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3.10.19

COMO CONSTRUIR RELAÇÕES SAUDÁVEIS


Como construir relações saudáveis

O que é que é preciso para construir uma relação saudável? Que competências são importantes para que uma relação continue a dar certo?


Ter uma relação que funcione e que nos faça felizes não depende só de um fator. Primeiro, é preciso que cada um de nós saiba exatamente aquilo de que precisa para ser feliz, depois é preciso escolher a pessoa certa e, quando a encontramos, há competências que são essenciais para que a relação continue a dar certo. Hoje escrevo sobre essas competências.




#1: AUTOCONHECIMENTO E CONHECIMENTO DO OUTRO


Para que uma relação possa dar certo, é fundamental que façamos uma boa ideia de quem somos e do que queremos de uma relação. Só se houver esse autoconhecimento é que vamos ser capazes de dar voz às nossas necessidades. Por outro lado, é essencial que procuremos conhecer muito bem a pessoa que amamos.

Conhecer-se bem e conhecer a pessoa que está ao seu lado é essencial para que você faça escolhas mais conscientes no dia-a-dia. Por exemplo, se você sabe que a pessoa que ama é mais ansiosa, esse conhecimento é essencial para que você faça a escolha de não enviar uma mensagem sobre um assunto sensível a meio do dia, preferindo conversar sobre isso olhos nos olhos no regresso a casa.

#2: RECIPROCIDADE


A reciprocidade é a capacidade para reconhecer que, numa relação, ambos têm necessidades e, às vezes, as necessidades de um são diferentes das do outro (mas igualmente válidas). É a capacidade de se importar de forma genuína com o que o outro sente e com aquilo de que precisa.

Na prática, só vamos conseguir sentir-nos genuinamente felizes se assumirmos a missão de ajudar a pessoa que está ao nosso lado a ser feliz.


Por exemplo, se para si o contacto regular com a família alargada não for tão importante quanto para o(a) seu(sua) companheiro(a), é importante que faça o esforço e assuma algum compromisso que o(a) ajude a sentir que você se importa com o que ele(a) sente.

Outro exemplo: imagine que recebe uma proposta aliciante para trabalhar durante algum tempo longe de casa. A reciprocidade é a competência que o(a) ajudará a colocar perguntas antes de tomar uma decisão: «Gostava de aceitar esta proposta. Como é que te sentirias se passássemos a ver-nos só aos fins-de-semana?» ou «Achas razoável que possamos alternar as viagens – eu viria a casa nuns fins-de-semana e tu irias ter comigo noutros?».

#3: REGULAÇÃO EMOCIONAL


A regulação emocional é a capacidade de olhar para os acontecimentos difíceis com perspetiva, em vez de alarme. É a competência que nos permite olhar para as dificuldades, obstáculos e “tragédias” e dizer «De certeza que há uma forma de lidar com isto. Vai ficar tudo bem». Em vez de dizer «Isto é a pior coisa que já me aconteceu».

A regulação emocional também é a competência que evita que ajamos de forma impulsiva. Por exemplo, é graças a ela que conseguimos esperar por uma resposta a uma mensagem em vez de verificarmos o telemóvel ou o e-mail a cada minuto.

Quando desenvolvemos estas competências e as aplicamos no dia-a-dia:

  • Sentimo-nos mais seguros;
  • Preocupamo-nos menos com a rejeição;
  • Tomamos melhores decisões;
  • Temos mais capacidade de apoiar a pessoa que amamos;
  • Reconhecemos mais cedo os sinais de perigo numa relação.

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