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28.4.06

ASSERTIVIDADE CONJUGAL


Numa relação amorosa é importante que as pessoas consigam comunicar eficazmente. E isso só é possível se os membros do casal estiverem aptos a utilizar determinadas habilidades sociais, como a assertividade e a resolução de problemas.

Embora esteja cada vez mais difundida, a assertividade continua a não fazer parte do léxico de muitos portugueses. Importa, por isso, defini-la:

Assertividade [conjugal] é a expressão directa, honesta e clara de sentimentos, pensamentos, necessidades e opiniões, sem ferir, humilhar ou faltar ao respeito de forma intencional [ao cônjuge].

Embora possamos dizer que existem pessoas mais assertivas do que outras, importa, desde já, salientar que ninguém é sempre assertivo. No entanto, a capacidade de implementar comportamentos assertivos constitui uma grande vantagem para atingir o sucesso no plano conjugal. Assim, os casais mais felizes são aqueles que mais desenvolveram esta habilidade e que a usam na maior parte das suas interacções.

Como referi atrás, o comportamento assertivo implica honestidade e clareza. No entanto, a assertividade não pode ser confundida com a frontalidade a qualquer preço. A segunda postura é mais agressiva, hostil e violadora dos sentimentos do interlocutor.

Por outro lado, para que um comportamento seja classificado de assertivo, é importante que a honestidade não seja acompanhada de grandes níveis de ansiedade. Isto é, os membros do casal devem ser capazes de expor pensamentos, opiniões ou necessidades sem experimentar angústia.

Assim, uma pessoa assertiva deve ser capaz de:

- Expressar as suas opiniões, mesmo que estas sejam diferentes das do cônjuge. Ao fazê-lo, não deverá sentir-se nervosa. Uma pessoa assertiva reconhece o direito à igualdade, pelo que lida de forma eficaz com a diferença de opiniões. Reconhece que a assertividade é a forma mais eficaz de encontrar consensos ou, simplesmente, aceitar as diferenças.

- Dizer não a um pedido do cônjuge, desde que o considere injusto. Amar alguém não deve implicar o recurso a comportamentos submissos. A capacidade de dizer não, acompanhada de uma justificação legítima, não abala o romance. Pelo contrário, impede que os membros do casal acumulem frustrações ou se anulem na relação conjugal.

- Receber e fazer elogios. Uma pessoa assertiva reconhece a importância dos elogios, pelo que não perde uma oportunidade para valorizar os comportamentos positivos do cônjuge. Não se centra apenas nos erros do companheiro, pelo que promove a sua auto-estima. Demonstra, assim, a capacidade para observar os erros mas também os bons actos.

- Fazer comentários negativos legítimos. Há muitas formas de criticar – algumas mais construtivas do que outras. Uma pessoa assertiva não tem medo de criticar o seu cônjuge, pois fá-lo sem qualquer tipo de humilhações. A hostilidade é substituída pela capacidade de criticar um erro específico, acompanhada pelo reconhecimento dos esforços já efectuados pelo cônjuge.

Quando uma pessoa não é capaz de ser assertiva, recorre a um de três tipos de comportamentos: passivo, agressivo ou manipulativo. Mas sobre isso “falaremos” outro dia…
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