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11.1.17

5 SEGREDOS DOS CASAIS FELIZES (E OS 5 ERROS QUE ELES NÃO COMETEM)


Quando escrevi o livro “OS 25 Hábitos dos Casais Felizes”, dividi-o em 5 partes. São 5 áreas da vida a dois que, segundo a ciência, nos ajudam a perceber em que circunstâncias é que uma relação tem maior probabilidade de dar certo.

O que é que os casais felizes fazem pela relação? E o que é que não fazem?

O QUE ELES FAZEM:
DESEJAR A FELICIDADE DO OUTRO

Amar alguém é fácil. Difícil é prestar muita atenção aos seus desejos, às suas vontades e sair da nossa zona de conforto só para que essa pessoa seja feliz. No princípio, condicionados pela ativação fisiológica da paixão e pelo medo da perda, fazemos este mundo e o outro para agradar à pessoa de quem gostamos. Mas à medida que o tempo passa e nos sentimos mais seguros é mais fácil centrarmo-nos em nós, nos nossos objetivos e tentarmos que a pessoa que está ao nosso lado se vá adaptando aos nossos sonhos.



É preciso ceder, abdicar e lutar por aquilo que traz felicidade à pessoa amada.

O QUE ELES NÃO FAZEM:
TENTAR MUDAR O OUTRO

«Gosto de ti mas…» não chega. «Gosto de ti mas gostava de mudar quase tudo» é meio caminho para o insucesso. Quando escolhemos alguém para estar ao nosso lado, escolhemos um “pacote de defeitos”, um conjunto de hábitos e características enervantes com que sabemos que vamos conseguir viver. E esperamos que a pessoa que amamos nos aceite tal como somos… com todas as nossas imperfeições. É legítimo que nos queixemos de alguns hábitos e é saudável que assumamos algumas mudanças em nome de um bem maior, o nosso amor. Mas se der por si a querer que a pessoa de quem gosta mude uma série de coisas, é melhor parar para refletir. Querer moldar a pessoa que está ao seu lado (e inundá-la) de queixas é frustrante, infrutífero e gerador de muito desgaste.

O QUE ELES FAZEM:
TOCAM-SE COM FREQUÊNCIA

Gostar do interior de uma pessoa não chega. Para que uma relação dê certo, é preciso gostar daquilo que os olhos veem, é preciso que haja atração física e é preciso que o amor se manifeste sob a forma de gestos.

Beijam-se, acarinham e apalpam-se com regularidade. Às vezes de forma ternurenta, outras vezes de forma apaixonada. Às vezes um beijo é um beijo. Noutras alturas um beijo é o princípio da intimidade sexual. Os casais felizes não estão sempre em sintonia – são pessoas de carne e osso, não são personagens de ficção – mas estão muitas vezes atentos ao outro e mostram-no através do toque.

O QUE ELES NÃO FAZEM:
DESPREZAR AS TENTATIVAS DE APROXIMAÇÃO

Poucas coisas doem mais do que a rejeição. Quando mostramos o nosso amor, esperamos que a pessoa de quem gostamos retribua. Se, em vez disso, ela nos der um “chega p’ra lá”, é natural que nos sintamos magoados. Se isso acontecer depois de uma discussão, a sensação de humilhação e desamparo é ainda maior. Não é fácil aceitar um beijo ou um abraço quando (ainda) estamos magoados. Mas é ainda mais difícil colocar o orgulho de lado, tentar fazer as pazes e sentir o peso da rejeição. Andar de mãos dadas ou trocar um beijo depois de uma zanga não é dizer «Tens razão». É dizer «O nosso amor é mais importante do que qualquer zanga».

O QUE ELES FAZEM:
CONVERSAR DIARIAMENTE

Quer façam duas ou três consultas, quer façam dez, todos os casais com quem trabalho aprendem a reconhecer a importância de se manterem ligados através do ritual diário das conversas a dois. Estas atualizações de final de dia funcionam mais ou menos como as atualizações de software dos nossos telemóveis e computadores: são essenciais para que tudo funcione. Os casais felizes não estão sempre a conversar sobre a sua relação. Não fazem planos diários sobre o romantismo do relacionamento. Na maior parte dos dias as conversas são bem mundanas. Dar importância ao que o outro diz, ao que mexeu com ele num determinado dia, também é dizer «Gosto de ti. Preocupo-me contigo».

O QUE ELES NÃO FAZEM:
IGNORAR O OUTRO

É cada vez mais fácil fixarmo-nos nos iPhones e afins ao mesmo tempo que verbalizamos «Podes falar. Estou a prestar atenção». Imagino como seria ir a uma consulta de Psicologia e encontrar um terapeuta vidrado no seu smartphone. Os casais felizes não desligam a televisão e o wifi todas as noites. Têm telemóveis e colecionam instantes de alguma desconexão. MAS reconhecem a importância de prestar atenção ao que o outro diz, sabem que há alturas em que é preciso conversar olhos nos olhos e não passam dia nenhum sem que isso aconteça.

O QUE ELES FAZEM:
ZANGAR-SE

Já há poucas pessoas que acreditem que é possível construir uma relação sem zangas. De uma maneira geral, quase toda a gente sabe que o conflito faz parte das relações mais íntimas. O que pode ser difícil é perceber que há formas mais inteligentes de discutir do que outras. As zangas são uma parte importante de uma relação a dois – elas mostram intimidade e, de uma maneira geral, são oportunidades de crescimento a dois. Os casais felizes zangam-se porque se expõem na medida certa sem que isso implique desrespeito ou violência. Mas também sabem fazer as pazes e escolher as batalhas a travar. Isso significa, por exemplo, que sabem tolerar e que não discutem por tudo e por nada.

O QUE ELES NÃO FAZEM:
DISCUTIR DE FORMA PERIGOSA

Há alguns anos o professor John Gottman identificou aquilo que ficou conhecido como os 4 CAVALEIROS DO APOCALÍPSE, isto é, os 4 erros que rapidamente podem levar um casal à separação:


Amuar. (Quase) toda a gente já amuou. O amuo é um sinal de tristeza, de desapontamento. Mas também é um castigo para a pessoa que está ao nosso lado. Não é por acaso que lhe chamo o “tratamento do silêncio”.



Desprezar. Poucos sinais dizem tanto sobre o afastamento de duas pessoas como o revirar de olhos. Quando um dos membros do casal sente (e mostra) desprezo pelo outro, esse é um sinal de alarme. Desconsiderar os sentimentos e os interesses da pessoa que está ao nosso lado não é amá-la verdadeiramente.

Arranque ríspido. A expressão “ferver em pouca água” é aquela que melhor descreve este hábito. Se uma pessoa mal abre a boca e leva imediatamente com a fúria da outra, o mais provável é que se sinta atacada, diminuída, desamparada. Às vezes é importante parar para ser capaz de fazer uma queixa sem que o outro seja maltratado.

Hipercrítica. Os casais felizes queixam-se… de vez em quando. Não apontam todos os erros, não agarram todas as oportunidades para emendar aquilo que acham que está errado. Inundar a pessoa que está ao nosso lado de críticas é centrarmo-nos apenas nos nossos interesses. E isso tem muito pouco a ver com uma relação feliz.

O QUE ELES FAZEM:
CONSTRUIR UM “NÓS”

Viver um dia de cada vez, sem rumo definido, pode ser aliciante. Mas, de uma maneira geral, ao fim de algum tempo sentimo-nos fartos, desnorteados. A maior parte das pessoas sentem-se indiscutivelmente mais felizes (e seguras) se existir um rumo. Numa relação é muito importante que, a par dos sonhos e da individualidade de cada um, haja objetivos a dois. A existência de um projeto a dois – que pode incluir filhos, viagens, desenvolvimento espiritual ou quaisquer outras metas – traz a sensação de pertença. No dia-a-dia os casais felizes alimentam o “Nós” em pequenos gestos – através de cedências, da partilha de bens materiais e de rituais familiares.

O QUE ELES NÃO FAZEM:
OLHAR PARA O OUTRO COMO UM PERSONAGEM

É muito fácil fechar os olhos e sonhar. Imaginarmo-nos no sítio X, ao lado da pessoa de quem gostamos, dar nome aos filhos que gostaríamos de ter, decorar mentalmente a casa dos nossos sonhos e por aí fora. E a outra pessoa? Que sonhos tem? Onde gostaria de viver? Que viagens gostaria de fazer? Que nome gostaria de dar aos filhos? Construir mentalmente um filme perfeito em que a pessoa de quem gostamos é apenas um personagem é meio caminho para que ela se sinta desconsiderada. Para que uma relação dê certo, é preciso prestar muita atenção, é preciso ceder. É preciso “perder” de vez em quando para que se possa ganhar.

Ainda não tem o livro OS 25 HÁBITOS DOS CASAIS FELIZES?

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