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3.10.18

VIOLÊNCIA EMOCIONAL: COMO SABER SE ESTÁ NUMA RELAÇÃO TÓXICA

VIOLÊNCIA EMOCIONAL: COMO SABER SE ESTÁ NUMA RELAÇÃO TÓXICA


Quando as juras de amor se misturam com comportamentos que nos causam profundo mal-estar, sentimo-nos tristes, confusos e quase sempre sem energia. Sabemos que há qualquer coisa que não está bem, mas nem sempre conseguimos dar um nome ao problema. Quais são os sinais que nos mostram que estamos numa relação abusiva? O que é que caracteriza a violência emocional? 



Recebo muitas pessoas que se queixam de mal-estar associado a problemas na relação. De uma maneira geral, referem-se à angústia, à tristeza, ao nervosismo, à falta de energia e aos sentimentos de culpa sem darem conta de que esses são sinais claros de que estão a ser alvo de comportamentos abusivos. São maioritariamente mulheres – embora também haja homens vítimas de violência emocional – que foram expostas a meses, anos ou décadas de abusos e que, precisamente em função dos exercícios de poder a manipulação de que foram alvo, se sentem cada vez mais responsáveis (e culpadas) pelo mal-estar da relação.

O mal-estar constante, o nervosismo, o medo e a constante sensação de que a energia está a ser sugada pelo companheiro são os principais sinais de que pode estar numa relação abusiva.


TIPOS DE VIOLÊNCIA EMOCIONAL


Quando gostamos de alguém e acreditamos que essa pessoa gosta de nós, pode ser difícil haver a distância emocional que nos permita reconhecer os comportamentos tóxicos ou abusivos. Quanto mais repararmos na forma como as coisas são ditas, e não apenas no conteúdo, maior será a probabilidade de avaliarmos de forma clara se estamos ou não numa relação abusiva.

A violência emocional pode assumir muitas formas:

Chantagem emocional. «Se tu gostasses de mim…», «Se estivesses realmente empenhada nesta relação…» (Imposição da própria vontade).

Humilhações. Acontecem muitas vezes de forma subtil, sem insultos ou palavrões, mas têm o poder de diminuir a autoestima. «Onde vais vestido dessa forma? Pensas que és o Brad Pitt?» 

Reações desproporcionais ou explosivas. Gritos, murros na mesa, arremesso de objetos, condução perigosa. Na prática, trata-se de um exercício de intimidação e de imposição da própria vontade. 

Ameaças. Nem sempre são explícitas e têm como objetivo intimidar. «Toda a gente se vai virar contra ti», «Não vou deixar que vejas os teus filhos».

Isolamento social e familiar. As pessoas que assumem comportamentos abusivos são normalmente pessoas inseguras que se sentem ameaçadas pela rede de suporte do companheiro. Em função disso, vão manipulando e exercendo o seu poder para que a outra pessoa esteja cada vez mais isolada (e, em função disso, cada vez mais fragilizada também).

TUDO O QUE O AMOR NÃO É


Numa relação saudável não está sempre tudo bem. Não há relações perfeitas, não há ninguém que viva SEMPRE num mar de rosas. Numa relação feliz também há discussões, períodos de maior afastamento, birras e mágoas. MAS, de uma maneira geral, quando estamos numa relação saudável, sabemos com o que é que podemos contar, sentimo-nos seguros e amparados na maior parte do tempo, vivemos com a sensação de que podemos ser exatamente aquilo que somos, com a certeza de que podemos estar com as pessoas de quem gostamos e com a convicção de que a pessoa que está ao nosso lado nos ajuda a lutar por aquilo que queremos alcançar. Quando não é assim, não é uma relação saudável. Não é amor.
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