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20.4.07

ÁLCOOL EM PORTUGAL

Bebia quase sempre em excesso. Até cair para o lado. Chamavam-no de alcoólico. Ele negava. Até tinha “provas” em contrário: depois de cada noitada, conseguia pegar no carro e chegar a casa. E no dia seguinte – mal ou bem – lá ia trabalhar.

Certa manhã tudo mudou. Na noite anterior tinha bebido, como de costume. Não se lembra do que fez, nem tão pouco de como chegou a casa. Ao sair para o trabalho, reparou que o pára-choques do seu carro estava coberto de sangue. Teria atropelado um animal fugidio? Tê-lo-ia matado? Ou teria sido uma pessoa? E em que estado teria ficado? Será que morr…? Que inferno!!!

A dúvida matou-lhe a vontade de beber. Procurou ajuda. Não voltou a tocar numa gota.

Um estudo do Conselho Europeu de Segurança nos Transportes revela que Portugal é um dos países que falham na identificação do número de vítimas / acidentes provocados pelo álcool nas estradas.

A notícia talvez tenha passado despercebida à generalidade da população. Aos meus olhos, esta é uma informação que tem tanto de estranho como de grave. Cerca de 10% da população portuguesa consome álcool de forma abusiva, provocando sérios problemas psicossociais. No entanto, as consequências deste problema parecem, ainda, pouco significativas na nossa sociedade.

Enquanto não houver uma abordagem rigorosa por parte das autoridades centrais, dificilmente se conseguirá mudar mentalidades.

Não me canso de “gritar” que o alcoolismo é uma doença grave que provoca vítimas, algumas mortais, algumas absolutamente indefesas.
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