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10.9.15

QUAL É A SUA FORMA DE ESTAR NUMA RELAÇÃO?


Sabia que em Psicologia é possível identificar diferentes ‘estilos’ de relacionamento? E que, de acordo com a imagem que formamos de nós mesmos e dos outros, vamos construindo um padrão de relacionamento? Conhecer o seu padrão pode ajudá-lo(a) a perceber alguns dos seus comportamentos dentro da relação amorosa (e até noutras relações afetivas). Conhecer os outros padrões pode ajudá-lo a compreender melhor o seu mais-que-tudo e outras pessoas de quem gosta.

SEGURO

As pessoas que se encaixam neste padrão de relacionamento são normalmente confiáveis e mostram comportamentos muito consistentes. Por exemplo, são pessoas que tendem a tomar decisões a dois e não de forma unilateral, levando em conta aquilo que o companheiro sente, sentem-se à vontade para falar sobre os problemas da relação e não têm medo do compromisso ou da dependência que uma relação amorosa pode gerar. Para elas, as relações não são difíceis. De resto, tendem a mostrar facilidade em criar proximidade com outras pessoas. São capazes de apresentar a família e os amigos logo no início da relação, expressam os seus sentimentos de forma clara e, com elas, não há ‘jogos’. Olham para as relações anteriores de forma realista e são capazes de criticar o seu próprio comportamento. Nas situações potencialmente geradoras de ansiedade recorrem com facilidade ao apoio dos outros e não olham para o parceiro como o seu único suporte emocional.

DESINVESTIDO

Estas pessoas mostram uma grande necessidade de manter a sua independência, pelo que muitas vezes mostram relutância em ligar-se a pessoas que deem sinais de alguma dependência. Em função disso, estão constantemente a enviar sinais ambivalentes: por um lado, mostram interesse no companheiro e assumem que querem construir uma relação mas, por outro, fazem questão de enfatizar os limites na relação. É como se tivessem medo de que a relação as possa prejudicar ou de que o companheiro possa, na verdade, querer tirar algum proveito. Curiosamente, estas pessoas também podem ter uma visão muito romântica da vida a dois. Na prática, e em função dos seus medos, impõem regras muito rígidas nas relações.


Muitas vezes assumem uma postura hipercrítica – focando-se nas imperfeições do companheiro (forma como se veste, forma como come, etc.). Algumas chegam mesmo a flirtar com outras pessoas, o que acaba por naturalmente prejudicar seriamente a relação. Outras escolhem sistematicamente relações sem futuro (relacionando-se, por exemplo, com pessoas casadas).

PREOCUPADO

Estas pessoas vivem constantemente alerta, constantemente preocupadas e, em função disso, apercebem-se das mais pequenas mudanças no relacionamento. Muitas vezes olham para essas mudanças como ameaçadoras. Assim, sempre que sentem que não têm controlo sobre uma situação, tendem a catastrofizá-la e a tirar conclusões precipitadas.


Estas pessoas valorizam tanto o seu relacionamento e a pessoa que está ao seu lado que, na verdade, sentem que seriam infelizes se estivessem sozinhas. Como não têm uma imagem muito positiva de si mesmas, acham que têm de se esforçar permanentemente para agradar ao outro e manter o seu interesse. O ciúme e a possessividade podem caracterizar as suas relações.

AMEDRONTADO

Estas pessoas além de terem uma baixa autoestima, temem que os outros não sejam dignos da sua confiança, pelo que evitam relações de proximidade (embora as desejem). Protegem-se antecipadamente da rejeição. São pessoas que dependem dos outros para manterem uma visão positiva de si mesmas e essa necessidade de aprovação pode fazer com que se tornem dependentes dos seus parceiros – mesmo que inicialmente tenham mostrado muita hesitação em ligar-se. Ao contrário do que acontece com o padrão ansioso, neste caso as pessoas não tendem a ir em busca do afeto do outro quando estão tristes ou inseguras porque antecipam sempre a rejeição.


Aquilo que melhor caracteriza estas pessoas é a vontade de se relacionarem acompanhada de hesitação provocada pelo medo da rejeição e pelo medo do abandono. Na prática tendem a evitar muitos relacionamentos mas, quando entram numa relação, tornam-se muito dependentes.


P.S. A maioria das investigações nesta área sugere que estes padrões de relacionamento são consistentes ao longo do tempo, mas há outras pesquisas que mostram que, com o devido acompanhamento, qualquer pessoa pode mudar de um padrão negativo para um padrão seguro. A minha experiência mostra-me que cada pessoa pode dar passos para se tornar mais segura dentro da sua relação amorosa. 
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