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14.6.16

5 MENTIRAS QUE AS MULHERES DIZEM A SI MESMAS


Há homens que mentem. Há mulheres que mentem. Há homens e mulheres que mentem a si mesmos. Mas na minha prática clínica são muito mais frequentes os casos em que a mulher “cai” numa série de mentiras do respetivo companheiro do que o contrário. Algumas destas situações acontecem em relações sérias, outras surgem no contexto de uma amizade colorida. Em qualquer dos casos há um denominador comum: a ilusão. São muitos os pedidos de ajuda que recebo da parte de mulheres que, a dada altura, já não sabem em que é que devem acreditar. Às vezes, mesmo quando toda a gente à sua volta chama a atenção para os sinais de alarme, é mais fácil continuar a acreditar na pessoa de quem se gosta. Mas como o desgaste é enorme e, muitas vezes, já é de violência emocional que estamos a falar, surge a urgência de falar com um especialista. Hoje partilho algumas mentiras em que as mulheres apaixonadas costumam acreditar.

1 - ELE TEM MEDO DO COMPROMISSO

Este é um mito que tanto é difundido por homens que não estão interessados em manter uma relação séria como por mulheres que se recusam a enfrentar a dura realidade de estarem envolvidas com alguém que pura e simplesmente não está minimamente comprometido com elas. Perante um homem que não dê sinais claros de que queira assumir uma relação de compromisso, algumas mulheres dizem a si mesmas que isso tem a ver com traumas antigos. “Ele tem medo de voltar a magoar-se” ou “Ele já sofreu muito e agora tem dificuldade em entregar-se” são, sobretudo, frases que permitem que uma relação sem regras continue a existir.



A VERDADE:

Quase todas as pessoas já viveram um desgosto amoroso. É duro e, momentaneamente, pode levar-nos a uma postura defensiva. Mas quando voltamos a apaixonar-nos não desperdiçamos a oportunidade. Se um homem estiver realmente interessado numa mulher, vai querer assumir a relação de forma clara.

2 - VALORIZA MUITO A FAMÍLIA… E É POR ISSO QUE AINDA NÃO A APRESENTOU

Ele tem uma família muito conservadora. É muito ligado aos pais. Tem medo de os magoar. Tem uma avó que é doente e que sofreu horrores quando ele se separou da última namorada. Tretas! É evidente que qualquer pessoa tem o direito de se proteger e de proteger a família alargada. É óbvio que para muitos homens não fará sentido apresentar a nova namorada ao fim de uma semana. Mas se o tempo for passando e, por exemplo, ao fim de alguns meses a relação se mantiver mais ou menos confidencial, a campainha deve soar. É uma questão de transparência e de segurança emocional.

A VERDADE:

Cada um de nós precisa de se sentir seguro de que a pessoa que está ao nosso lado está realmente comprometida. Se a relação se mantiver secreta, não há um compromisso. Mais: de um modo geral, quando uma mulher só está com o homem de quem gosta a dois e não conhece a sua família nem sai regularmente com os amigos dele, isso pode indiciar que alguma coisa esteja a ser escondida.

3 - SÃO SÓ AMIGAS

Atualmente é difícil controlar aquilo que é publicado nas redes sociais e, mesmo que o seu namorado tenha cuidado com aquilo que publica, há sempre a possibilidade de ser identificado nas publicações de outras pessoas. Imagine que dá de caras com fotografias comprometedoras ao lado de outras mulheres. Ele vai dizer-lhe que são só amigas. Ó-B-V-I-O. Você acredita no que quiser. Mas preste atenção aos detalhes. Ele falou-lhe do que fez no dia ou na noite a que essas fotografias dizem respeito?



O mesmo tipo de alarme deve fazer-se soar sempre que você se dê conta de que o seu amor tem alimentado relações com outras mulheres na sua ausência. Ele troca mensagens privadas com outras mulheres no Facebook? Sai sozinho com algumas amigas e nem sempre se “lembra” de lhe contar?

A VERDADE:

A pessoa de quem gosta tem direito a relacionar-se com outras mulheres. Mas numa relação de compromisso é fundamental que haja honestidade. Se a este tipo de surpresas estiver associado qualquer tipo de mentira, o mais provável é que essas relações não sejam assim tão inofensivas.

4 - ALGUÉM MEXEU NO TELEMÓVEL DELE

As redes sociais e os smartphones trouxeram a possibilidade de nos mantermos em contacto com as pessoas de quem gostamos de mil e uma forma diferentes. Mas é inevitável reparar no facto de a partir daí também terem surgido mil e uma formas de nos confrontarmos com comportamentos menos ajustados. Se uma mulher reparar no facto de o seu namorado continuar “online” no Facebook ou no Whatsapp, apesar de ele lhe ter garantido que estaria a trabalhar ou a dormir, é normal que se sinta alarmada. Mas se, depois de ser confrontado com estas informações, ele lhe disser que alguém mexeu no seu telemóvel, ou que a tecnologia não é infalível, o mais provável é que a mulher não queira passar por louca nem por possessiva.  

A VERDADE:

De um modo geral, a estas suspeitas juntam-se alguns comportamentos que permitem que haja a sensação da “pulga atrás da orelha”. E, se assim for, mais vale estar atenta. A tecnologia é falível e a confiança numa relação não deve ser sustentada por provas. Não vale a pena exigir que o seu namorado lhe dê a sua password de Facebook. Se ele a quiser trair, fá-lo-á independentemente disso. Mas se a par de alguma incoerência deste tipo você se der conta de que ele se apressa a apagar algumas mensagens, desliga o telemóvel quando você se aproxima, recebe mensagens a horas impróprias ou tem dificuldade em manter o visor do telemóvel voltado para si, não faça de conta de que é tudo normal. Não é.

5 - ELE JÁ TRAIU… MAS NÃO O FARÁ COMIGO

Voltamos ao princípio: algumas mulheres olham para o homem que têm ao seu lado como um coitadinho.



A VERDADE:

Eu lido com a infidelidade todos os dias. São contingências do meu trabalho como terapeuta conjugal. E sei que nem todas as pessoas que traem uma vez vão voltar a fazê-lo. Há homens (e mulheres) que já traíram e que sofreram com isso.

Quando um homem fala sobre infidelidades do passado está a dar uma demonstração de confiança? Depende da forma como descreve esses acontecimentos. Mostra arrependimento? Assume a responsabilidade? Isto é, mostra genuinamente que se deixou tocar pelo sofrimento que causou à ex-mulher ou ex-namorada? Dá sinais claros de que foi capaz de se colocar na posição da outra pessoa? E como é que geriu a situação na altura? Foi ele que contou ou foi apanhado? Se se limitou a contar aquilo que aconteceu ao mesmo tempo que justificava a sua escolha com frases do tipo “Não teve qualquer significado” ou “A relação já estava no fim”, tome cuidado. Assumir o erro pode não querer dizer que haja genuína empatia com o prejuízo causado à pessoa com quem estava na altura. Por que é que consigo haveria de ser diferente?
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