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2.10.12

TRATAMENTO PARA INSÓNIAS


As perturbações do sono constituem um dos principais motivos por que muitos portugueses tomam ansiolíticos (calmantes). Como tenho referido por aqui, a insónia é muitas vezes, mais do que um problema, uma das manifestações de um problema mais sério – um transtorno depressivo ou ansioso. Independentemente daquilo que está por detrás desta perturbação do sono, uma coisa é certa:

A medicação ansiolítica NÃO é
tão eficaz no tratamento das insónias
quanto o é a psicoterapia, nomeadamente
as técnicas cognitivo-comportamentais.

É isso mesmo que demonstra um estudo recente desenvolvido no Reino Unido.

Quando um paciente pede ajuda terapêutica para tratar as insónias, há alguns passos específicos que permitem que o sucesso seja alcançado:

- INFORMAÇÃO. Como em quase tudo na vida, ter informação implica ter poder. É na medida em que o paciente seja informado sobre aquilo que condiciona – pela positiva e pela negativa – o nosso sono que começa a perceber que tem, efetivamente, algum poder sobre o seu problema.

- HIGIENE DO SONO. Como já tive oportunidade de explicar, há hábitos que favorecem a existência de padrões de sono saudáveis e há hábitos que, ainda que possam ser associados ao decréscimo do stress, produzem exatamente o efeito contrário. Ser capaz de mudar esses hábitos implica ter efetivo controlo sobre um problema que, a prazo, se torna potencialmente incapacitante.

- MONITORIZAÇÃO DOS PRÓPRIOS HÁBITOS. Os esforços avulsos dificilmente produzirão mudanças significativas, pelo que é importante que o paciente monitorize, por escrito, as suas tentativas para colocar em prática hábitos de sono saudáveis.

- MONITORIZAÇÃO DOS PENSAMENTOS. A ansiedade a que as insónias tantas vezes estão ligadas está quase sempre associada a pensamentos automáticos negativos. É na medida em que esses pensamentos sejam identificados e substituídos, através da terapia (reestruturação cognitiva) por pensamentos razoáveis que, por sua vez, darão lugar a níveis significativos de bem-estar.

- INFORMAÇÃO SOBRE A MEDICAÇÃO. Muitos portugueses tomam medicamentos em relação aos quais pouco ou nada sabem e isso é particularmente visível no que diz respeito à medicação ansiolítica e antidepressiva. Dentre outras questões, importa que o paciente tenha consciência de que os vulgares calmantes têm uma efeito aditivo, causando habituação, e de curta duração (ao fim de relativamente pouco tempo passam a ser necessárias doses mais elevadas para que o paciente consiga dormir).

Independentemente destes passos,
um processo psicoterapêutico consegue
aquilo que nenhum medicamento pode prover:
um olhar atento e abrangente sobre
as causas desta dificuldade e uma
resposta específica, ajustada a cada pessoa.
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