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29.8.11

O COMPORTAMENTO DOS PAIS E A ANSIEDADE DAS CRIANÇAS

No que diz respeito à educação das crianças, as famílias numerosas estão quase sempre em vantagem, na medida em que da diversidade associada à personalidade de cada criança resulta a assunção daquilo que qualquer psicólogo sabe: aquilo que funciona com uma criança pode não funcionar com um(a) irmã(o). Quem tem mais do que um filho enfrenta o desafio constante de definir estratégias que permitam que cada criança cresça com autonomia suficiente, sem medos, birras ou comportamentos que traduzam aquilo a que vulgarmente chamamos de má-educação.

Mas, afinal, que estilos de educação / parentalidade é que funcionam melhor com cada criança? Um estudo realizado por psicólogos americanos e divulgado recentemente dá-nos algumas pistas sobre a necessária adaptação dos pais à personalidade de cada criança. O que esta investigação que durou 3 anos mostra é que quando esta adaptação é feita de forma ajustada os níveis de ansiedade e depressão em crianças em idade escolar baixa para metade. Pelo contrário, a dificuldade dos pais em adaptar-se à personalidade dos seus filhos duplica o risco de aparecimento destes transtornos.

As principais conclusões dos investigadores foram:

  • As crianças que controlam melhor as próprias emoções e comportamentos têm menos sintomas de ansiedade e depressão em comparação com as outras, independentemente do estilo parental.
  • Quando os filhos são capazes de controlar as emoções e acções mas os pais usam níveis elevados de controlo ou dão pouca autonomia, as crianças mostram níveis mais elevados de depressão e ansiedade.
  • As crianças que não mostram este autocontrolo apresentam menos ansiedade quando as mães impõem regras mais estruturadas e menos autonomia.
  • As crianças que não mostram este autocontrolo mostram duas vezes mais ansiedade quando as mães exercem pouco controlo.


Em suma, aquilo que o estudo mostra é que para algumas crianças, em particular aquelas que têm dificuldade em regular as próprias emoções, é importante dar mais ajuda; mas para as crianças que têm níveis elevados de autocontrolo, demasiado controlo parental pode levar a mais ansiedade e depressão.
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