fnuaVJRvMQ-bRIVyuLOKPihS1BVdKIYfG06A6iQ/s1600/Trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+pode+melhorar+casamento+3.png" imageanchor="1"><img alt="Não termos uma relação extraconjugal não é uma garantia de que sejamos bons maridos ou boas mulheres." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmEZvwwONONVy1gbuoiPauWepU19Uo1zJPIQWL3qfrn5n98TE8UYAQphscx9pSXwSiJrr_J4RyFX6pTtT1ZpYv-Opu-6s1LC_fnuaVJRvMQ-bRIVyuLOKPihS1BVdKIYfG06A6iQ/s1600/Trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+pode+melhorar+casamento+3.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A infidelidade é normalmente
hipercriticada. É um sinal claro de que alguém errou, desviando-se não só das
escolhas moralmente mais acertadas, mas sobretudo do compromisso que assumiu.
Mas quando iniciamos uma relação, não nos comprometemos apenas com a
fidelidade, pois não? Comprometemo-nos a ser carinhosos, a estar “lá” para
apoiar a pessoa que amamos, para a escutar todos os dias com atenção e a
incentivá-la a lutar pelos seus sonhos, por aquilo que a faz feliz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Muitas vezes, não só nada disto
está presente numa relação, como há alguém que é continuamente desprezado,
continuamente ignorado, continuamente criticado. E, se não houvesse traição, o
círculo vicioso dificilmente se quebraria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Esta é a verdade nua e crua:
alguns casamentos melhoram muito depois de uma infidelidade. Isso não significa
que a infidelidade seja a “receita” para melhorar um casamento. Nunca é. Mas,
para alguns, é a oportunidade para virar a vida do avesso, repensar escolhas e
ter um casamento genuinamente feliz.</span></div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-83024928120572587142020-02-17T11:51:00.004+00:002020-02-17T11:53:49.775+00:00COMO MANTER AMIGOS: INTELIGÊNCIA RELACIONAL<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvCK8-CwtPSK5LhCLw394UqmU5QeoVgYONQ2jGMBgK_PR9JHVGlmknovdi-UpY1LqlJZuydyKVQouIp5XvMvcPNbXTxO7u-jmQ3X0lNcHOwU_P4UO93FfbhoAz7BYhiBn087jS2Q/s1600/Como+manter+amigos+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Como manter amigos" border="0" data-original-height="628" data-original-width="1200" height="332" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvCK8-CwtPSK5LhCLw394UqmU5QeoVgYONQ2jGMBgK_PR9JHVGlmknovdi-UpY1LqlJZuydyKVQouIp5XvMvcPNbXTxO7u-jmQ3X0lNcHOwU_P4UO93FfbhoAz7BYhiBn087jS2Q/s640/Como+manter+amigos+1.png" title="" width="640" /></a></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></h2>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que mantemos uma
amizade? Que escolhas podemos fazer para nos mantermos próximos das pessoas de
quem gostamos?</span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É mais do que sabido que somos
mais felizes na medida em que construamos ligações estáveis, que nos façam
sentir amados, amparados. A maior parte de nós deseja construir uma ligação
romântica, uma família coesa, mas não só: queremos ter (bons) amigos ao nosso
lado. Hoje parece tudo muito mais fácil graças ao Facebook, ao Whatsapp ou ao
Instagram: é infinitamente mais provável que consigamos saber do paradeiro de
ex-colegas de escola, sabemos aonde é que os nossos amigos passam as férias e
os fins-de-semana (porque vemos as suas publicações) e recebemos vários pedidos
de amizade de pessoas que nunca vimos na vida. Paradoxalmente, <b>podem passar-se
meses (ou anos!) sem que tenhamos qualquer conversa significativa com os nossos
amigos</b>. E às vezes acabamos por saber que um deles se divorciou, perdeu o
emprego ou esteve doente muito tempo depois de algum destes acontecimentos ter
ocorrido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">As redes sociais ajudam a
manter amizades ou não?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">As redes sociais são tão úteis
como o telefone. Podem ajudar-nos a manter uma amizade, mas também podem
desviar-nos do que é realmente importante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfOckGJFxex9ivOTTYZ1Mk_EuYvOHLvOdJpapgK_rrbzh4MwYVIi3Xmc2PXpbM24mWDoyNEeadJinBIhALe5Nf1nJQtp7V4tMVUB5naROMcsBCktVdlUQ2sdhy1OuleaHef5wr-w/s1600/Como+manter+amigos+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="De que adianta termos um telefone em casa e outro no bolso se nos esquecermos de ligar às pessoas de quem gostamos?" border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfOckGJFxex9ivOTTYZ1Mk_EuYvOHLvOdJpapgK_rrbzh4MwYVIi3Xmc2PXpbM24mWDoyNEeadJinBIhALe5Nf1nJQtp7V4tMVUB5naROMcsBCktVdlUQ2sdhy1OuleaHef5wr-w/s1600/Como+manter+amigos+2.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">De que adianta termos cinco mil “amigos” no Facebook se vivermos com a sensação
de que ninguém nos conhece verdadeiramente ou com a convicção de que não há
ninguém com quem possamos realmente contar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">De certeza que qualquer um de nós
já passou pela experiência de ver um grupo de amigos num jantar ou numa festa “agarrados”
aos smartphones. Muitos estão a trocar mensagens superficiais com amigos que
estão do outro lado do ecrã ao mesmo tempo que ignoram a oportunidade de ter as
tais conversas significativas com quem está mesmo ali ao lado. Às vezes caímos
no ridículo de tomar conhecimento de uma ocorrência importante através das
redes sociais e acabamos por perguntar, espantados, à pessoa que temos ao nosso
lado «Como é que eu só sei disto pelo Facebook?».<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A verdade é que também nos
desabituámos de investir o nosso tempo e a nossa paciência para ouvir os longos
desabafos das pessoas de quem gostamos. É mais fácil aceder aos resumos que
vamos encontrando nas redes, colocar um “gosto” ou até fazer um breve
comentário. Mas nenhum de nós trocaria um abraço e o ombro de um amigo por um
simples “Força” escrito no Facebook, certo?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Porque é que nos vamos
afastando dos nossos amigos?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando deixamos que o piloto
automático tome conta de nós e vivemos imersos nas responsabilidades familiares
e profissionais, é mais provável que deixemos de ser os amigos de que os nossos
amigos precisam. Por mais que digamos coisas como “Estou cá para o que der ou
vier” ou “Liga-me quando precisares”, isso não significa que estejamos a fazer
a nossa parte para que uma amizade se mantenha. Como do outro lado está alguém
que, tal como nós, tem várias obrigações para gerir e pouco tempo para refletir
sobre o que realmente importa, é fácil ir perdendo contacto (e ligação
emocional).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que se mantém uma
amizade?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Construir amizades sólidas
depende mais da nossa consistência do que de gestos grandiosos. Depende da
nossa inteligência relacional.</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Fcf8gYCCa9k" width="560"></iframe>
</center>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que é a inteligência
relacional?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A inteligência relacional tem
sido amplamente associada ao contexto profissional. Todos sabemos que a
progressão na carreira é mais fácil na medida em que tenhamos uma boa rede de
contactos. Conhecer as pessoas certas pode ser meio caminho para que nos
confrontemos com boas oportunidades. Mas o que é que isto quer realmente dizer?
Será que a inteligência relacional tem a ver com “dar graxa” a um conjunto de
pessoas para que possamos colher benefícios? Claro que não!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Desenvolver a nossa inteligência
relacional e tentar promover e manter boas relações com as pessoas com quem nos
vamos cruzando – social ou profissionalmente – não tem nada a ver com qualquer
tipo de bajulação. É sobretudo uma questão de reconhecermos que <b>é sempre
possível fazermos escolhas que melhorem a vida das pessoas à nossa volta</b> e que
isso deixa uma marca positiva, cria ligações emocionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Imagine que tem um casamento de
um familiar num sábado de manhã. O seu horário de trabalho implica que faça
turnos e você está escalado(a) para trabalhar na sexta à noite, mas o seu chefe
toma a iniciativa de lhe dar folga para que possa descansar antes do evento que
é importante para si. Como é que isso o(a) faz sentir? Que imagem é que esta
pessoa lhe transmite? Depois disso, qual é a probabilidade de você tomar a iniciativa
de ajudar o seu chefe num momento em que ele precise de si?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Voltemos às relações com os
nossos amigos: tal como acontece com a nossa própria vida, há sempre coisas
importantes a acontecer na vida dos nossos amigos. Há discussões, há aflições,
há perdas, há chatices, há imprevistos e há ninharias que, com o tempo, não têm
qualquer importância, mas que, quando acontecem, mexem connosco.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiltQTi1xm2IJf6MrnZLLDkkQxLui47UO0tP2-YB0VCGFWY8HkLKGaIesUHhzM5jADsA9_vPFhqunguFwG25cZJcT4qYbD4EThj-hiJxmtnHX7WAmF1wgAlSAhXIM8H-K2gLmxVIw/s1600/Como+manter+amigos+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Como é que se sente se partilhar com um amigo um episódio qualquer com que se tenha aborrecido e, dias depois, ele lhe ligar “só” para saber “como estão as coisas”?" border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiltQTi1xm2IJf6MrnZLLDkkQxLui47UO0tP2-YB0VCGFWY8HkLKGaIesUHhzM5jADsA9_vPFhqunguFwG25cZJcT4qYbD4EThj-hiJxmtnHX7WAmF1wgAlSAhXIM8H-K2gLmxVIw/s1600/Como+manter+amigos+3.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É reconfortante, não é? Quantas vezes se lembra de fazer o mesmo? Nos
últimos tempos, quantas vezes voltou a contactar com um(a) amigo(a) só para
saber se aquele aborrecimento de que ele/ela lhe falou já está resolvido ou
simplesmente para saber se ele/ela está mais calmo(a) ou mais sereno(a)?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Lembre-se das pessoas sempre,
não apenas quando precisa delas.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Lembrarmo-nos das pessoas de quem
gostamos SEMPRE, e não apenas quando precisamos delas, é um sinal de
inteligência relacional. Há quanto tempo não telefona aos seus amigos? E se o
fizer, o que é que quer saber? Quanto tempo tem disponível para os ouvir?
Convida-os para ir a sua casa? Se ler um artigo sobre a área de trabalho
daquela pessoa, lembra-se de lhe enviar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É sempre possível fazer alguma
coisa por algum dos nossos amigos – se estivermos atentos e interessados.
Podemos dar boleia quando sabemos que um(a) amigo(a) tem o carro na oficina,
podemos oferecer o nosso ombro quando ele(a) se chateia com o(a) namorado(a),
podemos ajudar com os nossos conhecimentos profissionais. Mas, para tudo isso,
é preciso que sejamos consistentes e que façamos parte da vida das pessoas de
quem gostamos de forma regular.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É mais provável que consigamos
manter-nos próximos dos nossos amigos se:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Formos confiáveis.</b> Há
muitas formas de mostrarmos aos nossos amigos que eles podem confiar em nós:
quando guardamos um segredo, quando fazemos aquilo que prometemos (Não vale a
pena dizer “Eu ligo-te no fim-de-semana” se não tiver a genuína intenção de o
fazer).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Escolhermos dar em vez de
receber de forma consistente. </b>Oferecer a nossa ajuda, de forma genuinamente
desinteressada é a melhor forma de nos ligarmos a alguém. Curiosamente, é a
forma mais sólida de construirmos relações que acabem por nos trazer múltiplas
vantagens. Em suma, ser-se genuinamente boa pessoa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Oferecermos o nosso apoio em momentos
de aflição.</b> Há poucas coisas que guardemos com maior facilidade na nossa
memória do que os momentos de sofrimento em que alguém nos mostrou o seu apoio
incondicional. Sabermos que há quem se preocupe connosco e escolha estar “lá”
para nós quando mais precisamos não tem preço.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Mostrarmos a nossa
autenticidade e a nossa vulnerabilidade.</b> Quando nos enchemos de medo de nos
mostrarmos exatamente como somos e usamos máscaras para camuflar as nossas
falhas, as nossas imperfeições e as nossas angústias, acabamos por criar
personagens plásticas com as quais os outros têm dificuldade em construir
ligações. Ninguém precisa de amigos perfeitos, super-homens e supermulheres
sempre prontos para nos mostrarem que somos os únicos que erram ou que sentem
medo. Mostrar a nossa vulnerabilidade não só não nos transforma em pessoas
fracas aos olhos dos nossos amigos, como acaba por construir pontes que
estreitam a ligação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Partilharmos os acontecimentos
positivos.</b> Enviar uma mensagem a um amigo, com uma mensagem personalizada,
a contar a nossa última aventura tem um impacto muito diferente de qualquer
publicação partilhada nas redes sociais. Uma coisa é recebermos uma mensagem em
que um amigo se dirige a nós pelo nome próprio, pela alcunha com que sempre nos
tratou ou com uma asneirola que só permitimos às pessoas de quem gostamos muito
a dizer “Não imaginas o que me aconteceu” e outra, bem diferente, é recebermos
uma notificação no telemóvel que nos diga “O teu amigo X identificou-te numa
publicação com 99 outras pessoas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>Mostrarmos o nosso interesse
de forma consistente.</b> Não há volta a dar: todas as ligações afetivas dão
trabalho e as pessoas que vivem rodeadas de bons amigos não têm apenas sorte.
Elas fazem por isso. Manter uma amizade implica manter o contacto, estar perto
mesmo quando fisicamente não é possível estar perto. Implica querer saber e
mostrar que temos paciência para escutar. Implica telefonar, convidar,
acarinhar – e não apenas nas datas comummente consideradas especiais. Implica
prestar atenção e querer genuinamente deixar uma marca positiva.</span></div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-36431741431880622332020-02-14T12:15:00.002+00:002020-02-17T11:24:23.034+00:00DIVISÃO DAS TAREFAS DOMÉSTICAS NO CASAL<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGQQNcz8uYVsxs3Vg9t4pIm5UzkI7KuIFBuYV1JyZgQSWns2yiS2tLA3GTjK0Xcz6yE-KdukdwirQEQsbqY0twFzAsdJAg1FhSC19_a6q8n5BQZV8qVsgsUz_3Jidl4KTOkZ1UNg/s1600/Divis%25C3%25A3o+das+tarefas+dom%25C3%25A9sticas+no+casal+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Divisão das tarefas domésticas no casal" border="0" data-original-height="628" data-original-width="1200" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGQQNcz8uYVsxs3Vg9t4pIm5UzkI7KuIFBuYV1JyZgQSWns2yiS2tLA3GTjK0Xcz6yE-KdukdwirQEQsbqY0twFzAsdJAg1FhSC19_a6q8n5BQZV8qVsgsUz_3Jidl4KTOkZ1UNg/s640/Divis%25C3%25A3o+das+tarefas+dom%25C3%25A9sticas+no+casal+1.png" title="" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Por que continua a haver
diferenças entre homens e mulheres no que diz respeito às tarefas domésticas? E
que impacto é que essas diferenças têm na vida conjugal?</span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Recentemente fui entrevistada
para a revista Visão a propósito de um estudo que indicava que, em Portugal,
continua a haver diferenças de género na concretização das tarefas domésticas.
Neste estudo, homens e mulheres assumiram que muitas tarefas – como passar a
ferro, lavar e estender a roupa ou cozinhar – estavam maioritariamente a cargo
das mulheres. A exceção é a bricolage e as reparações (maioritariamente a cargo
dos homens). Além disso, a maior parte dos homens e mulheres entrevistados
assumiram que são as mulheres que normalmente ficam em casa com os filhos
doentes e que também são elas que mais frequentemente são prejudicadas na
carreira a propósito da distribuição das tarefas domésticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/bBcBAKZLGL8" width="560"></iframe>
</center>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></h3>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Tarefas domésticas: Que
diferenças de género existem?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">À margem deste estudo agora
divulgado, há outros que já tinham demonstrado a existência de assimetria entre
homens e mulheres nesta área da conjugalidade. Por exemplo, noutras
investigações verificou-se que a discrepância entre o tempo que cada um
dedicava às tarefas domésticas era muito significativa. Isto é, o tempo que
estas tarefas “roubam” à carreira, aos hobbies ou à individualidade continua a
ser muito superior nas mulheres. Isto não tem a ver com o tempo que homens e
mulheres levam a concretizar tarefas específicas. Traduz, isso sim, um
desequilíbrio em termos de distribuição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Curiosamente, também há estudos
que demonstram que a maioria dos homens tende a considerar que faz mais do que,
acontece na realidade. A verdade é que a maior parte dos homens têm uma
perceção enviesada da carga associada às diferentes tarefas domésticas,
acabando por “ajudar” a aliviar essa carga, mas ignorando que não há uma
partilha equilibrada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Tarefas domésticas: As
diferenças entre homens e mulheres acontecem por “culpa” das mulheres?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Embora seja tentador atribuir a
responsabilidade destas diferenças às mulheres, é importante olhar com atenção
para aquilo que acontece na prática. A verdade é que a maior parte das mulheres
adultas que vivem em união foram educadas de forma significativamente diferente
dos homens com quem vivem e, na maioria das vezes, estão efetivamente
habituadas a fazer a maior parte das tarefas (ao contrário deles). Mas isso não
significa que chamem a si a esmagadora maioria das tarefas sem “dar luta”. Na
verdade, aquilo que observo na minha prática clínica é que a maioria das
mulheres não só reivindicam uma divisão equilibrada, como dão o seu melhor para
que não haja diferenças de género na educação dos seus filhos. Os meninos e
meninas de hoje são mais incentivados a participar nas tarefas domésticas de
forma equilibrada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaEIWpiShCyUCRZfk6TOYTDiW5Lu7l4OuZaJXvq1JP4J1HMznFfgGRV8nD6okfCe33cxpm3xOhkkpHWc_tdsw9IZ_zEnr_8BPADkVcGpjRoooupzzygdeOj3QwlbtzxIWZqLqqBQ/s1600/Divis%25C3%25A3o+das+tarefas+dom%25C3%25A9sticas+no+casal+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="É importante que as mulheres reconheçam o poder que têm. Por um lado, na educação dos filhos. E, por outro, na demonstração das suas necessidades." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaEIWpiShCyUCRZfk6TOYTDiW5Lu7l4OuZaJXvq1JP4J1HMznFfgGRV8nD6okfCe33cxpm3xOhkkpHWc_tdsw9IZ_zEnr_8BPADkVcGpjRoooupzzygdeOj3QwlbtzxIWZqLqqBQ/s1600/Divis%25C3%25A3o+das+tarefas+dom%25C3%25A9sticas+no+casal+2.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A maior parte das mulheres
precisam de tempo para a individualidade, para fazerem aquilo de que gostam e para
a progressão na carreira. Quando não há uma divisão equilibrada das tarefas
domésticas, é importante que sejam capazes de mostrar aquilo que sentem e
aquilo de que precisam. Por outro lado, é importante que, na azáfama do dia a
dia, haja tempo e discernimento para reconhecer que, se houve diferenças na
forma como os membros do casal foram educados, não é expectável que a maior
parte dos homens reconheçam a carga (física e mental) associada a todas as
tarefas domésticas ou que as saibam concretizar com a mesma rapidez e eficácia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É muito fácil entrar em círculos
viciosos em que elas “atacam” e eles fogem dos conflitos. Quando isto acontece,
o desequilíbrio eterniza-se e a probabilidade de haver insatisfação e
ressentimento é muito maior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Chegam muitas queixas deste
tipo ao consultório?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A maior parte das queixas que
chegam até mim através da terapia de casal prendem-se sobretudo com a falta de
reconhecimento, de valorização e com a carga mental associada às tarefas
domésticas. A maioria das mulheres não reivindicam que os companheiros saibam
fazer todas as tarefas, mas sentem-se pouco reconhecidas ou desvalorizadas.
Mais: em relação a algumas tarefas, queixam-se da carga mental associada e do
facto de os companheiros desconhecerem a existência dessa carga. A verdade é
que semanalmente há listas de compras para fazer, há refeições para preparar,
há mochilas cujo conteúdo varia em função de diferentes atividades
extracurriculares, há pagamentos, viagens de estudo, consultas, reuniões e
outros compromissos que estão maioritariamente sobre os ombros das mulheres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Claro que também há muitas
queixas a propósito da assimetria na carga física associada à distribuição das
tarefas – não é só uma questão de falta de reconhecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfqvSkEEOvFUpZKwVPyEJ0hZ5l6pvIV1NBljDF6HTjoISIBywSeLlwRBsCf3yaWv8c28BTmGp24aKwPMMixPgf4nFT9PYpVz_Jucrw7t2mr3m2vkIEbYeKcJs2vGVxOWNGZPyefA/s1600/Divis%25C3%25A3o+das+tarefas+dom%25C3%25A9sticas+no+casal+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Às vezes há mulheres que chamam a si muitas responsabilidades a propósito do nascimento dos filhos, prejudicando a própria carreira, e, alguns anos mais tarde, sentem necessidade de repor o equilíbrio." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfqvSkEEOvFUpZKwVPyEJ0hZ5l6pvIV1NBljDF6HTjoISIBywSeLlwRBsCf3yaWv8c28BTmGp24aKwPMMixPgf4nFT9PYpVz_Jucrw7t2mr3m2vkIEbYeKcJs2vGVxOWNGZPyefA/s1600/Divis%25C3%25A3o+das+tarefas+dom%25C3%25A9sticas+no+casal+3.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Aquilo que importa é que cada
casal esteja genuinamente disponível para se adaptar às diferentes etapas do
ciclo de vida e que cada uma das pessoas se mantenha genuinamente interessada
em prestar atenção aos sentimentos e às necessidades do(a) companheiro(a).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Na era dos movimentos como
<i>#metoo</i>, porque continuam mulheres emancipadas a fazer tudo?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como referi antes, a educação
continua a ter um papel fundamental. Os adultos de hoje não cresceram com o
<i>#metoo</i>. Pelo contrário, a maior parte dos homens com mais de 40 anos não foram
incentivados a fazer quaisquer tarefas domésticas. Por outro lado, de uma
maneira geral, as mulheres são mais altruístas, pelo que mais facilmente
abdicam da carreira ou da individualidade em nome dos cuidados prestados aos
filhos ou da concretização de outras tarefas domésticas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A verdade é que estas mudanças
também dão trabalho e requerem algumas conversas significativas. Na azáfama dos
dias, é mais fácil dar um par de berros e, sem querer, alimentar o círculo
vicioso. Ter conversas sem zangas, em que cada um possa falar abertamente sobre
os próprios sentimentos e mostrar aquilo de que precisa é muito mais
trabalhoso. Às vezes, é na consulta de terapia de casal que cada um encontra o
espaço seguro para expor estes apelos e, assim, dar início a mudanças que podem
melhorar muito a vida conjugal e familiar.</span></div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-81772285411723130962020-02-03T11:42:00.001+00:002020-02-03T11:43:24.348+00:00À PROCURA DA ALMA GÉMEA <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7aCYLYtEWCJxleARsF0Xa65vHYHEd_4OqolTQSZahjGm0SnnbdrBjhFQeeXFbEZiyFw-B-1tqZRagJg6JPaLKt_IHVnIZiJ6Q3M1q0cjii-t-6E2RfBnSxEMVWLUqEtlthONVYg/s1600/%25C3%2580+procura+da+alma+g%25C3%25A9mea+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="À procura da alma gémea" border="0" data-original-height="300" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7aCYLYtEWCJxleARsF0Xa65vHYHEd_4OqolTQSZahjGm0SnnbdrBjhFQeeXFbEZiyFw-B-1tqZRagJg6JPaLKt_IHVnIZiJ6Q3M1q0cjii-t-6E2RfBnSxEMVWLUqEtlthONVYg/s1600/%25C3%2580+procura+da+alma+g%25C3%25A9mea+1.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b><b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Dá por si a dizer “Eu sou muito exigente no amor”, ao mesmo tempo que coleciona relações que teimam em não dar certo? Viveu uma grande amor e mais nenhuma relação foi capaz de o(a) prender? Estas duas situações podem ser armadilhas que o(a) impedem de construir uma relação estável. Saiba porquê.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Já falei sobre o facto de existirem diferentes formas de amar <a href="http://www.apsicologa.com/2019/10/estilos-de-vinculacao-amorosa.html" target="_blank">AQUI</a>. Uma percentagem considerável da população (mais ou menos 20 por cento) encaixa-se no perfil EVITANTE. Os evitantes são pessoas que valorizam muito a sua independência, têm pouca paciência para lidar com a “dependência” e a ansiedade de qualquer companheiro(a) romântico(a) e têm muita dificuldade em construir ligações com grande intimidade emocional. Esta descrição talvez o(a) remeta para os <i>bad boys</i> mulherengos, que fogem do compromisso a sete pés. Mas a minha prática clínica e os estudos feitos nesta área mostram que há muitas mulheres com um padrão de vinculação evitante também. Além disso, os evitantes podem assumir uma postura que nos leve a acreditar que procuram uma relação de compromisso baseada na intimidade profunda, pelo que não são só os típicos Casanova.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Nmy2SyZbYS0" width="560"></iframe></center>
<h3>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></h3>
<h3>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">À procura do(a) tal</span></b></h3>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Já lhe aconteceu apaixonar-se por uma pessoa que você acha que é incrível e, de repente, começar a reparar em defeitos ou hábitos irritantes, como a forma como a pessoa come ou dança? O mais provável é que dê por si a pensar que é normal e que isso significa simplesmente que você não está assim tão apaixonado(a) por aquela pessoa. A última coisa que lhe passará pela cabeça é que essa possa ser uma estratégia do seu cérebro, que o(a) impede de construir relações emocionalmente profundas.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>O padrão de vinculação amorosa evitante resulta das experiências por que a pessoa passou – quer ao longo da sua infância, quer noutras relações amorosas.</b> Não é algo de que a pessoa tenha consciência, nem é uma escolha propositada. É, sobretudo, uma forma de amar a que a pessoa se habituou, sem questionar.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8gHOgdnY6-NyRmmroTpah4p3qG4OgQjUuT9E-P6Ty3kU8kx4wDJgSaazW5NqNybe8P1DWJCW8YpX-SlaN3Ogzl1BUVhU5GKSQDH0tV8FOaaheCi_lurK0OKjNQqUOteRCoUCH4g/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8gHOgdnY6-NyRmmroTpah4p3qG4OgQjUuT9E-P6Ty3kU8kx4wDJgSaazW5NqNybe8P1DWJCW8YpX-SlaN3Ogzl1BUVhU5GKSQDH0tV8FOaaheCi_lurK0OKjNQqUOteRCoUCH4g/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Muitas vezes, a pessoa está de facto convencida</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">de que tem dado o seu melhor em busca da relação</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">“perfeita” e ignora que é ela mesma que tem sabotado</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">qualquer hipótese de construir uma relação estável</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">porque tem adotado comportamentos que facilmente</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">colocam potenciais companheiros à distância.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJfnPygdQw-fVDxlv6q34NczfwjCsxZ-WY9_I7dbirqlQSRG_CE6hRNcOpt3MnmdNCcojEPM-s4X5f0ng3ZVDg705R_zu0LOcgWMQXCDB_r_XCETlqcrBVWscfpppf-Tmm4GpJVA/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJfnPygdQw-fVDxlv6q34NczfwjCsxZ-WY9_I7dbirqlQSRG_CE6hRNcOpt3MnmdNCcojEPM-s4X5f0ng3ZVDg705R_zu0LOcgWMQXCDB_r_XCETlqcrBVWscfpppf-Tmm4GpJVA/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Uma dessas armadilhas é precisamente a idealização de um(a) companheiro(a) perfeito(a). A própria pessoa convence-se de que o(a) tal está algures ao virar da esquina e acaba por focar-se de forma excessiva nos defeitos da pessoa que tem ao seu lado. De uma maneira geral, a pessoa começa por assumir que quer ter uma relação “séria”, acabando por criar expectativas na outra, mas, à medida que a relação se vai estreitando, é mais provável que um(a) evitante se sinta progressivamente asfixiado(a) e sobrevalorize os defeitos da pessoa de quem gosta.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Dificuldade em esquecer um grande amor<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Outra estratégia – inconsciente – das pessoas com um perfil evitante passa por acordarem um dia, depois de uma relação ter terminado, a achar que a pessoa X foi o grande amor da sua vida. Isto pode acontecer na sequência de essa pessoa revelar que vai casar ou simplesmente muito tempo depois do fim da relação. De uma maneira ou de outra, a pessoa com um perfil evitante diz a si mesma que já não tem qualquer hipótese com aquele(a) ex-namorado(a) e alimenta estes sentimentos românticos que a impedirão, claro, de se ligar a qualquer nova pessoa que apareça. Neste caso, a distância em relação ao(à) EX faz com que os defeitos daquela pessoa (que foram amplamente exacerbados na altura) passem a ser desvalorizados (e as qualidades sejam sobrevalorizadas).<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXA9EjH6B19h4-bYAVejTmTLx_5qdvBPakwVUt9TmJ73P5_QmoUSdgtKp9_0xAFScAMA43r779yVX10CshEIz2wPn1RmmG46t4EKmp7KxJlppluq6jVFDZZlLbyjjcfYnJygqC2A/s1600/%25C3%2580+procura+da+alma+g%25C3%25A9mea+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Quando um evitante se afasta da pessoa de quem gosta, os sentimentos e a admiração pelas suas qualidades regressam!" border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXA9EjH6B19h4-bYAVejTmTLx_5qdvBPakwVUt9TmJ73P5_QmoUSdgtKp9_0xAFScAMA43r779yVX10CshEIz2wPn1RmmG46t4EKmp7KxJlppluq6jVFDZZlLbyjjcfYnJygqC2A/s1600/%25C3%2580+procura+da+alma+g%25C3%25A9mea+2.png" title="" /></a></div>
<br />
<span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A distância permite que a sensação de ameaça que a intimidade provoca desapareça e os verdadeiros sentimentos reapareçam. Às tantas a pessoa já nem se lembra dos motivos que a levaram a querer terminar a relação (ou dos comportamentos que adotou e que fizeram com que a outra pessoa quisesse terminar). Coloca-a num pedestal e isso serve para sabotar novas relações.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Nalguns destes casos, a pessoa tenta uma reaproximação para, logo de seguida, esbarrar nos “defeitos” da outra pessoa e se afastar de novo num círculo vicioso interminável.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Esconder-se das próprias emoções… até quando?<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Estas pessoas podem passar toda a vida neste registo, sem terem a consciência de que estão a fugir de relações íntimas, mas também há casos em que as pessoas conseguem mudar e conseguem dar-se conta daquilo que está a atrapalhar a sua felicidade. Isto pode acontecer quando a pessoa dá por si numa solidão profunda - por exemplo, quando repara que todas as pessoas à sua volta estão casadas ou em relações sérias. Noutros casos, esta viragem acontece quando há um acontecimento impactante, como uma doença séria ou algo que faça com que a pessoa desperte para a finitude da vida e se questione sobre o que quer para si. Nestas alturas, pode tomar consciência de que a tal independência não é suficiente para si e pede ajuda especializada. A terapia não faz milagres, mas pode ser uma primeira oportunidade para o autoconhecimento e para que surjam mudanças que abram espaço para uma vida mais feliz e realizada.</span></div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-31159742622720239322020-01-24T12:53:00.001+00:002020-01-24T12:53:21.763+00:00UM ABUSADOR EMOCIONAL CONSEGUE MUDAR?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicDsEq7vROFHwhgKr_MkOPCywIJFN4IfvhTsl4ToDtWkrXd3Z2Q5wlrEB70sAf8261azIsH0tYof-j5fOEbmzaEx7AI3FcmlL4HDNHislZWjfesSZYBTH5M3H7sXgk7KhkJt6tgQ/s1600/Abusador+emocional+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Um abusador emocional consegue mudar?" border="0" data-original-height="300" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicDsEq7vROFHwhgKr_MkOPCywIJFN4IfvhTsl4ToDtWkrXd3Z2Q5wlrEB70sAf8261azIsH0tYof-j5fOEbmzaEx7AI3FcmlL4HDNHislZWjfesSZYBTH5M3H7sXgk7KhkJt6tgQ/s1600/Abusador+emocional+1.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Será que uma pessoa que assuma
comportamentos abusivos em relação ao(à) companheiro(a) consegue mudar? <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Esta é uma das perguntas mais
comuns entre as vítimas de violência – física ou emocional: Será que ele(a)
muda? De uma maneira geral, a pergunta resulta da ambivalência que a pessoa
sente: por um lado, ainda ama o(a) companheiro(a) e, por outro, está profundamente
desgastada com a relação. <b>A maior parte das vítimas de violência emocional
lutam durante muito tempo para agradar à pessoa que amam</b>, na esperança de
que o seu comportamento possa ajudar a eliminar os comportamentos abusivos.
Infelizmente, estas tentativas são quase sempre infrutíferas e até arriscadas,
já que a pessoa que pratica os abusos vai fazendo cada vez mais exigências,
assumindo um controlo cada vez maior sobre a vida da vítima.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9fgKchIg-_q6JdZIkgVivENW91d2q7adjO6XwSvUHI4gaj7V1vHz6eiW0wnCBc5HH6yen10pn7Cv_L8j5KllTuJ9qVu_RR-j19WxqXODRWRajNkhSPQDRL9eLFcL3GzrdHmosyA/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9fgKchIg-_q6JdZIkgVivENW91d2q7adjO6XwSvUHI4gaj7V1vHz6eiW0wnCBc5HH6yen10pn7Cv_L8j5KllTuJ9qVu_RR-j19WxqXODRWRajNkhSPQDRL9eLFcL3GzrdHmosyA/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Nos
relacionamentos emocionalmente abusivos,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">uma parte controla sistematicamente a
outra,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">minando a sua confiança, dignidade, crescimento,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">e estabilidade
emocional, e provocando medo,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">culpa e vergonha.<span style="color: red;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-lUMd6TDCgiZ2eoiaBesRdkE692g5NDoEERUievnOgKj3vGZ4rcXp-Au4pJSYxhMEgtshnyyiwb0LUIKLdRyCwRtHQR70Njgs8gNcudS_qllbTFpskvwhDvnv-UnIrYJRdFomuw/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-lUMd6TDCgiZ2eoiaBesRdkE692g5NDoEERUievnOgKj3vGZ4rcXp-Au4pJSYxhMEgtshnyyiwb0LUIKLdRyCwRtHQR70Njgs8gNcudS_qllbTFpskvwhDvnv-UnIrYJRdFomuw/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Uma pessoa que assuma
comportamentos abusivos numa relação pode não o fazer noutra relação?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Sim, mas isso não significa que
tenha deixado de ser um abusador. Os abusos emocionais são normalmente
praticados por pessoas inseguras e manipuladoras, com dificuldade em empatizar
com os sentimentos dos outros. No início de uma relação, o abusador pode
assumir comportamentos que aparentemente traduzam respeito pelo(a)
companheiro(a), mas, à medida que se sinta mais confiante (de que conquistou a
outra pessoa), pode tornar-se tão ou mais agressivo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Um abusador pode, de facto,
mudar?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Sim, pode, MAS essa mudança é
rara e envolve MUITO tempo e MUITO trabalho. Quando falamos de abusos
emocionais falamos quase sempre de um sistema de valores que está doente e falamos
algumas vezes da existência de uma perturbação de personalidade, como a
perturbação de personalidade borderline, perturbação narcísica da personalidade
ou perturbação de personalidade antissocial. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que é preciso para que um
abusador emocional mude?</span></b></h3>
<div>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/dBdDV6tgxEU" width="560"></iframe>
</center>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>#1: Reconhecer que os
comportamentos são errados.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O abusador deve ser capaz de
identificar todos os comportamentos abusivos. Deve ser capaz de os reconhecer
como errados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>#2: Assumir a inteira
responsabilidade.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A pessoa que pratica os abusos
tem de ser capaz de assumir total responsabilidade pelos seus comportamentos,
em vez de responsabilizar a vítima. Quando alguém diz «Eu só agi assim porque
tu…» ou «Eu peço desculpa, mas tu…» ou «Eu sei que errei, mas tu…», não está
verdadeiramente disponível para assumir a sua responsabilidade e, por isso, não
está verdadeiramente capaz de se comprometer com a mudança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>#3: Humildade para pedir desculpa.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A pessoa que pratica os abusos
deve ser capaz de empatizar com os sentimentos da vítima, de mostrar interesse
pelos danos causados e de mostrar remorsos genuínos em relação ao passado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIT3vNQsQgaUG9qYPV_Zmj8NxFWs-_j4FNrCWD5PT4iCfYyNZbJxfRQxZ-yPBajSN69XvDHHUypYH8yS8Yj5-xV_UeUxYPUB9HulNXgv2OVPYnpMExvEUaRQ6qwkVVq_vM8fvTDA/s1600/Abusador+emocional+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Qualquer postura que implique tentar “colocar uma pedra sobre o assunto”, impedindo a vítima de falar sobre o que aconteceu e/ou evitando a demonstração de interesse sobre os sentimentos que resultaram dos abusos são sinais de que não há genuíno compromisso com a mudança." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhIT3vNQsQgaUG9qYPV_Zmj8NxFWs-_j4FNrCWD5PT4iCfYyNZbJxfRQxZ-yPBajSN69XvDHHUypYH8yS8Yj5-xV_UeUxYPUB9HulNXgv2OVPYnpMExvEUaRQ6qwkVVq_vM8fvTDA/s1600/Abusador+emocional+2.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>#4: Disciplina.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A mudança só vai acontecer se a
pessoa que pratica os abusos estiver disponível para monitorizar o próprio
comportamento com frequência – prestando atenção àquilo que diz e permitindo
que a vítima se queixe ou chame a atenção para qualquer situação que seja
geradora de desrespeito. Frases como «Estás a ser demasiado exigente», «Não
aguento este clima de tolerância zero» ou «Tu és demasiado sensível» são
indicadoras da inexistência de um compromisso com a mudança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><b>#5: Motivação.<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A pessoa que pratica os abusos
deve ser capaz de mostrar de forma clara, inequívoca e consistente que fará
tudo o que estiver ao seu alcance para parar com os abusos. De um modo geral, é
mais provável que isso aconteça se o abusador se der conta de que, se não o
fizer, há o risco sério de a relação terminar. A motivação é demonstrada
através da disponibilidade para ler sobre o assunto e aprender a diferenciar
comportamentos abusivos, pedir ajuda profissional e comprometer-se com o
processo terapêutico (em vez de contar uma história diferente ao terapeuta e
dizer «O psicólogo disse que eu não tenho qualquer problema»).</span><o:p></o:p></div>
<br />Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-14230339109429398182019-12-10T13:17:00.000+00:002019-12-10T13:17:49.752+00:00QUANDO O COMPANHEIRO NÃO RESPONDE ÀS MENSAGENS<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH4MH26AyUHc_Q1uz_Zn3GN3xHdELZaUId2s4EWoyWPH0q-ZvpFLetbGkNPjBkcfJm2qI3qEMwFRA0vid-jkLCT3XsmXGdA6MNYuukDoPXm3WVMxtpjgvKHdnKJzZN5c1gTvBnTQ/s1600/Quando+o+companheiro+n%25C3%25A3o+responde+%25C3%25A0s+mensagens+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhH4MH26AyUHc_Q1uz_Zn3GN3xHdELZaUId2s4EWoyWPH0q-ZvpFLetbGkNPjBkcfJm2qI3qEMwFRA0vid-jkLCT3XsmXGdA6MNYuukDoPXm3WVMxtpjgvKHdnKJzZN5c1gTvBnTQ/s1600/Quando+o+companheiro+n%25C3%25A3o+responde+%25C3%25A0s+mensagens+1.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Com a chegada do Facebook e do
Whatsapp às nossas vidas, passámos a constatar que há alturas em que a pessoa a
quem enviamos uma mensagem escolhe ler e não responder – pelo menos, de
imediato. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é a sua relação com o telemóvel?
Como é que se sente quando a pessoa de quem gosta demora algum tempo a
responder às mensagens? Sente-se suficientemente seguro(a) para conseguir ficar
à espera de uma reposta? Ou entra numa espiral de ansiedade?</span></b></h2>
<div>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/yEWo1swnWEU" width="560"></iframe>
</center>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Já escrevi sobre os diferentes tipos
de vinculação amorosa (ou formas de amar) <a href="http://www.apsicologa.com/2019/10/estilos-de-vinculacao-amorosa.html" target="_blank">AQUI</a>. Nessa altura, procurei explicar
que alguns de nós têm um padrão de vinculação seguro, enquanto outros têm um
padrão ansioso ou um padrão evitante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que uma
pessoa SEGURA reage ao facto de o(a) companheiro(a) não responder às mensagens
de telemóvel?</span></b></h3>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Depende. Se a outra pessoa
demorar algum tempo a responder às mensagens, é provável que a pessoa com um
padrão de vinculação seguro pense algo como «Ele(a) deve estar ocupado(a).
Quando puder, responde». <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">E quando a
mensagem é enviada por Whatsapp e o sinal de “visto” fica azul?<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Mesmo que haja indicação de que a
outra pessoa leu a mensagem, é pouco provável que uma pessoa segura se sinta
ansiosa ou comece a remoer a propósito do atraso na resposta. «Talvez tenha o
chefe ali ao lado» ou «Provavelmente está cheio(a) de coisas para fazer» são
pensamentos comuns, suficientes para que a pessoa espere pacientemente pela
resposta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">E se o(a)
companheiro(a) se esquecer de responder?<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Neste caso, o mais provável é que
a pessoa com um padrão de vinculação seguro seja capaz de perguntar, com
genuína curiosidade «O que é que aconteceu? Reparei que viste a minha mensagem,
mas não chegaste a responder». E se o assunto for realmente importante, será
capaz de mostrar o seu desagrado: «Quando lês as minhas mensagens e optas por
não responder sinto-me triste e ignorado(a). Preciso que me mostres a tua
atenção».<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que uma
pessoa ANSIOSA <a href="https://www.blogger.com/null" name="_Hlk24368547">reage ao facto de o(a) companheiro(a) não
responder às mensagens de telemóvel?<o:p></o:p></a></span></b></h3>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><a href="https://www.blogger.com/null" name="_Hlk24368547"><br /></a></span></b></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-bookmark: _Hlk24368547;"></span>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">De uma maneira geral, para uma
pessoa com um padrão de vinculação ansioso, este é um ponto de partida para uma
espiral de ansiedade e pensamentos negativos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgwitoS20BHzqjGl8BCFKz8YKIeRu3GuOPbHCI8WlK6l43zv6I8klarUnPwQWdO_BR4Hnfw1pXf0mlXQgUqI9gsgn0T27jqLw1ZbzQjuqFKTZ0raGUCeVHtoMUX-YdRBI8InwXeg/s1600/Quando+o+companheiro+n%25C3%25A3o+responde+%25C3%25A0s+mensagens+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgwitoS20BHzqjGl8BCFKz8YKIeRu3GuOPbHCI8WlK6l43zv6I8klarUnPwQWdO_BR4Hnfw1pXf0mlXQgUqI9gsgn0T27jqLw1ZbzQjuqFKTZ0raGUCeVHtoMUX-YdRBI8InwXeg/s1600/Quando+o+companheiro+n%25C3%25A3o+responde+%25C3%25A0s+mensagens+2.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando a ansiedade toma conta da
própria pessoa, podem surgir vários comportamentos de protesto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Exemplos de protestos de separação:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
</div>
<ul>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span><b>Telefonar </b>inúmeras vezes ou enviar várias
mensagens;</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large; text-indent: -18pt;"><span style="font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="font-family: inherit; font-size: large; text-indent: -18pt;">Ir ao <b>local de trabalho</b> do(a) companheiro(a);</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"><span style="font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal;"> </span></span><b>Amuar </b>– responder de forma seca e monossilábica
na esperança de que o(a) companheiro(a) repare no seu descontentamento,
conversar com outras pessoas e ignorar propositadamente o(a) companheiro(a)
para o(a) castigar;</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"> </span><b>Vingar-se</b> – prestar atenção ao tempo que a outra
pessoa demorou a responder às mensagens e fazer o mesmo da vez seguinte (sem
perguntar sobre os motivos que levaram à demora).</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"> </span><b>Desprezar </b>– Revirar os olhos quando a outra
pessoa está a falar, olhar para outro lado ou até sair do mesmo espaço
deixando-o(a) a falar sozinho(a) (até que a outra pessoa se lembre de pedir
desculpa pelo que aconteceu).</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"> </span><b>Ameaçar </b>– A pessoa pode dizer coisas como «Se
calhar é melhor terminarmos», «Acho que não queremos a mesma coisa para a
relação» ou «Nós não somos compatíveis», na esperança de que a outra pessoa
interrompa e o(a) impeça de terminar a<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>relação.</span></li>
<li><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><span style="mso-list: Ignore;"> </span><b>Manipular </b>– fingir que está ocupado(a), deixar
de atender o telefone, provocar ciúmes - por exemplo saindo com um(a) Ex.</span></li>
</ul>
<!--[if !supportLists]--><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que uma
pessoa EVITANTE reage ao facto de o(a) companheiro(a) não responder às
mensagens de telemóvel?</span></b></h3>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Muitas vezes estas são “boas
notícias” para alguém com um padrão de vinculação ansioso, já que para estas
pessoas a última coisa que deve acontecer é haver qualquer tipo de “obrigações”.
Como não gostam de se sentir “presos”, não gostam que lhes cobrem respostas
rápidas ou manifestações claras de que a relação é uma prioridade. Quando o(a)
companheiro(a) mostra que se sente à vontade para ler as mensagens e não
responder imediatamente, a pessoa com um padrão de vinculação evitante tende a
sentir que pode fazer o mesmo.</span><o:p></o:p></div>
<br />Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-64169670773762026072019-11-28T15:44:00.000+00:002019-11-28T15:44:09.884+00:00CONTINUAR A SER FAMÍLIA DEPOIS DO DIVÓRCIO N’A TARDE É SUA<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Que privilégio foi poder
apresentar o meu livro n’A Tarde é sua, com a minha querida Fátima Lopes e esta
família EXEMPLAR. Sabiam que o prefácio deste livro foi escrito pela Fátima
Lopes? E a honra que senti ao ouvi-la dizer – primeiro em privado e depois na
TV – que este livro deveria ser “obrigatório” para todas as pessoas em processo
de separação?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Esta conversa com a Tânia, o
Gabriel, O Afonso e o Miguel é a prova viva de que, mesmo quando um casamento
se esgota, é possível fazer escolhas de que nos orgulhemos e que permitam que
uma família continue a ser uma família, apesar do divórcio. Parabéns Tânia e
Gabriel!<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<br />
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Dq4qxhFFQ_I" width="560"></iframe>
</center>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-18205261.post-75296939859685437322019-11-20T11:26:00.002+00:002019-11-20T11:26:52.713+00:00GERIR AS EMOÇÕES DEPOIS DE UMA TRAIÇÃO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI_QYLFOvGdtuHddl4Z59t1r7iv9t4gf79by8ZQMhN5PQqu9qCX92PJJkmr5dmyyAXQSCkVE9pYoFd3cKma9nNu3AdIa09olOrV1PTmP0fr4f5q9ZCvNgNLi4rKGS4OvxQOT0Qtw/s1600/Emo%25C3%25A7%25C3%25B5es+depois+de+uma+trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Emoções depois de uma traição" border="0" data-original-height="300" data-original-width="800" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhI_QYLFOvGdtuHddl4Z59t1r7iv9t4gf79by8ZQMhN5PQqu9qCX92PJJkmr5dmyyAXQSCkVE9pYoFd3cKma9nNu3AdIa09olOrV1PTmP0fr4f5q9ZCvNgNLi4rKGS4OvxQOT0Qtw/s1600/Emo%25C3%25A7%25C3%25B5es+depois+de+uma+trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+1.png" title="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que um casal pode
recuperar de uma infidelidade? Que passos é preciso dar para reconstruir a
relação? Como é que se gere o turbilhão de emoções que estão associadas a uma
traição?</span></b></h2>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Trabalho quase todos os dias com
casais que estão a tentar reconstruir a relação depois da revelação da traição.
Na maioria das vezes, são pessoas que estão em grande sofrimento, mesmo quando
a situação já aconteceu há alguns meses. Assumiram que, apesar do que
aconteceu, têm a intenção de continuar juntos, mas o dia-a-dia acaba por ser
(ainda) mais difícil do que esperavam e acabam invariavelmente por dar por si
em círculos viciosos.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Hoje escrevo sobre os passos que
devem ser dados por quem tenha genuinamente a intenção de salvar a relação
depois de uma infidelidade.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<center>
<iframe allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/OE9Gja_4FBo" width="560"></iframe>
</center>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b>
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Salvar a relação depois da
infidelidade</span></b></h3>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Não há volta a dar: só há
confiança na medida em que sintamos de forma clara, inequívoca, que a pessoa
que está ao nosso lado se preocupa genuinamente connosco, com os nossos
sentimentos. Quando a confiança é quebrada na sequência de uma traição, é
essencial que a pessoa que traiu seja capaz de mostrar o seu arrependimento
genuíno e assuma uma postura paciente – e não defensiva – em relação ao(à)
companheiro(a).<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW6NvJ3iCrLYoU2xQBuxs0N5uM-p_LzoLm1iayJlvj0oAhScsaIIoso1P2A7VJSeOe4Mv41Zde0EYgCHUShF8yoxMhyLYE_FVU8eE0akL4UhmkSvdkUnbFhJUcYf29-4YRA2eluw/s1600/Emo%25C3%25A7%25C3%25B5es+depois+de+uma+trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Quando alguém descobre que a pessoa que ama foi infiel, é como se toda a realidade se desmoronasse." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW6NvJ3iCrLYoU2xQBuxs0N5uM-p_LzoLm1iayJlvj0oAhScsaIIoso1P2A7VJSeOe4Mv41Zde0EYgCHUShF8yoxMhyLYE_FVU8eE0akL4UhmkSvdkUnbFhJUcYf29-4YRA2eluw/s1600/Emo%25C3%25A7%25C3%25B5es+depois+de+uma+trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+2.png" title="" /></a></div>
<br />
<span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">De repente, a pessoa dá por si a
colocar tudo em causa, inclusive os valores morais do(a) companheiro(a): «Quem
é esta pessoa que está ao meu lado? Quais são os seus valores?».<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ5Lr2pfLD70dXV4kC_hoUXHKRXxeJtfQQkcyaclcHfQ2xDM2ReNLbaqFX-rIp76JhYv5RdRlNTwpSWdTf2Uc0MNuCf677SLm0-YL2FgnpVOzdnOJtDt8XBCwUtrVU7DZXaDzjkA/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ5Lr2pfLD70dXV4kC_hoUXHKRXxeJtfQQkcyaclcHfQ2xDM2ReNLbaqFX-rIp76JhYv5RdRlNTwpSWdTf2Uc0MNuCf677SLm0-YL2FgnpVOzdnOJtDt8XBCwUtrVU7DZXaDzjkA/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Se, de alguma
maneira, a pessoa que traiu tentar</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">atirar a responsabilidade para cima da outra
com</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">frases como «Foste tu que me abandonaste», «Tu</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">não </span><span style="font-family: inherit; font-size: large;">me davas atenção» ou «A
culpa também é tua»,</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">é menos provável que o casal consiga conectar-se</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">e salvar
a relação.</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1X5hUrcxvYZgezdS3quXk0MFuPE9CZ46AoZw6Jkk27Vk30JicnOX2v4eQCpKQUd267dKAaGsP4Z9bYvH9FarQiqHeua08yAoG94Qlxmz9Z4gYndG5TubTMzswmA-7bEq-azCGLA/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1X5hUrcxvYZgezdS3quXk0MFuPE9CZ46AoZw6Jkk27Vk30JicnOX2v4eQCpKQUd267dKAaGsP4Z9bYvH9FarQiqHeua08yAoG94Qlxmz9Z4gYndG5TubTMzswmA-7bEq-azCGLA/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Na prática, e mesmo quando há
claramente amor entre duas pessoas, a infidelidade traz uma grande
ambivalência. Por um lado, a pessoa que foi traída ama o(a) companheiro(a) e
tem vontade que ele(a) o(a) abrace, que esteja ali bem perto e, por outro, há
alturas em que a única coisa que deseja é que ele(a) se afaste. É normal e é
muito importante que a pessoa que traiu consiga ter paciência para estas mudanças
de humor, que são mais uma consequência do trauma vivido.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<h3 style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">Passos para salvar a relação
depois da traição</span></b></h3>
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">#1: Assumir a responsabilidade</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">A honestidade é essencial para
que a pessoa traída possa escolher perdoar e reconstruir a relação. É evidente
que não é fácil falar sobre o que aconteceu, muito menos dar resposta a todas
as perguntas que a pessoa traída tem normalmente para fazer. Às vezes pode ser
mesmo muito cansativo. Afinal, a pessoa que traiu está arrependida, sente-se
culpada e envergonhada pelo próprio comportamento e só quer seguir em frente
sem voltar a falar no assunto. Mas a minha experiência (e a literatura nesta
área) mostra-me que <b>é muito mais fácil reconstruir a relação quando a pessoa
que traiu está genuinamente disponível para esclarecer todas as dúvidas</b> –
quando é que a relação começou, como é que terminou, quantos encontros houve,
do que é que costumavam falar, etc. Há uma exceção: <b>não há nada de positivo
em partilhar detalhes sobre a intimidade sexual.</b> Mesmo que haja muita
curiosidade em relação ao assunto, esta partilha vai certamente acicatar a
ferida e atrasar o restabelecimento da confiança.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">#2: Transparência<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O restabelecimento da confiança
não depende apenas do esclarecimento de dúvidas em relação ao passado. É
fundamental que haja um compromisso em relação à transparência no presente (e
no futuro).<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyujm6rPlJ60MSj2Mqt3911DOs6Gbq_EBw8TZCuofJl4ObKZGXsFdhgOQTIt_gMa3my4CyeAU6QaVyQlyBtcurf3VpzG5gCnuBGM6votSEPxGaQ6FMqnfSlR-iHOwPFYMsAyf94w/s1600/Emo%25C3%25A7%25C3%25B5es+depois+de+uma+trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Os compromissos devem ser construídos a dois e, durante algum tempo, é natural que a pessoa traída necessite de “provas” de que o(a) companheiro(a) está a dizer a verdade." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyujm6rPlJ60MSj2Mqt3911DOs6Gbq_EBw8TZCuofJl4ObKZGXsFdhgOQTIt_gMa3my4CyeAU6QaVyQlyBtcurf3VpzG5gCnuBGM6votSEPxGaQ6FMqnfSlR-iHOwPFYMsAyf94w/s1600/Emo%25C3%25A7%25C3%25B5es+depois+de+uma+trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+3.png" title="" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<span style="color: red;"><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Isso pode passar por mostrar
mensagens no telemóvel ou colocar algumas conversas em alta voz. Não é
desejável que a partir daqui haja qualquer tipo de subjugação por parte da
pessoa que traiu. <b>A infidelidade não dá o direito à pessoa traída de passar
a controlar a vida do(a) companheiro(a).</b> Mas, numa fase inicial é mesmo
muito importante que os membros do casal conversem sobre aquilo que pode ser
feito para que a pessoa traída se sinta segura de que a outra está a dizer a
verdade.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">As coisas tornam-se quase sempre
mais complicadas quando a infidelidade acontece entre colegas de trabalho e o
contacto com a terceira pessoa continua a existir. Não há regras universais que
sirvam para todos os casais. Aquilo que importa é que haja abertura para que o
casal converse sobre aquilo que um pode fazer para devolver a segurança ao
outro (sem desrespeitar os próprios sentimentos e as próprias necessidades).<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando colocamos a pergunta «O
que é que é mais importante para mim AGORA?» é mais provável que o caminho se
torne claro e que saibamos aquilo que podemos fazer para salvar a relação.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">#3: Entender o que aconteceu<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">É importante que os membros do
casal conversem sobre o que aconteceu à relação antes da infidelidade – sem que
esta reflexão implique, em circunstância nenhuma, responsabilizar a pessoa
traída pelo ato da traição.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiILLMX-H0MwxJRaITIvLda50lI4x__dTkU96WSibF45KqoLmKjHOh6QxHGyLqOafZjgqO9fR0jC2ppX7GgXBg8iBObxa7UD6mQ3_gum0P0e4l-Q6XCu-T89tdgbeU4wlR2uvupEQ/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiILLMX-H0MwxJRaITIvLda50lI4x__dTkU96WSibF45KqoLmKjHOh6QxHGyLqOafZjgqO9fR0jC2ppX7GgXBg8iBObxa7UD6mQ3_gum0P0e4l-Q6XCu-T89tdgbeU4wlR2uvupEQ/s1600/In%25C3%25ADcio+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como estava a
relação?</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que cada um se sentia até ali?</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Como é que as necessidades de
cada um estavam</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">a ser manifestadas?</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que é que permitiu que a pessoa que traiu</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">deixasse de contar com o(a) companheiro(a) para</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">dar resposta às suas
necessidades?</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O que é que abriu espaço para a sedução?<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0AxUNu3-7KGtMWwyOuBQNwPmL-3cxfXvN9-5uy5kPcwQgKd7NGNHD67gG8fTAzwAPd6_QKnvcs5jq1sBdcC8wZPFwl8KZ0q1yA7_2i6V44ixbaSyocZb4dwP9fUzkYg8REvtjnA/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="74" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0AxUNu3-7KGtMWwyOuBQNwPmL-3cxfXvN9-5uy5kPcwQgKd7NGNHD67gG8fTAzwAPd6_QKnvcs5jq1sBdcC8wZPFwl8KZ0q1yA7_2i6V44ixbaSyocZb4dwP9fUzkYg8REvtjnA/s1600/Fim+de+cita%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Esta reflexão, que normalmente
leva tempo a ser feita, é essencial para ambos possam implementar as mudanças
que imunizem a relação em relação à ocorrência de novas traições.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">#4: Definir a intenção para a
relação<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Às vezes, a pessoa traída tem
tanta “pressa” em salvar a relação que se esquece de prestar atenção às
intenções do(a) companheiro(a), àquilo que o(a) leva a estar de volta. Fá-lo-á
pelas razões certas? Por se sentir pressionado(a) ou envergonhado(a)? Por medo
de perder a família? <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU7FhIk6sN-HjonWv3bY0ygV8Nb_8FcJgCAcRR89P6HoZOreoDRNbgXBtgqnbjC6y8hP9vO2kPTuViEIYRQqWejR3UJZ5tUrsAhixDLd1Q3uik26S3YKifG8NFMSASCtHKzqye_w/s1600/Emo%25C3%25A7%25C3%25B5es+depois+de+uma+trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Mais do que prestar atenção ao que a outra pessoa diz ou faz, é importante prestar atenção ao que ela não diz." border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU7FhIk6sN-HjonWv3bY0ygV8Nb_8FcJgCAcRR89P6HoZOreoDRNbgXBtgqnbjC6y8hP9vO2kPTuViEIYRQqWejR3UJZ5tUrsAhixDLd1Q3uik26S3YKifG8NFMSASCtHKzqye_w/s1600/Emo%25C3%25A7%25C3%25B5es+depois+de+uma+trai%25C3%25A7%25C3%25A3o+4.png" title="" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Se a pessoa que traiu não for
capaz de dizer coisas como «Eu amo-te», «É de ti que eu gosto» ou «É contigo
que eu quero ficar», é menos provável que a confiança seja reconstruída e que a
relação perdure.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;">#5: Começar a perdoar<o:p></o:p></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">Quando os membros do casal são
capazes de conversar abertamente sobre o que aconteceu, sobre os seus sentimentos
e sobre as suas intenções em relação à relação, é mais provável que a pessoa
traída se sinta pronta para voltar a investir na relação. Mas isso não
significa que a partir daí tudo corra maravilhosamente. <b>É muito provável que
haja avanços e recuos</b>, que haja alguns equívocos de comunicação, algumas
explosões e vários momentos de desconexão. Aquilo que importa é que ambos
mantenham o compromisso de voltar aos episódios geradores de tensão com a
genuína intenção de falar com abertura sobre o que cada um sente e aquilo de
que cada um precisa.</span></div>
Cláudia Moraishttp://www.blogger.com/profile/05301781279560120906noreply@blogger.com