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9.3.09

CRISE FINANCEIRA E DEPRESSÃO NA FAMÍLIA



O povo diz que “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão” e o ditado é hoje mais pertinente do que nunca. O aparecimento de um número cada vez maior de “novos pobres” tem levantado questões importantes, como o impacto da crise financeira nos níveis de criminalidade ou a relação entre desemprego e saúde mental. 

As dificuldades financeiras têm um profundo impacto no bem-estar psicológico da família, aumentando a ocorrência de transtornos depressivos. Este impacto é ainda maior entre crianças e adolescentes, ao contrário do que muitos esperariam. De facto, as crianças cujas famílias enfrentam graves adversidades socioeconómicas sofrem consequências que se arrastam ao longo da adolescência e que podem comprometer a aquisição de competências para a idade adulta. Há um padrão que tende a ser transmitido de geração para geração, ou seja, quando estas crianças atingem a idade adulta acabam por enfrentar também sérias dificuldades socioeconómicas.

O aparecimento de sintomas depressivos na adolescência aumenta a probabilidade de ocorrência de comportamentos desordeiros, reduzindo as probabilidades de sucesso. Um adolescente deprimido em função dos níveis de pobreza da sua família tem maior probabilidade de piorar o seu desempenho escolar e cair no desemprego. Além disso, os sintomas depressivos e os comportamentos disfuncionais contribuem para o empobrecimento das relações familiares e sociais.

Os jovens oriundos de famílias com sérias dificuldades financeiras estão particularmente vulneráveis a ciclos viciosos que comprometem a sua saúde mental e que eternizam a pobreza e a adversidade. Importa, por isso, que estejamos todos atentos e que saibamos estender a mão/ apoiar/ aconselhar todas as crianças e adolescentes nestas circunstâncias, mesmo antes de alguém nos pedir.

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