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25.10.05

QUANDO É QUE É IMPORTANTE METER A COLHER?

TEXTOS PARA O BLOG

A minha colaboração com a imprensa permitiu-me, entre outras coisas, reunir uma série de FAQ’s (Frequently Asked Questions). Uma dessas perguntas é: “Quando é que um casal deve recorrer à terapia conjugal?”.

Esta dúvida é ainda mais pertinente se a enquadrarmos no contexto sócio-cultural em que vivemos. Habituamo-nos desde cedo a ouvir frases do tipo “Entre marido e mulher não se mete a colher”, o que leva a que algumas pessoas se sintam resistentes a este tipo de ajuda.

Por outro lado, existem dúvidas legítimas quanto ao campo de intervenção de um terapeuta familiar/ conjugal.

A “metáfora das dores de cabeça” ajuda a perceber a resposta a estas dúvidas: quando sentimos dores de cabeça, não vamos a correr para o consultório do médico de família. A verdade é que ao longo da nossa vida nos habituámos a conhecer o nosso corpo e aprendemos a responder eficazmente a este tipo de estímulos. Assim, o mais provável é que tomemos um analgésico e que a dor passe. No entanto, se as dores se intensificarem, se forem resistentes aos medicamentos, e/ou se se associarem a outros sintomas, a nossa resposta habitual deixa de ser útil e passa a ser necessário recorrer à ajuda especializada.


É exactamente isso que deveria ocorrer aquando do aparecimento das dificuldades conjugais e/ou familiares. De facto, ninguém deve ir a correr para o consultório do psicólogo por causa de uma discussão mais acesa. Felizmente, os casais aprendem, ao longo do ciclo de vida, a desenvolver estratégias eficazes para lidar com os momentos de tensão. Mais: esses conflitos são indispensáveis à evolução da relação. No entanto, a partir do momento em que os membros do casal se sentem incapazes de resolver sozinhos os seus problemas, não devem ter vergonha de pedir ajuda especializada.


Tal como acontece com a Medicina, também na Psicologia o tempo é importante. Assim, quanto maior for a resistência do casal ao pedido de ajuda, maior é a probabilidade de os seus problemas se agudizarem e de os ciclos viciosos se enraizarem.


É por isso que um dos capítulos do meu livro “Sobreviver à Crise Conjugal” se chama “Faça algo de extraordinário… Peça Ajuda!”.

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