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27.10.09

PROBLEMAS GASTROINTESTINAIS ASSOCIADOS AO STRESS NO TRABALHO



São amplamente conhecidas as repercussões físicas dos estados ansiosos. De resto, para muitas pessoas, o nervosismo está directamente associado a sintomas físicos, como dor de cabeça, dor de barriga, taquicardia, tonturas, alterações de apetite e problemas relacionados com o sono. Mas se para um profissional treinado pode ser relativamente fácil despistar a origem destes sintomas, a verdade é que, para o próprio doente a associação nem sempre é evidente. Por exemplo, há pessoas que passam anos a queixar-se de dores musculares, oscilando de terapêutica em terapêutica, sem perceberem que a origem do problema pode estar relacionada com os níveis de stress. O que acontece é que, sem mudanças comportamentais, os sintomas dificilmente desaparecem.



Um dos quadros mais comummente associados aos transtornos de ansiedade diz respeito às alterações gastrointestinais – que podem incluir diarreia, síndrome do cólon irritável, obstipação, dispepsia (dor ou mal-estar no abdómen), azia, etc. Dois estudos recentes vieram reforçar esta associação, demonstrando que as pessoas que estão expostas a níveis elevados de stress (neste caso em contexto profissional) tendem a sofrer destas patologias. Mais: estas perturbações gastrointestinais prolongam-se no tempo, podendo transformar-se em doenças crónicas.



Numa das pesquisas, levada a cabo em contexto militar, os investigadores concluíram que os soldados que tinham estado envolvidos em operações de combate tinham uma probabilidade seis vezes maior de sofrer de diarreia crónica e quatro vezes maior de sofrer de síndrome do cólon irritável.



Noutro estudo, que envolveu trabalhadores envolvidos na limpeza da zona do World Trade Center, foi encontrada uma elevada prevalência da doença de refluxo gastro-esofágico (marcada pela sensação da volta do conteúdo estomacal no sentido da boca, sem enjoo ou vómito, frequentemente associada a azia ou amargor), bem como de alterações à saúde mental, concretamente ansiedade, depressão e perturbação pós stress traumático. Note-se que, neste caso, estamos a falar de pessoas que estiveram envolvidas num processo de limpeza que teve início há 8 anos, e cujas consequências nefastas se prolongam até hoje.



É evidente que o tratamento destas patologias depende do diagnóstico das perturbações do foro emocional.
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